Leitura do IPCA mostra inflação abaixo do esperado em setembro

Visão Geral

O dólar comercial fechou a terça-feira (10) com variação de -1,7%, valendo R$5,0516, após ter começado o dia cotado a R$5,1355 O Euro fechou o pregão com variação de -1,3%, a R$5,3562, após ter iniciado o dia em R$5,4281.

O dólar iniciou esta quarta-feira (11) cotado a R$5,0518 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,4344. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

03h00 – Alemanha – IPC (Set)

09h30 – EUA – Índice de Preços ao Produtor (Set)

15h00 – EUA – Atas da Reunião do FOMC

Brasil

09h00 – IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Set)

09h00 – IBGE – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Set)

10h00 – CNI – Índice de Confiança do Empresário Industrial – ICEI (Set)

12h00 – FGV – IPC-3i (3º trimestre)

12h30 – BACEN – Fluxo Cambial (Semanal)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Começamos a quarta-feira (11) observando a intensa valorização do real que ocorreu no dia anterior. A moeda brasileira avançou 1,7% em relação ao dólar, praticamente anulando as perdas vistas na outra semana.

Apesar de não ser uma causa direta, principalmente considerando o fato de sua divulgação ter ocorrido após o movimento cambial, o IPCA seguiu na mesma direção ao indicar uma maior força da moeda brasileira. 

O principal índice de preços nacional apontou para um aumento de 0,26%, abaixo das expectativas do mercado. 

O número é animador, uma vez que a grande maioria dos indicadores de inflação apresentados anteriormente sugeriam uma aceleração inflacionária em setembro. Embora o resultado tenha sido realmente superior aos 0,23% de agosto, ele foi abaixo do previsto pela maioria dos agentes.

Já nos Estados Unidos, os eventos do dia ainda estão para acontecer. Logo em breve teremos os dados do IPP, importante elemento para perceber o atual contexto da inflação americana.

Mais relevante neste sentido, porém, são as Atas da Reunião do FOMC. Após a surpreendente resiliência vista no mercado de trabalho americano, as chances de um retorno do ciclo de altas das taxas de juros aumentaram consideravelmente, de forma que o documento mostra-se como um dos principais componentes para entender qual caminho a política monetária deve seguir.

Assim, com o avanço repentino do dia anterior, esperamos por uma continuidade do movimento de valorização do real, movimento que pode ser revertido após a divulgação da ata do FOMC.

Real x Euro

A Zona do Euro, por outro lado, não mostra grandes novidades. Assim como o dólar, a moeda europeia perdeu força em relação ao real.

Na Alemanha, tivemos o resultado final do IPC de setembro. O indicador novamente aponta para uma inflação de 0,3%, sugerindo um patamar consistente no país.

Embora possa ser considerada uma melhora em relação ao observado nos meses anteriores, uma variação mensal de 0,3% nos preços está muito além das metas de inflação de países desenvolvidos como a Alemanha e indica que novos aumentos nos juros europeus ainda podem ser necessários.

Até o momento, contudo, o contexto da política monetária continua incerto, com pausas no ciclo de alta podendo ocorrer, principalmente em virtude do fato de o Banco Central Europeu ter optado por elevar os juros na reunião de setembro.

Dessa forma, esperamos que a divisa brasileira também se valorize em relação ao euro.

Seguimos de olho!

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