Estado de calamidade pública deve afugentar investidores do Brasil

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quinta-feira (02) com variação de -0,4%, valendo R$4,7975, após ter começado o dia cotado a R$4,8165. O Euro fechou o pregão com variação de +0,5%, a R$5,1564, após ter iniciado o dia em R$5,1310.

A moeda americana iniciou esta sexta-feira (03) cotada a R$4,7887, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,1471.

Agenda de hoje 

Exterior

05h00 – Zona do Euro – Índice PMI composto (mai)

06h00 – Zona do Euro – Vendas no Varejo (abr)

09h30 – EUA – Variação na folha de pagamentos – Payroll (mai)

09h30 – EUA – Taxa de desemprego (mai)

10h45 – EUA – Índice PMI composto (mai)

11h00 – EUA – Índice ISM do setor de serviços (mai)

Brasil

09h00 – Pesquisa Industrial Mensal (abr) 

10h00 – Índice PMI composto (mai)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Depois de uma semana relativamente calma em relação aos indicadores econômicos, hoje é dia de intensa movimentação nos Estados Unidos.

O Departamento do Trabalho norte-americano divulgará, às 09h30, o volume de novos empregos gerados no país no mês de maio.

Com base no resultado frustrante da pesquisa ADP, divulgada ontem, espera-se pela criação líquida de 325 mil novos postos de trabalho, no que seria o menor nível mensal desde dezembro do ano passado.

Dados acima de 325 mil podem indicar economia forte e uma eventual distensão do ciclo de aumentos de juros por parte do Federal Reserve, enquanto números abaixo das expectativas poderiam endossar as recentes declarações do presidente do presidente do FED,  de que seria prudente interromper o ciclo de alta de juros no outono, quando a taxa chegar aos 2%.

No Brasil, a possibilidade de declaração de calamidade pública, aventada pelo próprio governo, tem trazido temor ao mercado local.

O estado de calamidade abriria espaço fiscal para que o governo concedesse uma espécie de voucher a caminhoneiros, taxistas e motoristas de aplicativos, para diminuir os impactos dos preços dos combustíveis.

O mercado abre o dia sem direção à espera dos dados do mercado de trabalho norte-americano.

Real x Euro

O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês), mostrou que a economia europeia continuou perdendo ritmo no mês de maio.

O resultado frustrou o mercado porque veio ligeiramente abaixo da primeira leitura, divulgada dias antes.

Apesar disso, o resultado de maio ainda marcou os 56,1 pontos, o que indica expansão da renda composta do bloco, ou seja, como o indicador está acima dos cinquenta pontos, é correto dizer que, apesar da perda de ritmo, a economia europeia continuou crescendo no mês de maio.

Na Turquia, depois de muitas idas e vindas na presidência do banco central local, fruto de diversas ingerências do presidente do país na condução da política monetária, a inflação alcançou incríveis 73,5% nos doze meses encerrados em maio. Essa é a inflação mais elevada no país desde 1998.

Mais um dia da conturbada semana em que o mercado de câmbio abre sem direção, isso acontece porque, a despeito de uma situação econômica ligeiramente mais profícua no exterior, o ambiente político doméstico continua a exercer pressão para a desvalorização do real.

A bola da vez é a possibilidade de o Governo Federal decretar novo estado de calamidade pública para abrir espaço extra no orçamento e com isso conceder subsídios aos caminhoneiros e motoristas de aplicativos.

Seguimos de olho.

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