Com inflação em 7,5% na Europa, Real deve ficar ainda mais forte

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quinta-feira (31) com variação de -0,7%, valendo R$4,7395, após ter começado o dia cotado a R$4,7708. O Euro fechou o pregão com variação de -1,4%, a R$5,2481, após ter iniciado o dia em R$5,3248.

A moeda americana iniciou esta sexta-feira (01) cotada a R$4,7531, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,2607.

Agenda de hoje 

Exterior

04h55 – Alemanha – Índice PMI Markit da indústria de transformação (mar)

05h00 – Zona do Euro – Índice PMI Markit da indústria de transformação (mar)

05h30 – Reino Unido – Índice PMI Markit da indústria de transformação (mar)

06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao consumidor preliminar (mar)

09h30 – EUA – Taxa de desemprego (mar)

09h30 – EUA – Payroll – Variação na folha de pagamentos (mar)

11h00 – EUA – Índice ISM da indústria de transformação (mar)

Brasil

08h00 – Índice de preços ao consumidor (semanal)

09h00 – Pesquisa industrial mensal (fev)

10h00 – Índice PMI da indústria de transformação (mar)

15h00 – Balança comercial mensal (mar)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Depois dos reajustes impostos pela Petrobras, os indicadores de alta frequência já mostram um intenso processo de aumento dos preços aos consumidores brasileiros. O IPC-S da FGV relativo à última semana do mês de março, apontou aumento de 1,35% da inflação semanal, o número mais elevado desde a primeira semana de outubro do ano passado.

E como se não bastasse o aumento dos preços finais, eles estão concentrados em produtos e serviços indispensáveis à população de modo geral, o que deve impactar, sobretudo, nas pessoas com menor rendimento.

Depois de apresentar um resultado para ser esquecido em janeiro, a indústria brasileira volta a crescer no mês de fevereiro e avança 0,7% em relação ao primeiro mês do ano.

Apesar dos dados extremamente fracos vindos da Ásia, como o PMI industrial chinês e a confiança do setor manufatureiro japonês, os números do mercado de trabalho dos Estados Unidos devem ser bons se considerarmos os resultados da pesquisa ADP, divulgados ontem.

A tendência do dia é de nova valorização do real.

Real x Euro

Na Europa, o sentimento do mercado é misto. De um lado, pesa positivamente a informação de que membros da Rússia e da Ucrânia retomarão as negociações sobre um cessar-fogo definitivo, mas de outro, o velho continente parece não assimilar que a inflação anual tenha saltado de 5,9% no mês de fevereiro para 7,5% em março.

Um aumento robusto na inflação já era esperado em função dos desdobramentos econômicos da guerra na Ucrânia e dos indicadores preliminares divulgados ao longo desta semana por Portugal, França e Alemanha, por exemplo.

O mercado segue vigilante às falas de membros do Banco Central Europeu (BCE) em busca de pistas sobre eventuais mudanças na política monetária, ou seja, quando é que o BCE deve iniciar a “normalização” da taxa de juros.

Se o BCE estiver esperando o momento certo de agir a partir dos dados de atividade econômica, ele pode ter perdido esse momento de novo. Indicadores antecedentes mostram que a economia europeia continuou crescendo no mês de março, mas, como tem sido no decorrer do primeiro trimestre, esse crescimento tem sido cada vez menor. Pelo menos é o que denunciam os PMI industriais divulgados na manhã desta sexta-feira.

O PMI industrial da Zona do Euro indica que a indústria europeia continuou avançando em março a despeito dos efeitos econômicos da guerra, porém, o dado de março deste ano é o menor desde fevereiro do ano passado.

A tendência diária é de valorização da moeda brasileira.

Seguimos de olho.

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