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Equity crowdfunding: entenda como funciona o financiamento coletivo de investimento

O equity crowdfunding é uma alternativa para a sua empresa, se o seu objetivo é expandir as operações. Entenda como a modalidade funciona!

Se você tem uma startup ou deseja investir em uma modalidade menos tradicional, uma possibilidade é escolher o equity crowdfunding. Caracterizado como um financiamento coletivo, ele tem por objetivo fortalecer os negócios que desejam expandir suas operações, inclusive para o exterior.

Para estar apta a participar, a companhia deve apresentar um projeto. Em troca, os investidores têm direito à participação nas empresas. Isso já deixa claro que a operação é diferente do crowdfunding tradicional. No entanto, traz vários benefícios a quem opta por ela.

Para explicar melhor o contexto, neste post vamos apresentar como o financiamento coletivo de investimento funciona e se vale a pena. Continue lendo e saiba mais!

O que é equity crowdfunding?

O equity crowdfunding é um financiamento coletivo voltado para empresas. Por isso, é uma modalidade direta de investimento privado. Um grupo de pessoas aplica seu dinheiro em projetos ou negócios iniciantes e têm direito à participação societária. São elegíveis apenas as empresas com amplo potencial de crescimento.

Na prática, essa estratégia consiste em uma forma de captação de recursos. Porém, voltada a negócios menores. Além disso, ela abrange um conjunto variado de investidores, que fazem a operação online. O processo é viabilizado por plataformas autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Como o equity crowdfunding funciona?

Diferente do crowdfunding tradicional — que visa ao financiamento de produtos em desenvolvimento —, a modalidade equity é um tipo de investimento propriamente dito. Por isso, é muito valorizado em diferentes países como forma de capitalização das empresas em estágio inicial.

No Brasil, esse procedimento começou a ser realizado em 2017, a partir da Instrução CVM 588. Ela regulamentou e padronizou a operação. Dentro dessas diretrizes, está definido como o equity crowdfunding deve funcionar. 

Primeiro, é importante saber que a operação deve ocorrer a partir de uma plataforma de investimentos autorizada pela CVM. Esse será o ambiente de divulgação da oferta, captação dos recursos e envio para a empresa. Para viabilizar o processo, é cobrado um percentual sobre o capital.

Além disso, o processo começa com a divulgação das informações iniciais. Elas devem conter:

  1. dados financeiros da empresa;
  2. riscos envolvidos;
  3. valor pretendido;
  4. tipo de captação, ou seja, se será livre ou terá uma meta mínima;
  5. percentual do negócio que a empresa vai oferecer como retorno aos investidores;
  6. condições de investimento;
  7. prazo de encerramento da oferta.

As cotas da empresa repassadas ao investidor podem ser ações ou títulos conversíveis. Para a empresa, a possibilidade é captar até R$ 5 milhões por ano. Além disso, é possível fazer uma rodada, encerrá-la e esperar, pelo menos, 120 dias para iniciar outra.

Para quem esse financiamento é indicado?

O equity crowdfunding é permitido para empresas de pequeno porte, inclusive as startups. É preciso ter um faturamento bruto anual de até R$ 10 milhões para realizar essa operação.

Quais são as vantagens e as desvantagens da modalidade?

Por suas características, o equity crowdfunding oferece vários benefícios para a empresa que opta por ele. Ainda assim, como qualquer investimento, também há desvantagens. A seguir, vamos mostrar tanto os pontos positivos quanto os negativos. Confira!

Vantagens

Entre os principais benefícios desse tipo de investimento estão:

  1. democratização dos investimentos, porque os valores iniciais de aplicação costumam ser baixos;
  2. acesso a retornos mais elevados, já que o potencial é alto, apesar dos riscos envolvidos;
  3. diversificação da carteira, pois é possível aplicar em diferentes projetos e aumentar a chance de retorno;
  4. movimentação da economia, porque os recursos são destinados para empresas que fazem girar os empregos e o dinheiro local.

