Sistema de Saúde Americano: entenda como funciona

O sistema de saúde americano é um ponto importante a ser considerado por quem deseja morar e/ou investir nos EUA. Afinal, você precisará do serviço, eventualmente. No entanto, ele é tão diferente do brasileiro que exige uma boa análise para evitar problemas.

Por exemplo, é bem provável que você saiba que precisará pagar por todos os atendimentos e procedimentos. Por outro lado, o sistema oferece alta qualidade. Então, que tal entender como o serviço funciona para fazer um bom planejamento financeiro? Confira no post.

História do Sistema de Saúde Americano

Em termos de tecnologia e formação profissional, o sistema de saúde americano é um dos mais avançados do mundo. Inclusive, está disponível até mesmo em áreas remotas. No entanto, a história foi construída com base em muitas discussões.

Os debates começaram ainda no Século 19. Mais precisamente, em 1854, quando Dorothea Dix, uma ativista, elaborou um projeto de lei voltado para a saúde pública de todos os cidadãos.

Porém, o presidente da época, Franklin Pierce, vetou a sugestão. Isso porque ele acreditava que o bem-estar social não era uma responsabilidade do Estado.

Já no início do Século 20, o então presidente Theodoro Roosevelt tentou implementar um sistema de saúde americano oferecido pelo governo. No entanto, os políticos do Congresso derrubaram essa possibilidade. Tanto os representantes do partido Republicano quanto do Democrata votaram contra o projeto.

Por isso, ficou estabelecido que o único sistema de saúde disponível nos Estados Unidos é particular. Porém, quem está abaixo da linha da pobreza e idosos são assegurados por dois programas gratuitos: Medicare e Medicaid. Eles garantem atendimentos simples e de emergência. Vamos explicar melhor sobre eles a seguir!

Programas de saúde disponíveis

Como vimos, os EUA têm dois programas de saúde disponibilizados pelo governo. Eles são limitados, tanto na cobertura quanto no atendimento. Esse cenário faz com que os gastos nesse setor sejam bastante representativos.

Por exemplo, somente em 2020, o patamar de 4,1 trilhões de dólares foi ultrapassado. O resultado foi 9,7% mais alto do que o ano anterior, sendo motivado pela pandemia. Inclusive, houve aumento dos gastos do governo com saúde, que chegou a 19,7% no ano.

Esse investimento foi realizado em dois programas de saúde. Veja o que caracteriza cada um deles!

Medicare

Esse sistema de seguro social foi criado em 1966 e é voltado para o público de 65 anos ou mais. Contudo, os segurados devem ter contribuído com o pagamento de impostos para a saúde enquanto trabalhavam. Outros públicos também são atendidos. São os das pessoas com deficiência ou condições que impeçam de trabalhar. Por exemplo, no caso de doenças terminais.

Dentro do Medicare, existem 4 tipos de serviço. Porém, nem todos os beneficiados conseguem aproveitá-los. Veja quais são: 

  • parte A – seguro hospitalar: inclui internações em hospitais, cuidados em centros de enfermagem especializados e alguns tratamentos em casa e paliativos;
  • parte B – seguro médico: abrange serviços médicos e preventivos, suprimentos e cuidados ambulatoriais;
  • parte C – planos Medicare Advantage: são oferecidos por uma empresa privada aos seus colaboradores. Contêm os benefícios das partes A e B. Aqui, o governo não é responsável por pagar os serviços;
  • parte D – cobertura de medicamentos prescritos: são oferecidos por empresas privadas e companhias de seguro aprovadas pelo Medicare. Também incluem a compra de medicamentos com receita médica.

Normalmente, estrangeiros podem ter acesso ao Medicare. Porém, devem ter trabalhado por 10 anos nos Estados Unidos. Esse programa é financiado pela previdência do país.

Medicaid

Por sua vez, o Medicaid serve para atender pessoas abaixo da linha da pobreza. Ele é financiado pelo governo federal em conjunto com os estados. Assim, médicos e hospitais que oferecem atendimento a esses cidadãos são reembolsados.

