O mercado internacional de investimentos em startups nunca esteve tão quente

Se sua startup está buscando por investimentos, saiba: este é o momento ideal para você captar dinheiro fora do Brasil e impulsionar seus negócios! O mercado internacional de investimentos em startups nunca esteve tão quente. Para se ter uma ideia do que estamos falando, o número de negócios de mais de US$ 100 milhões por fundos americanos cresceu 800% desde 2016, de acordo com números do Wall Street Journal. 

Na verdade, em qualquer ótica que você olhar, é a hora de buscar investimentos no exterior, aproveitando-se desse excesso de liquidez. Investidores também sabem que o momento é espetacular, que vivemos uma mudança de paradigma constante na sociedade e que a disrupção virou regra nos últimos e nos próximos anos. 

Isso faz com que muitos investidores paguem caro em seus investimentos. “Não existem mais fundos de venture capital disciplinados com o preço. Todos nós tivemos que ceder”, explica Keith Rabois, um investidor de Miami. 

Além disso, investidores de risco não tradicionais estão entrando no mercado, de acordo com matéria do Wall Street Journal. São hedge funds, fundos de pensões e outras instituições que não buscavam startups recentemente. 

A gigante de investimentos Fidelity é agora uma grande investidora em empreendedorismo, por exemplo, o que é um novo território para ela. Esses novos investidores já representam 42% do fluxo de negócios, de acordo com a PitchBook Data Inc.

Esse fluxo de dinheiro novo está criando grandes oportunidades para os fundadores de empresas de tecnologia (e outros empreendedores) aproveitarem novas oportunidades. 

Os investimentos em startups dos EUA no primeiro semestre de 2021 foram de US$ 150 bilhões e caminham para dobrar o número total de 2020 (que também foi um ano recorde). Enquanto os relatórios se concentram no Vale do Silício, não há como negar que investidores estão procurando ideias para financiar.

De acordo com a CB Insights, o financiamento global para novos empreendimentos e startups de tecnologia está explodindo – um aumento de mais de 157% em relação ao ano passado. 

Existem mais de 700 startups “unicórnios” em todo o mundo em julho de 2021 – ou seja, mais de 700 empresas possuem valuation de mais de US$ 1 bilhão. Unicórnios populares incluem Nubank, MadeiraMadeira, 99, Loft e QuintoAndar. 

Outras, como VTEX e 99, já passaram por exits (o momento em que os fundos investidores ou seus fundadores vendem sua participação para outras empresas, ou abrem o capital) suficiente para deixarem de serem categorizadas como tal, mas para muita gente ainda o são.  

Investimentos em startups: unicórnios brasileiros crescem em ritmo acelerado

O ritmo de transformação de startups brasileiras em unicórnios foi bastante acelerado nos últimos anos, conforme investidores estrangeiros passaram a ver o potencial da economia nacional. 

Investimentos em startups na América Latina


O investimento em startups na nossa região superou US$ 4 bilhões pelo segundo ano consecutivo, com um recorde de 488 negócios em 2020. Não foram só as gigantes que receberam investimentos: tivemos recordes de investimentos semente e de estágio inicial em vários mercados, com capital de fora, principalmente nos seis primeiros meses de 2021. Isso desenha uma tendência positiva para os próximos meses.

O investimento colaborativo entre gestores de fundos locais e globais acelerou neste ano, seguindo o impulso de 2020. As fintechs continuam sendo as favoritas dos investidores, seguidas por e-commerces e proptechs, com notável crescimento em setores relevantes no contexto de uma pandemia, como empresas de healthtech e edtech

As saídas e M&A (Fusões e Aquisições) funcionaram durante toda a pandemia, impulsionadas por grandes empresas procurando startups. Houve também uma onda de listagem nas bolsas americanas. 

Investidores institucionais que colocaram mais de US$ 50 milhões em startups no período incluem: Accel, Andreessen Horowitz, Dragoneer, DST, General Atlantic, GGV, Ribbit Capital, Sequoia Capital, SoftBank, Tiger Global, T. Rowe Price e Vulcan Capital. 

As gigantes de investimentos de Private Equity Advent, L Catterton e Silver Lake também foram grandes investidoras. 

A região teve algumas novas empresas alcançando o status de unicórnio: Creditas, dLocal, Kavak, Loft, MadeiraMadeira e a VTEX. 

O ano de 2020 foi recorde em capital total para estágio inicial investido na Argentina, Brasil, Colômbia e México – os quatro maiores mercados da américa latina. 