Desvantagens

Por outro lado, o equity crowdfunding implica muitos riscos, especialmente porque envolve startups e elas apresentam risco elevado. Além disso, é preciso deixar o dinheiro empregado no longo prazo.

Para evitar riscos, ainda é importante atentar à experiência dos profissionais envolvidos no projeto e a fase do projeto em que se encontra. Mais do que isso, o investidor deve cuidar com o risco de diluição da participação.

Ele surge porque é aplicado mais capital por outros investidores. Aos poucos, as cotas que ele recebe custam muito pouco. Outra boa prática é investigar a experiência dos gestores e outras informações para evitar risco de fraude.

Como aplicar o equity crowdfunding?

Várias empresas podem colocar em prática essa modalidade. De toda forma, o primeiro passo é escolher uma das plataformas disponíveis. Entre elas estão:

  1. Kickstarter;
  2. Catarse;
  3. Kickante;
  4. Benfeitoria;
  5. Indiegogo;
  6. StartMeUp;
  7. Kria;
  8. Idea.me;
  9. Eqseed;
  10. Urbe.me.

Cada plataforma tem suas características. Por isso, é importante avaliá-las antes de disponibilizar seu projeto. Por exemplo, a Eqseed começou em 2016, mas já tem 20 rodadas lançadas, com 16 concluídas. Tem um processo de seleção das empresas bastante rígido.

Por sua vez, a StartMeUp exige o pagamento de uma taxa que vai de 5% a 10% do valor captado, desde que sua empresa passe pelas pelas regras de aceitação. Ainda existem plataformas específicas para alguns setores, como a Queremos. Ela é uma produtora de shows brasileira que financia bandas e músicos.

Cases de sucesso

Em vários países, as startups optam pelo equity crowdfunding para captar investimentos. Um exemplo é a BrewDog, uma cervejaria artesanal do Reino Unido. Por meio dessa modalidade, a empresa expandiu suas operações e se tornou conhecida em diferentes países.

Para ter uma ideia, sua rodada de investimentos atingiu 120 mil pessoas, entre investidores, clientes e embaixadores. Hoje, a marca tem uma avaliação de 2,2 bilhões de dólares.

Outro exemplo foi a startup Cruise Automation. Apesar de ter contado com aplicações de venture capital, também utilizou o financiamento coletivo para ter mais dinheiro e ampliar suas atividades.

Essas informações são interessantes, porque a sua empresa, mesmo que brasileira, pode conseguir financiamento no exterior, assim como os investidores podem aplicar em companhias estrangeiras. Para viabilizar a operação, é importante contar com uma plataforma de transferências internacionais.

A Remessa Online realiza operações de envio e recebimento de dinheiro ao exterior com o melhor custo do mercado – a partir de 1,3%. A taxa de câmbio utilizada é comercial, o que significa que você paga menos. Além disso, o valor chega na sua conta no prazo de 1 dia útil.

Com todas essas dicas, é possível realizar a sua transação de financiamento coletivo para empresas. Basta definir bem o projeto para o qual os recursos serão enviados, utilizar uma plataforma adequada e divulgar os seus objetivos.

Lembre-se de que o equity crowdfunding somente traz bons resultados quando todas as regras são seguidas e a iniciativa é bem divulgada. De toda forma, é uma boa alternativa para a expansão de qualquer negócio.

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Resumindo

Como funciona equity crowdfunding?

É um financiamento coletivo para empresas, em que os investidores aplicam seu capital e recebem parte da participação do negócio.

O que quer dizer equity?

A palavra significa patrimônio líquido, no setor financeiro. Representa a diferença entre o valor dos ativos menos o montante de passivos.

Como funciona equity?

A operação é viabilizada por uma plataforma específica e autorizada pela CVM. Os projetos são divulgados e os investidores aplicam capital. Com isso, a empresa oferece parte de participação.