De Olho no Câmbio #170: Reflexos da alta de preços no mundo

Semana de feriado no meio da semana no Brasil, mas carregada de dados importantes do restante do mundo. O nível de preços continuou em pauta e reforçando que não é um fenômeno que vai passar tão rapidamente. Nos EUA, os preços continuam os maiores dos últimos 40 anos, na Zona do Euro estamos lidando com a maior alta desde o começo da série histórica, com a adoção do Euro em 1999, e, no Reino Unido, a alta de preços já começa a impactar a atividade econômica, reduzindo o poder de compra dos britânicos.

Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.

> Real vs Dólar

> Real vs Euro
> Real vs Libra Esterlina

Perspectivas

Após mais uma semana de apreciação do Real e com o ambiente externo ainda em alerta, a próxima semana não deve trazer grandes mudanças na conjuntura. Nesse contexto, a moeda brasileira deve permanecer fortalecida com a entrada de dólares no país explorando oportunidades no mercado financeiro.

A agenda da próxima semana está bastante carregada de dados relevantes, principalmente da economia brasileira. Destaque para o IPCA-15, a prévia da inflação oficial, divulgada pelo IBGE que deve mostrar nova aceleração dos preços no mês de abril. Complementarmente, conheceremos o IGP-M relativo ao mês corrente e o índice de preços ao produtor (IPP), do IBGE.

Além desses dados, o IBGE divulgará a taxa de desocupação do Brasil até o mês de março, e o Ministério do Trabalho e Emprego deve divulgar o total de vagas com carteira assinada geradas em março. Não podemos esquecer que há vários dados acumulados que ainda não foram divulgados pelo Banco Central em função da greve dos servidores da instituição. 

Por fim, na próxima semana também conheceremos os resultados preliminares do produto interno bruto (PIB) dos EUA referente ao primeiro trimestre deste ano, além dos dados da Alemanha.

Apesar das expectativas, a fala do presidente do FED, Jerome Powell, sobre a aceleração da normalização da política monetária nos Estados Unidos, pode promover uma reversão de tendência  afetar o fluxo de capitais em direção ao Brasil e demais países subdesenvolvidos.

Seguimos de olho.

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