Sinais econômicos mistos devem trazer volatilidade ao câmbio

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quarta-feira (29) com variação de -1,6%, valendo R$5,1832, após ter começado o dia cotado a R$5,2697. O Euro fechou o pregão com variação de -2,4%, a R$5,4118, após ter iniciado o dia em R$5,5448.

A moeda americana iniciou esta quinta-feira (30) cotada a R$5,2006, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,4310.

Agenda de hoje 

Exterior

03h00 – Reino Unido – PIB (1ºQ)

30h00 – Alemanha – Vendas do comércio varejista (mai)

03h45 – França – Índice de preços ao consumidor (jun)

06h00 – Zona do Euro – Taxa de desemprego (mai)

09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)

09h30 – EUA – Índice de preços de gastos com consumo PCE (mai)

10h45 – Zona do Euro – Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE

15h00 – Colômbia – Decisão de política monetária

Brasil

08h00 – Indicador de Incerteza da Economia Brasil IIE-Br (jun)

09h00 – PNAD contínua (mai)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

A economia chinesa finalmente parece querer voltar à normalidade de crescimento depois dos fortes impactos recessivos das medidas de isolamento sobre o nível de atividade econômica local.

Segundo dados da S&P Global, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) alcançou 54,1 pontos, patamar que indica crescimento da economia em junho. O PMI voltou a ficar acima de 50 pontos depois de três leituras consecutivas de queda.

No Brasil,  a votação da PEC dos combustíveis voltou a ser adiada ontem (29) para às 16h de hoje, quinta-feira.

A economia doméstica dá sinais de melhora com a divulgação dos dados do mercado de trabalho. Segundo o IBGE, a taxa de desocupação caiu a 9,8% ante 10,5% registrados na última leitura.

Essa é a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016.

Nos Estados Unidos, o volume de novos pedidos de seguro-desemprego ficou estável na casa dos 230 mil, enquanto a inflação preferida do Federal Reserve, a PCE, ficou em 0,6% em maio, ante 0,2% registrado em abril.

O mercado abre o dia sem direção, com as boas notícias vindas da China, mas com um olhar mais cauteloso em relação à aceleração da inflação medida pelo PCE. Além disso, no campo doméstico, o mercado espera pela concretização do risco fiscal com a votação da PEC 16.

Real x Euro

A coisa está ainda mais estranha que no começo da semana na Europa, com a inflação aumentando em diversos membros do bloco monetário e com problemas pontuais que levam insegurança energética ao continente.

Depois de a Espanha relatar a inflação mais elevada em 37 anos, foi a vez da França informar a continuidade da inflação em junho. Segundo dados oficiais, a inflação deste mês foi de 0,7%, o que elevou a variação anual dos preços a 5,8%, ante 5,2% nos 12 meses encerrados em maio.

Na Alemanha, onde o corte de impostos sobre combustíveis parece ter trazido alívio temporário à inflação, uma notícia local trouxe forte aumento de preços do gás natural em toda a Europa. 

A Uniper, empresa alemã do segmento de energia, declarou que precisa de socorro financeiro.

O mercado abriu o dia sem direção à espera de novas declarações de membros do Banco Central Europeu e dos desdobramentos orçamentários vindos do Brasil.

Seguimos de olho.

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