Inflação e IBC-Br devem movimentar as taxas de câmbio

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quinta-feira (10) com variação de -0,2%, valendo R$4,8924, após ter começado o dia cotado a R$4,9029. O Euro fechou o pregão com variação de -0,2% a R$5,3714, após ter iniciado o dia em R$5,3816.

O dólar iniciou esta sexta-feira (11) cotado a R$4,8930 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,3741. 

Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

03h00 – Reino Unido – PIB (Trimestral) (Q2)

03h00 – Reino Unido – Produção Industrial (Jun)

09h30 – EUA – Índice de Preços ao Produtor (Jul)

Brasil

09h00 – BACEN – IBC-Br (Jun)

09h00 – IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (Jul)

09h00 – IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Jul)

09h00 – IBGE – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Jul)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

O dólar continuou praticamente inerte na última quinta-feira (10). Após a rápida desvalorização do real na semana anterior, em virtude da escolha inesperada do Bacen de reduzir a Selic em 0,5%, o mercado de câmbio parece ter se acomodado em uma nova faixa de preços, da qual praticamente não se desviou nos últimos dias.

A expectativa, porém, é que as divulgações de hoje possam alterar um pouco tal situação.

Nos EUA, serão divulgados em breve os dados do IPP para o mês de julho, no qual se espera uma variação tímida, de 0,2%.

Dito isso, os números mais importantes devem vir da economia brasileira, com os dados tanto do IBC-Br, quanto do IPCA.

O principal indicador de inflação nacional demonstrou um crescimento um pouco acima do esperado, variando 0,12% em julho. O resultado confirma que foi deixado para trás o momento deflacionário que os níveis de preços atravessaram em junho.

Somado ao novo ciclo de quedas nas taxas de juros, a expectativa é que a inflação avance de forma moderada pelo resto de 2023.

O IBC-Br, por sua vez, deve indicar um crescimento pífio, se não nulo, na economia durante o mês de junho. 

Após a intensa queda de 2% em maio, os principais setores produtivos do Brasil se mostraram praticamente estagnados, de forma que o índice geral pode seguir um caminho similar.

Por isso, esperamos uma desvalorização do real ao longo do dia.

Real x Euro

De maneira semelhante, os resultados da economia brasileira devem impactar a variação do euro hoje, em especial devido à falta de indicadores relevantes na Zona do Euro. Os números do Reino Unido, contudo, colocam o bloco europeu em uma posição singular. 

Nos últimos meses, as principais economias do continente demonstraram sinais intensos de desaceleração, até o ponto em que surgiram dúvidas acerca da manutenção do ciclo de altas das taxas de juros.

Os indicadores do PIB inglês no segundo trimestre, porém, assim como os resultados da produção industrial, sugerem que o Bank of England pode continuar a subir os juros nos próximos meses. 

Dessa forma, a Zona do Euro poderia se encontrar isolada, com a menor taxa de juros dentre as economias desenvolvidas. 

Assim, esperamos uma desvalorização da moeda brasileira também frente ao euro.

Seguimos de olho!

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