Mestrado na Alemanha: estude nas melhores universidades

Intercâmbio cultural e aprimoramento acadêmico são dois dos grandes atrativos do mestrado na Alemanha.

A qualidade de vida é um dos principais atrativos na Alemanha. Anualmente, centenas de pessoas optam por mudar para a nação germânica em busca de estabilidade financeira, saúde e educação. Em 2020, por exemplo, o país se tornou o 4º maior destino para estudantes no mundo. Com isso, o mestrado na Alemanha tornou-se uma alternativa para milhares de pessoas.

São várias as universidades que oferecem programas de pós-graduação para nativos e estrangeiros. As opções de cursos também são diversas. Isso possibilita enquadrar uma análise dentro de uma linha de pesquisa compatível com os interesses da pessoa estudante.

Além do intercâmbio cultural, o mestrado na Alemanha viabiliza o contato com diversos pensadores, sociólogos e analistas sociais diretamente da fonte. Afinal, foi do país que vieram grandes filósofos, como Karl Marx, Immanuel Kant, Friedrich Nietzsche, Hannah Arendt etc.

Como fazer mestrado na Alemanha?

Para estar apta a participar de um processo seletivo de mestrado, a pessoa precisa ter concluído a graduação. No caso de um mestrado na Alemanha, é importante ter boa habilidade na língua alemão e/ou inglês. Assim, facilita o entendimento de aulas e compreensão de conteúdos.

A maioria das universidades alemãs faz uma apuração sobre o histórico escolar. Isso significa dizer que o desempenho avaliativo na graduação será avaliado.

O processo seletivo é bastante burocrático, demandando planejamento e paciência. Além disso, morar na Alemanha pode requisitar essas características. Afinal, é uma cultura bem diferente da brasileira. O país também tem um custo de vida compatível com as remunerações. 

Ao longo do processo, as universidades alemãs precisam reconhecer a formação dos brasileiros, validando os diplomas. Essa etapa pode demandar um pouco de paciência, pois o nível de exigência é alto.

É natural que aconteçam possíveis imprevistos, atrasos ou mudanças de planos no meio do percurso. O segredo para evitar esse cenário é munir-se com o máximo de informação possível.

Mesmo que seja capaz de se desenrolar com o inglês em cidades como Berlim ou Munique, é imprescindível — ao menos começar — aprender alemão.

Como se candidatar para fazer mestrado na Alemanha?

Os cursos de pós-graduação vão ter exigências variadas, conforme sua área e universidade. As informações estão disponíveis no próprio site da instituição de ensino. Por isso, a primeira dica é pesquisar, em detalhes, a universidade que deseja se candidatar.

Para estudar na Alemanha, é importante verificar se o seu diploma de ensino médio e superior são aceitos no país. O site da AnabinAnerkennung und Bewertung ausländischer Bildungsnachweise — faz o reconhecimento e validação das certidões de ensino estrangeiros.

É possível ver uma lista com cursos ou universidades que são validadas. Se não for o caso, é possível encaminhar um e-mail com perguntas específicas.

Mesmo que o seu curso não esteja na lista dos reconhecidos, há solução. Ela se chama Studienkolleg. É um curso de um ano, oferecido pelas universidades para os estrangeiros que precisam adicionar carga horária aos seus diplomas.

É possível se candidatar a um Studienkolleg diretamente com a universidade, por meio do Departamento Acadêmico para Estrangeiros (Akademisches Auslandsamt) da universidade desejada. Há também a opção pela plataforma uni-assist.de.

Com o Studienkolleg finalizado, a pessoa estará apta a se candidatar ao curso que deseja, seja graduação, seja mestrado.

Outra plataforma que pode ajudar nesse processo é a DAAD. Ela disponibiliza um banco de dados com todas as ofertas de estudos no país.

Quais são os documentos necessários?

Como falamos, as universidades podem solicitar alguns documentos específicos, mas há aqueles que são padronizados.

Antes de começar o processo, é fundamental legalizar os diplomas e históricos escolares. Faça uma tradução juramentada de todos eles, assim como da certidão de nascimento e da carteira de motorista — se tiver.

Legalizar os documentos das universidades significa fazer a Apostila de Haia. É um dos acordos entre os países para tornar mais simples e menos burocrático o reconhecimento mútuo de documentos no exterior. Ela pode ser feita em cartórios habilitados.

Já a tradução juramentada é um processo feito por profissionais habilitados e reconhecidos pelo governo. Esses processos precisam ser feitos no Brasil, antes mesmo de embarcar para a Alemanha.

Qual é o prazo para a candidatura de mestrado na Alemanha?

O prazo para se candidatar a uma vaga em uma universidade da Alemanha é unificado em todo o país. A data limite é 15 de janeiro para quem vai começar o semestre no verão (março a setembro) e 15 de julho para o inverno (outubro a fevereiro).

