A inflação dos Estados Unidos não está para brincadeira e isso não é bom para o real

Visão Geral

O dólar comercial fechou a terça-feira (12) com variação de +1,3%, valendo R$5,4382, após ter começado o dia cotado a R$5,3673. O Euro fechou o pregão com variação de +1,3%, a R$5,4578, após ter iniciado o dia em R$5,3884.

A moeda americana iniciou esta quarta-feira (13) cotada a R$5,4330, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,4520.

Agenda de hoje 

Exterior

00h00 – China – Balança comercial (jun)

03h00 – Alemanha – Índice de preços ao consumidor (jun)

03h00 – Reino Unido – PIB (2ºQ)

04h00 – Espanha – Índice de preços ao consumidor (jun)

06h00 – Zona do Euro – Produção industrial (mai)

09h30 – EUA – Índice de preços ao consumidor (jun)

15h00 – EUA – Divulgação do Livro Bege

15h00 – EUA – Resultado Fiscal (jun)

19h00 – Chile – Decisão de política monetária

Brasil

09h00 – Pesquisa Mensal de Comércio (mai)

14h30 – Fluxo cambial (semanal)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

O dado mais importante do dia, a inflação nos Estados Unidos, surpreendeu negativamente o mercado na manhã desta quarta-feira (13). Segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), a inflação mensal de junho foi de +1,3%, acima das expectativas de mercado, que esperavam por um aumento de 1,1%.

Com o resultado de junho, a inflação acumulada em 12 meses foi a +9,1%, ante variação de +8,6% nos 12 meses encerrados em maio. Essa é a inflação mais elevada nos Estados Unidos desde novembro de 1981.

Outro fator preocupante é que, apesar da maior influência do aumento da inflação ter vindo da variação dos preços dos combustíveis, o núcleo da inflação, que expurga do indicador cheio as variações dos preços de alimentos e bebidas, também veio acima do esperado. Isso mostra o “espalhamento” do aumento de preços pelos mais variados setores da economia norte-americana.

Como a inflação mais elevada que expectativas deve exigir do FED respostas mais contundentes de combate à inflação, a tendência do dia é de desvalorização do real, haja vista que o fluxo de capitais tende a migrar aos Estados Unidos, à medida que as taxas de juros vão subindo por lá.

Real x Euro

O dado positivo desta quarta-feira foi divulgado nos primeiros minutos do dia. O órgão de estatísticas chinês informou que o saldo da balança comercial do país foi de cerca de US$98 bilhões em junho.

Em termos nominais, este é o terceiro maior resultado mensal de toda a série histórica e foi produzido por um amplo aumento no volume de exportações. Segundo dados oficiais, as exportações aumentaram 17,9% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado e as importações cresceram 1% na mesma base de comparação.

Na Europa, apesar de os últimos indicadores mostrarem que o ritmo da economia vem diminuindo a cada novo dia, os dados sobre a produção industrial da Zona do Euro relativos ao mês de maio vieram mais fortes que o esperado pelo mercado.

Segundo a Eurostat, a produção física das indústrias aumentou 0,8% na passagem de abril para maio, o maior resultado mensal desde dezembro do ano passado.

Apesar das boas notícias vindas da Ásia e da própria Zona do Euro, os dados de inflação dos Estados Unidos devem influenciar o comportamento do mercado de ações e de câmbio europeus.

A tendência do dia é de desvalorização do real.

Seguimos de olho.

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