Dólar abre em queda em dia de indicadores na Europa

Dólar abriu em queda nesta terça-feira, continuando a tendência desta segunda-feira, em dia com anúncios de indicadores relevantes sobre a atividade econômica na Europa.

O Dólar americano fechou a terça-feira cotado a R$ 4,2054, após ter começado o dia em R$ 4,2243. O Euro fechou o dia em R$ 4,6602, após ter iniciado o dia em  R$ 4,6781. A moeda americana abriu esta quarta-feira cotada a R$ 4,2090, em queda, e o Euro abriu o dia sem variação em relação ao fechamento do dia anterior.

Agenda de hoje

Na agenda doméstica estão os indicadores sobre a indústria referente ao mês de outubro, o índice de commodities do Banco Central, referente ao mês de novembro, o índice de preços ao consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), referente ao mês de novembro e o PMI composto a ser divulgado pela Markit.

No exterior as atenções estarão voltadas para a os indicadores antecedentes da União Europeia, sobretudo os PMIs compostos da Alemanha, Reino Unido e da Zona do Euro de forma agregada. Nos Estados Unidos será conhecido importante indicador do mercado de trabalho referente ao mês de novembro.

Perspectivas para o dia

Real x Dólar

Alguns fatores pesarão em contra o Real. O primeiro deles é a atenção para o fato de um resultado relativamente bom do PIB brasileiro, uma parcela significativa deste movimento se deve a liberação do FGTS, ou seja, ainda é cedo para dizer se é um movimento de recuperação mais forte ou se foi um movimento pontual. O segundo está ligado ao protecionismo global, que agora envolve Europa e o Brasil, no que diz respeito a taxação de produtos semimanufaturados por empresas brasileiras. 

Real x Euro

A relativa melhora de dados da Zona do Euro tem trazido um cenário mais benigno para as maiores economias do bloco. Essa melhora relativa tem contribuído para um desempenho melhor das principais bolsas e pode contribuir para uma valorização do Real frente ao Euro. Cabe destacar que os principais elementos que explicam a desvalorização do Real, tanto frente ao Euro quanto frente ao Dólar, são domésticos, portanto, os efeitos dessa ‘melhora’ da economia europeia podem ser nulos na cotação da moeda brasileira.

André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.

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