Deflação e inflação convivendo juntas no Brasil

Visão Geral

O dólar comercial fechou a terça-feira (16) com variação de 0,9%, valendo R$4,9345, após ter começado o dia cotado a R$4,8922. O Euro fechou o pregão com variação de 0,9%, a R$5,3676, após ter iniciado o dia em R$5,3208.

O dólar iniciou esta quarta-feira (17) cotado a R$4,9417 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,3603. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao consumidor (abr)

09h30 – EUA – Licenças de construção (abr)

11h30 – EUA – Estoques de petróleo bruto (semanal)

Brasil

05h00 – FIPE: IPC (semanal)

08h00 – FGV: IGP-10 (mai)

09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Comércio (mar)

10h00 – CNI: Índice de Confiança do Empresário Industrial (mai)

14h30 – Fluxo cambial (semanal)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

A redução do valor do dólar em moeda doméstica tem colaborado para um amplo e agudo movimento de deflação nos preços aos produtores brasileiros. O IGP-10 de maio recuou 1,53% em relação ao mês de abril. Essa foi a maior variação mensal de toda a série histórica, iniciada em 1993.

Por outro lado, o IPC-10, um dos componentes do IGP-10, que mensura a variação dos preços aos consumidores, avançou 0,60% este mês, ante variação de 0,57% registrada no mês passado. Essa aceleração dos preços já havia sido captada pelos índices de preços ao consumidor medidos semanalmente pelo IBRE e pela FIPE.

Por fim, os dados preliminares de licenças para construção nos Estados Unidos mostraram ligeira redução em abril. Como se trata de uma movimentação meramente marginal, este número não deve influenciar o movimento do câmbio nesta quarta-feira.

A tendência do dia é de valorização da moeda brasileira.

Real x Euro

Na Europa, a notícia do dia também está ligada ao índice de preços. Segundo a Eurostat, a leitura definitiva do IPC relativo ao mês de abril mostrou aumento de 0,6% nos preços aos consumidores, percentual ligeiramente mais baixo do que havia sido reportado pela leitura preliminar.

Normalmente, os percentuais definitivos coincidem com os dados preliminares, portanto a revisão do percentual para baixo surpreendeu o mercado no começo da manhã.

Apesar desta ligeira revisão é importante lembrar que a inflação europeia está muito distante da meta perseguida pelo Banco Central Europeu.

A tendência do dia é de valorização da moeda brasileira, embora reconheçamos que o baixo patamar da cotação dos últimos dias possa criar movimentos de correção em desfavor da moeda doméstica, tal como vimos nesta terça-feira (16).

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