Euro: como a vacinação na Europa tem impactado a moeda

A União Europeia autorizou a primeira vacina para Covid-19 em 21 de dezembro de 2020, após avaliação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e consulta dos Estados-Membros da UE. No entanto, o ritmo da vacinação é lento e está afetando a cotação do Euro

Quer entender mais a influência da vacinação contra Covid-19 sobre o Euro? Leia o artigo abaixo e fique por dentro! 

A vacinação na Europa

As campanhas de vacinação contra a COVID-19 já começaram em todos os países da União Europeia. Assim, desde o final de 2020, quando começou a vacinação, cerca de 7% da população recebeu uma dose de vacina nos 27 Estados-membros da União Europeia.  Ou seja, cerca de 38 milhões de doses administradas. 

No entanto, esses números ainda são considerados baixos para seus 450 milhões de habitantes. Para se ter uma ideia, apenas os Estados Unidos já vacinou cerca de 90 milhões de pessoas.  Aliado à vacinação lenta, a transmissão do vírus continua muito alta em todo o continente.

Na semana que terminou em 28 de fevereiro de 2021, houve mais de um milhão de novos casos de COVID-19 registrados na Europa. 

A vacinação na Europa impactou no euro.

Como a vacinação impacta no Euro?

Um dos fatores que interferem na cotação do Euro é a estabilidade na Europa, já que o Euro é a moeda oficial dos países pertencentes ao bloco da Zona do Euro. Isso significa que o preço do Euro depende da estabilidade econômica e política desses países, bem como de toda a UE.

Com isso, o avanço lento da imunização na União Europeia pesou sobre a cotação da moeda.

Com a vacina, a população pode voltar às ruas e, consequentemente, há a reabertura do comércio. Tudo isso gera novos empregos, aumenta o consumo e movimenta a economia.

Porém, com a lentidão da vacinação, o que vimos foram os países estabelecendo Lockdown, estado de calamidade pública e toque de recolher. Ou seja, comércio fechado e economia retraída.

Confira o artigo completo de André Galhardo sobre o início da imunização no Brasil e a volta dos investimentos.

Como a pandemia impactou o Euro?

A primeira onda da pandemia de coronavírus levou a Comissão Europeia a anunciar a pior recessão da história da UE. Entre abril e junho de 2020, a economia da UE encolheu 11,4% e a economia da zona do Euro 11,8%. Além disso, em 2020 o PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro caiu 6,6%.

Também a Comissão Europeia rebaixou sua previsão de crescimento econômico para 2021 de 6,1% para 4,2% para a zona do Euro. 

O Euro em 2021

Com o impacto da pandemia no mercado internacional, apenas os esforços do Banco Central Europeu não são suficientes para segurar a queda do Euro.  Isso porque, acabar com os efeitos negativos da pandemia é fundamental para os países reativarem a economia e, assim, fortalecer a moeda. 

No final de 2020, a expectativa era que a zona do euro cresceria em 2021 em um ritmo recorde desde que a moeda única do bloco europeu foi lançada. No entanto, essa lentidão impacta negativamente na força da moeda europeia. 

Com isso, a moeda vem perdendo força. Por exemplo, em comparação ao Dólar, o Euro começou o ano valendo U$ 1,2212 e terminou o bimestre valendo U$ 1,2074, uma queda de 1,14%.

É importante lembrar que a vacinação nos Estados Unidos está em média 20,6 doses para cada 100 habitantes no país, enquanto o bloco administra apenas 6,8 doses de vacinas para cada 100 pessoas.

Também no Reino Unido a vacinação está bastante avançada e administra 29 para cada 100 habitantes. Sendo assim, a Libra Esterlina também vem ganhando força. Apenas nos dois primeiros meses de 2021, a moeda teve uma variação de 2,96% em relação ao Euro. O ano começou com o Euro valendo £ 0,88 e fechou o bimestre valendo £ 0,8664. 

Conclusão

No fim de 2020, a União Europeia autorizou a primeira vacina contra Covid-19 e iniciou a vacinação em sua população. No entanto, diferente do que se esperava, a imunização está em ritmo lento, fazendo o Euro perder força. A vacinação precisa ser acelerada para que a moeda volte a ser valorizada. 

Para saber mais, veja neste artigo como  porque a vacina contra a COVID-19 pode influenciar o câmbio

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