Inflação nos EUA decepciona e joga dólar para cima

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (12) com variação de -1,2%, valendo R$5,0935, após ter começado o dia cotado a R$5,1551. O Euro fechou o pregão com variação de -0,8%, a R$5,1560, após ter iniciado o dia em R$5,1961.

A moeda americana iniciou esta terça-feira (13) cotada a R$5,0869, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,1477.

Agenda de hoje

Exterior

03h00 – Alemanha – Índice de preços ao consumidor (ago)

06h00 – Alemanha – Levantamento ZEW de sentimento econômico (set)

09h00 – EUA – Confiança do pequeno empresário (ago)

09h30 – EUA – Índice de preços ao consumidor (ago)

15h00 – EUA – Resultado fiscal mensal (ago)

Brasil

09h00 – Pesquisa Mensal de Serviços (jul)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

No Brasil, o setor de serviços mostrou força adicional ao avançar 1,1% em julho, acima das expectativas de mercado, refletindo, sobretudo, os impactos positivos promovidos pela normalização do mercado de trabalho.

O número foi muito bem recebido pelo mercado, mas minutos depois os Estados Unidos divulgaram a inflação relativa ao mês de agosto. Segundo o governo norte-americano, os preços de agosto ficaram 0,1% mais caros que no mês de julho, contrariando as expectativas, que esperavam por queda de 0,1%.

Verdade que a diferença não foi tão grande assim, além disso, os dados de inflação anual cederam, de 8,5% para 8,3% o que aparentemente é muito bom, mas essa é só uma parte da história.

O núcleo de inflação, quando retiramos do índice cheio (+0,1%) os efeitos dos preços dos alimentos e dos combustíveis, subiu 0,6% no mês, número suficiente forte para chamar a atenção do Fed, que deve mesmo promover um novo aumento de 0,75% na taxa de juros este mês, o que por sua vez, deve pressionar o valor do dólar nos demais países.

Não por acaso a moeda norte-americana avançava forte em relação à maioria das divisas dos países em desenvolvimento.

A tendência do dia é de desvalorização do Real.

Real x Euro

Na Europa, os números definitivos de inflação apenas endossaram aquilo que já havia sido mostrado na leitura prévia. Os preços continuam em franca trajetória de elevação na Zona do Euro e as perspectivas são as piores possíveis com a escassez hídrica e o gargalo na oferta de gás, problemas que atuam em favor do aumento dos preços no curto prazo.

A expectativa é de que o Banco Central Europeu promova um aumento de 0,75% na taxa básica de juros na próxima reunião, em outubro, em uma tentativa de barrar a inflação e a desvalorização do Euro em relação ao Dólar norte-americano.

A prova de que as coisas não vão bem na Europa foi ratificada pelo índice de percepção econômica ZEW relativo ao mês de setembro. Na Alemanha, o número negativo em 61,9 pontos é o mais baixo desde a crise do subprime, em 2008.

A tendência do dia é de desvalorização do Real. 

Seguimos de olho.

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