Após o encontro de Jackson Hole, nos EUA, a semana começou com expectativas do mercado reforçando o cenário de alta dos juros. Powell foi bastante duro com relação à necessidade de elevar os juros, bem como Isabel Schnabel, membro do BCE. Os dados de inflação e de mercado de trabalho também endossaram esse cenário. No Reino Unido, a situação parece ser ainda pior, uma vez que as expectativas deterioraram fortemente para o nível de preços ao final deste ano. Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.
Perspectivas
Após as falas duras vindas do Fed e do BCE, somadas ao cenário conturbado visto no Reino Unido, a semana colocou o Real na parede e vimos uma forte desvalorização da moeda brasileira. Assim, o dólar superou o patamar dos R$5,10 e chega ao final desta semana no patamar dos R$5,20.
Apesar de alguma volatilidade, mas sem grande intensidade, a moeda americana se fortaleceu esta semana, inclusive frente ao Euro e, particularmente, com relação à libra, por reforçar um cenário de alta de juros no país – o que deve favorecer os ganhos com títulos do tesouro americano.
Na próxima semana, apesar de poucos dados por conta dos feriados nos EUA e no Brasil, estaremos de olho nos seguintes indicadores:
- Balança comercial chinesa e o IPC do país, que deve nos ajudar a compor melhor o cenário de como está a economia asiática;
- O Livro Bege, com a avaliação do Federal Reserve sobre a situação econômica dos Estados Unidos;
- A decisão da taxa de juros na Zona do Euro, que deve reforçar as falas em Jackson Hole;
- E, pra fechar a semana, o IPCA brasileiro.
Seguimos de olho.