Um dos documentos que podem ser exigidos nesse momento é o visto de estudante, acompanhado do seguro-saúde do país — obrigatório na Alemanha. Além disso, é preciso apresentar um comprovante de candidatura emitido pelo Departamento Acadêmico para Estrangeiros da universidade escolhida.

Quais as melhores universidades da Alemanha?

Na Alemanha, há uma divisão entre as universidades. Se você deseja fazer um mestrado acadêmico, com foco em pesquisa e teor mais teórico, existem 108 opções.

Mas se você busca fazer uma faculdade com foco mais prático no mercado de trabalho, existem mais de 400 opções. Essas instituições são conhecidas como Hochschulen e têm tanto renome e qualidade como as grandes instituições de ensino.

Na lista do QS World University Rankings 2021, contendo as melhores instituições de ensino superior de todo o mundo, constam apenas universidades e institutos de tecnologia alemães.

A seguir, listamos as 10 melhores universidades da Alemanha!

1. Universidade Técnica de Munique — 50º no QS ranking

Fundada em 1868 pelo rei Ludwig II, a Universidade Técnica de Munique (Technische Universität München) especializou-se em cursos da área de STEM. O destaque fica para as Ciências Naturais e Engenharia.

A TUM tem importante atuação nesses campos até hoje. Os cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Física e Astronomia estão entre os 30 melhores do planeta.

Atualmente, ela tem 11 departamentos acadêmicos comandados por mais de 600 professores. Eles atendem cerca de 50 mil estudantes, sendo 38% intercambistas.

A universidade faz parte da associação das 9 universidades técnicas mais prestigiadas da Alemanha.

Um dos aspectos diferenciais da TUM é o incentivo ao empreendedorismo. Ela se autodenomina “Universidade Empreendedora”, porque busca promover um ambiente  incentivador e favorável para empreendedores iniciais.

Há 183 cursos entre programas de graduação e pós-graduação disponíveis, incluindo alguns cursos que são ministrados em inglês.

2. Universidade Ruprecht-Karls de Heidelberg — 63º no QS ranking

A Universidade de Heidelberg é a mais antiga da Alemanha, com mais de 630 anos — foi fundada em 1386.

Por ter um longo período de existência, sua história cruza com a do próprio país. Durante o domínio nazista, por exemplo, perdeu quase 30% dos professores por questões “raciais ou políticas”.

Após anos sombrios, ela volta a se expandir após a 2ª Guerra. Atualmente, a instituição conta com uma estrutura de 12 faculdades. São elas: Ciências Humanas, Direito, Ciências Sociais e Comportamentais, Ciências da Vida, Medicina e Ciências Naturais.

Na Universidade, estão mais de 8 mil funcionários, sendo que 6 mil atuam diretamente no campo acadêmico. São cerca de 30 mil estudantes, com um percentual de 18% de intercambistas.

3. Universidade Ludwig-Maximilians de Munique — 64º no QS ranking

A Ludwig-Maximilians-Universität München (ou LMU) é reconhecida como uma das principais instituições acadêmicas e de pesquisa da Europa.

Com mais de 550 anos de história, atrai pesquisadores de todas as partes do mundo. Isso deixa sempre a universidade na vanguarda das ideias que mobilizam o globo.

A instituição abrange as diferentes áreas de estudo: Humanidades e Estudos Culturais, Direito, Economia, Ciências Sociais, Medicina e Ciências Naturais.

Sua abordagem é intensamente interdisciplinar, promovendo inovação e correlação entre as áreas. Conta com 50 mil estudantes matriculados nos mais de 310 cursos. 

Além disso, são mais de 6 mil profissionais acadêmicos e 780 professores atuando no local.

4.Universidade Livre de Berlim — 127º no QS ranking

Conhecida também como FU-Berlim, a Universidade Livre de Berlin é a maior entre as 4 universidades da capital da Alemanha. Fundada em 1948, é reconhecida como uma das principais instituições de ensino de toda a Europa.

Durante a Guerra Fria, a tradicional Universidade Humboldt ficou do lado oriental do muro. Com isso, foi necessário criar uma nova instituição para o lado ocidental. A inclusão do adjetivo “livre” veio para marcar esse período histórico.

As pesquisas realizadas no campus incentivam a modernidade. Muitos dos projetos desenvolvidos são colaborativos e interdisciplinares.

A quantidade de alunos estrangeiros é outro atrativo, 36% de todos os 4 mil estudantes de doutorado. Na graduação e no mestrado, essa proporção é de 13% e 28%, respectivamente.

5. Universidade Humboldt de Berlim — 128º no QS ranking

A tradicional Humboldt-Universität zu Berlin foi fundada em 1810. Ela busca ser a referência de todas as universidades modernas. Por isso, o campus oferecia, desde o seu início, quatro faculdades clássicas: Direito, Medicina, Filosofia e Teologia.

Atualmente, o número de estudantes é de aproximadamente 40 mil. São mais de 2.500 professores contratados, com um orçamento de 400 milhões de euros por ano.

Ela não separa as Ciências Sociais e Humanas das demais ciências. Por isso, a universidade mantém projetos em diversos campos de pesquisas.

