Copom deve ter encerrado o ciclo de aumentos em agosto, mas riscos permanecem no radar

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quarta-feira (03) com variação de +1,7%, valendo R$5,2843, após ter começado o dia cotado a R$5,2756. O Euro fechou o pregão com variação de +0,8%, a R$5,3736, após ter iniciado o dia em R$5,3628.

A moeda americana iniciou esta quinta-feira (04) cotada a R$5,2849, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,3748.

Agenda de hoje

Exterior

08h00 – Reino Unido – Decisão de política monetária

09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)

09h30 – EUA – Balança Comercial (jun)

Brasil

08h00 – Indicador Antecedente de Emprego (jul) 

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

O Banco Central do Brasil deixou a porta aberta para mais um aumento de juros na próxima reunião do Copom, em setembro.

O comunicado divulgado ontem pelo comitê de política monetária, mostra que o Bacen avalia uma eventual necessidade de ajuste residual no mês que vem. Em outras palavras, se a inflação continuar pressionada e as expectativas para o ano que vem continuarem subindo, o banco pode promover um novo aumento, o que elevaria a Selic a 14% ao ano.

Por enquanto, apesar do risco fiscal e do aumento das tensões geopolíticas na Ásia, espera-se que o ajuste feito ontem tenha sido o último deste ciclo de aumentos.

Como se não bastasse estes assuntos todos, o mercado de trabalho dos Estados Unidos continua emitindo sinais de que a economia está desacelerando. Os novos pedidos de seguro-desemprego avançaram para 260 mil na semana, acima das 254 mil solicitações feitas na semana anterior.

O mercado abre o dia sem direção, tentando estimar os eventuais impactos dos exercícios militares chineses no estreito de Taiwan sobre os preços globais.

Real x Euro

Na Europa, as atenções ficaram com a decisão de política monetária do Bank of England, que decidiu aumentar a taxa básica de juros do Reino Unido de 1,25% para 1,75% ao ano.

Além da decisão de aumento de juros, na tentativa de conter a maior inflação em décadas, o Reino Unido também já experimenta um movimento de perda de tração da economia. O PMI da indústria da construção civil se juntou ao número da indústria manufatureira e ficou em terreno negativo no mês de julho.

Dentro da Zona do Euro, as encomendas à indústria alemã e o PMI do setor de construção civil também indicam uma piora nos macroindicadores locais.

A tendência do dia é de estabilidade da moeda brasileira em relação ao euro.

Seguimos de olho.

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