O fornecimento de gás russo à Europa pode parar a qualquer momento

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (25) com variação de -2,6%, valendo R$5,3576, após ter começado o dia cotado a R$5,4987. O Euro fechou o pregão com variação de -2,5%, a R$5,4762, após ter iniciado o dia em R$5,6153.

A moeda americana iniciou esta terça-feira (26) cotada a R$5,3703, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,4883.

Agenda de hoje

Exterior

11h00 – EUA – Confiança do consumidor – Conference Board (jul)

11h00 – EUA – Venda de casas novas (jun)

Brasil

05h00 – IPC FIPE (semanal)

08h00 – INCC-M (jul)

08h00 – Sondagem da construção (jul)

09h00 – IPCA-15 (jul)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

O Fed começou hoje (26) a reunião de dois dias para a tomada de decisão sobre a taxa básica de juros e outros elementos de política monetária no país.

O mercado espera que o comitê de política monetária do banco, FOMC, na sigla em inglês, decida por um aumento de 0,75%, elevando o rendimento dos títulos para 2,5% ao ano.

As dúvidas sobre a postura do Fed surgem quando os indicadores de atividade econômica mostram uma eventual crise econômica no país nos próximos trimestres. O mercado alega que o Fed teria menos ímpeto para o controle inflacionário se o ritmo de atividade econômica mostrar uma contração muito significativa.

Por outro lado, o preço do gás natural tem subido de forma muito rápida nos Estados Unidos, somado a um comportamento errático dos preços de commodities importantes como o petróleo, ambos os movimentos podem alimentar ainda mais a inflação, que já está no maior nível em quase 42 anos.

No Brasil, a prévia de inflação mostrou forte desaceleração em julho, depois que os primeiros impactos da equalização do ICMS sobre os preços foram sentidos.

O mercado abre o dia sem direção à espera do FOMC e precificando um risco energético na Europa à medida que os russos cortam o fornecimento de gás natural de forma gradativa, alegando problemas técnicos.

Real x Euro

Na Europa, o imbróglio sobre o fornecimento de gás natural pela Rússia continua sendo uma das principais preocupações. Segundo o governo russo, o fornecimento, que atualmente está em 40% da capacidade total, será cortado para 20% por conta de problemas técnicos.

A diminuição do fornecimento e o consequente aumento no preço do gás devem colocar ainda mais pressão sobre os preços aos consumidores, provocando um aumento disseminado da inflação, que pode obrigar o Banco Central Europeu a agir de forma mais rápida e contundente no combate ao aumento do IPC.

E por falar em inflação, o governo sueco divulgou hoje cedo os dados de inflação ao produtor industrial local. A variação mensal de +2,5% é mais forte que a registrada um mês antes, +1,8%, e ajudou a produzir uma inflação ao empresário industrial de +25,6%.

Na Espanha, o IPP divulgado mais cedo, mostrou que a inflação acumulada pelo indicador chegou a +43,2% em termos anuais.

Apenas a título de comparação, o IPP anual do Brasil está em torno de 19,2%

Com a agenda de indicadores econômicos relativamente fraca, o mercado aguarda pela decisão do Fed sobre a taxa básica de juros nos Estados Unidos.

O mercado abre o dia sem direção à espera de pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária norte-americana.

Seguimos de olho.

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