6. Instituto de Tecnologia de Karlsruhe — 136º no QS ranking

O Karlsruhe Institute of Technology (KIT) é uma das mais recentes universidades da lista, sendo fundada em 2009.

A KIT foi fundada a partir de outras duas importantes universidades alemãs: o centro de pesquisa Karlsruhe e a Universidade Karlsruhe — fundada em 1825.

As principais áreas da instituição abrangem Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

7. Universidade Técnica de Berlim (TU Berlin) — 159º no QS ranking

A Universidade Técnica de Berlim passou por um processo de transformação em 1946. Naquele ano, ela ganhou um novo nome, separando dos ideais que prosperavam na instituição desde 1930 até o fim da Segunda Guerra.

A instituição chamava-se Academia Técnica Real, sendo criada em 1879. Com esse título, ela foi a primeira das universidades germânicas que puderam conceder título de doutor aos seus estudantes.

Atualmente, a universidade atende mais de 30 mil universitários nos cursos de graduação, mestrado e doutorado. Sendo que cerca de 25% deles são estrangeiros.

8. Universidade Técnica de Aachen — 165º no QS ranking

A Universidade Técnica de Aachen é a maior das universidades técnicas da Alemanha. Conhecida como RWTH Aachen, ela foi criada em 1858 pelo então príncipe da Prússia.

Na época do império, o príncipe da Prússia recebia generosas doações de uma das empresas da Renânia. Ele resolveu investir esse dinheiro na criação da primeira instituição tecnológica da região.

Atualmente, a universidade oferece 166 cursos entre programas de graduação e pós. São mais de 50 mil estudantes, dos quais mais de 10 mil vieram de outros países.

9. Universidade de Freiburg — 172º no QS ranking

A Universidade de Freiburg foi fundada em 1457. Sua criação teve muita influência religiosa e foi feita na Catedral de Freiburg.

Os primeiros cursos oferecidos foram Teologia, Direito e Medicina, todos em latim. Durante a Reforma Protestante, a universidade declarou sua lealdade ao catolicismo e teve prédios construídos pela ajuda dos Jesuítas.

Atualmente, a universidade destaca-se no curso de Teologia — um dos 100 melhores do mundo — e em Odontologia, História Antiga e Literatura.

A universidade oferece 288 cursos, distribuídos em 11 faculdades e 100 departamentos. São 25 mil estudantes, com mais de 4 mil intercambistas.

10. Universidade de Tubinga — 177º no QS ranking

A inovação, a interdisciplinaridade e a ambição internacional são princípios marcantes da Universidade de Tubinga. A instituição surgiu em 1477 com quatro cursos: Direito, Filosofia, Medicina e Teologia.

É a quinta universidade mais antiga do país, sendo reconhecida por toda a pesquisa que desenvolve.

Ela tem parcerias com mais de 300 universidades europeias e mais de 200 instituições de outros lugares do mundo.

Atualmente, são 109 cursos de graduação e 132 programas de pós-graduação. Esses cursos são frequentados por mais de 27 mil universitários, sendo aproximadamente 3.600 de outros países.

A especialidade da Universidade de Tubinga estão nos cursos de Arqueologia, Antropologia, História e História Antiga.

Como é estudar na Alemanha?

Uma das questões a se destacar nas universidades alemãs é o investimento realizado em pesquisa. Os laboratórios são sempre muito bem equipados e há disponibilidade de bolsas para estudantes de forma ampla.

O governo alemão, assim como a sociedade, incentiva e valoriza os pesquisadores e estudantes em seu país. 

Por isso, se você está pensando em fazer mestrado na Alemanha, as perspectivas de suporte e apoio governamental e acadêmico são sempre positivas.

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Resumindo

Como se candidatar para fazer mestrado na Alemanha?

Para se candidatar para o mestrado na Alemanha, é importante conhecer a universidade e o programa que deseja fazer parte. Cada processo requer atenção e paciência, visto que há burocracia e muitos documentos que precisam ser validados e confirmados pelo governo alemão.

Quais são os documentos necessários?

É preciso validar com o governo alemão o histórico escolar e os diplomas recebidos. Por isso, é importante fazer a Apostila de Haia, em busca de confirmação dos dados. Além disso, é preciso solicitar uma tradução juramentada do seu histórico e diploma escolar, a fim de garantir que as universidades alemãs validam a graduação.

Quais as melhores universidades da Alemanha?

Segundo o ranking internacional de Universidades, as melhores instituições de ensino alemãs são:
– Universidade Técnica de Munique;
– Universidade Ruprecht-Karls de Heidelberg;
– Universidade Ludwig-Maximilians de Munique;
– Universidade Livre de Berlim;
– Universidade Humboldt de Berlim;
– Instituto de Tecnologia de Karlsruhe;
– Universidade Técnica de Berlim (TU Berlin;)
– Universidade Técnica de Aachen;
– Universidade de Freiburg;
– Universidade de Tubinga.

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