O problema são as exigências impostas. Com isso, milhares de pessoas que precisariam do Medicaid ficam de fora do programa. Além do mais, o serviço acaba sendo precário, pois o reembolso é baixo. Assim, muitos prestadores de serviços de saúde negam a cobertura.

Nesse momento, você pode estar se perguntando: e o Obamacare? Essa é a Lei de Proteção ao Paciente e Assistência Médica Acessível. Basicamente, ela impõe que todas as pessoas que vivem nos Estados Unidos tenham algum tipo de seguro de saúde. Caso contrário, pagam uma multa. Também fica determinado: 

  • concessão de benefícios a quem paga por um plano de saúde;
  • proibição de negativa de cobertura a pessoas com condição médica preexistente;
  • ampliação do mínimo necessário para cobrir o seguro saúde das empresas;
  • limitação de custo para que as seguradoras justifiquem o aumento de preços de forma pública.

Portanto, o Obamacare não é um seguro de saúde. Ele apenas cria regras ao sistema de saúde americano. Não faz uma mudança em sua estrutura.

Funcionamento dos planos de saúde privados nos EUA

Os planos de saúde privados dependem das regras de cada estado, já que o sistema é federalista. Por isso, o funcionamento é diverso. Isso afeta as coberturas oferecidas e a regulação de normas a serem seguidas.

De toda forma, há diversos planos, valores e coberturas. O mais comum é ter um plano de saúde oferecido pela empresa. Essa modalidade é mais barata. Porém, todas as regras são determinadas pela companhia. Por sua vez, os individuais são mais caros, mas é possível escolher todos os detalhes.

Em qualquer um deles, uma mensalidade fixa é paga para a seguradora. Esse valor cobre a manutenção do plano e abrange serviços simples. Por exemplo, um atendimento rápido no pronto-socorro.

Porém, para outros atendimentos, é preciso pagar uma taxa extra. Isso serve para consultas, tratamentos, exames e outros procedimentos não incluídos no básico. Portanto, quanto mais cara for a mensalidade fixa, menos será pago na utilização do convênio. Isso porque há um rol de coberturas maior.  

Média de custos com saúde nos EUA

Em 2020, a média do preço de um plano individual era de 456 dólares. Para a família, chegava a 1.152 dólares. Os dados são da eHealthInsurance. Porém, esses valores mudam conforme o estado. Por exemplo, na Flórida é mais caro. Isso porque os recursos oferecidos são mais avançados.

Ainda há plano de saúde embutido na mensalidade ou anuidade da universidade. Porém, também é possível contratar à parte e pagar mais barato, comprovando o vínculo a uma instituição de ensino superior.

Para estrangeiros, vale a pena procurar seguros médicos internacionais. Eles garantem acesso ao sistema de saúde americano por um tempo mais longo do que o seguro viagem. No entanto, é preciso se preparar, porque o custo de vida nos EUA é elevado em algumas cidades.

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Assim, fica claro que o Sistema de Saúde Americano é bem diferente do brasileiro. Se você pensa em se mudar para os EUA, precisa saber como os planos funcionam. Dessa forma, conseguirá se planejar, inclusive nas questões financeiras.

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Resumindo

Como funciona o sistema de saúde dos Estados Unidos?

O Sistema de Saúde Americano tem dois planos assistenciais, que são mais limitados. O restante é privado e exige pagamento de uma mensalidade.

Tem SUS nos Estados Unidos?

Não. Existem o Medicare e o Medicaid, que são diferentes por terem um nível de assistência menor e não atingirem toda a população.

O que diferencia o Sistema de Saúde Americano do brasileiro?

O brasileiro é totalmente gratuito, mas você pode ter planos privados. Nos EUA, é preciso comprovar a necessidade para receber o subsídio do governo e, ainda assim, ele é limitado.

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