A Loft levantou US$ 425 milhões, o Nubank levantou US$ 400 milhões, a MadeiraMadeira levantou US$ 190 milhões e a Loggi levantou US$ 205 milhões – investimentos muito significativos.

Mas não foram só as gigantes a receber investimentos: algumas empresas em Early Stage também levantaram quantias significativas, como a Quanto (US$ 15 milhões) e Gupy (US$ 8 milhões). Isso mostra uma boa perspectiva para startups de qualquer tamanho em toda a América Latina.  

Antigamente, só as grandes tinham vez, em um processo que não se parecia com o que mercado de investimentos em startups fora do país passava.

Empresas que atualmente seriam vistas como startups e revolucionaram seus segmentos na última década, como a XP Investimentos, tiveram que crescer da maneira “tradicional”, enquanto nos Estados Unidos já existia um “processo” de investimentos em startups. 

Investimento em Startups e as fortes entradas na Bolsa


Se existe um fator que é importante para o desenvolvimento de um saudável ecossistema de startups em um país é a possibilidade de que essas startups um dia acessem o mercado financeiro tradicional, por meio da bolsa de valores. 

Isso proporciona a possibilidade de que investidores, fundos estrangeiros ou nacionais, consigam liquidar seus investimentos e embolsar seus lucros. Os últimos anos mostraram um amadurecimento muito importante para a bolsa brasileira. 

Neste assunto: boas notícias. 

Duas startups apoiadas por fundos de venture capital foram listadas na B3: o marketplace Enjoei levantou quase R$ 1 bilhão, proporcionando uma saída parcial para a Monashees e a Bessemer Venture Partners; e a plataforma de cashback Méliuz levantou R$ 629 milhões, proporcionando uma saída para Monashees, Lumia, Graph Ventures, Endeavor, FJ Labs e Social Capital.

Grandes empresas também têm usado as bolsas americanas, Nasdaq e Nyse, para abrir capital. 

A Vtex seguiu o caminho de XP, Stone, PagSeguro e outras e levantou US$ 361 milhões nos Estados Unidos.

Isso acontece conforme o ambiente de startups do Brasil floresce e se torna um dos mais importantes do mundo, as empresas buscam formas mais criativas de levantar o máximo de dinheiro possível. 

Por conta disso, as companhias realmente têm mostrado uma preferência pelo mercado americano, mais longe do alcance dos investidores brasileiros. Por exemplo, o PagSeguro abriu o capital com um mega valuation de US$ 6,8 bilhões na NYSE, a Bolsa de Valores de Nova York, em janeiro de 2018 – superando as expectativas do que seria possível levantar aqui no Brasil. 

Hoje, a PagSeguro tem BDRs, recibos da ação negociada em NY, listadas na B3, o que permite que investidores nacionais invistam nela também. 

O IPO superando expectativas foi principalmente devido à decisão da sua controladora, o UOL (Universo Online), de evitar a B3 em favor de um mercado onde as empresas do espaço fintech buscam um prêmio melhor, dizem pessoas próximas ao negócio. O UOL já teve o capital aberto na B3 e o fechou alguns anos atrás. 

A decisão ressalta como as bolsas latino-americanas – há muito dominadas por empresas tradicionais como bancos, fabricantes de bens de consumo, telecomunicações e commodities – estão lutando para atrair startups de tecnologia.

Se essa tendência continuar, poderá excluir bolsas como a B3 de um dos setores de crescimento da economia brasileira – o que ela está ativamente tentando evitar. 

A B3 nega que haja qualquer tendência mais ampla de empresas migrarem para outros mercados. 

Mas Tiago Isaac, responsável pelas relações com emissores da B3, reconheceu que as empresas de tecnologia, que ainda são uma raridade no Brasil, são a exceção. “As empresas de tecnologia de alto crescimento só encontram um grande pool de investidores nos EUA”, disse ele à imprensa. 

Companhias brasileiras tentando abrir o capital justificam a escolha dos Estados Unidos para poderem ser comparadas com as suas concorrentes globais. É o caso da PagSeguro, que queria ser comparada com fintechs famosas PayPal e Square, ao invés de ter a Cielo – controlada por setores tradicionais da economia brasileira e em grave crise como par, se abrisse capital na B3. 

Com isso, conseguem ter mais atenção dos investidores, que passam a usar os números das concorrentes como forma de avaliar a própria PagSeguro, projetar seu crescimento, o que acaba resultando em mais dinheiro arrecadado na abertura de capital. 

A importância do IPO


As startups de tecnologia provaram ser fortemente dependentes de IPOs bem-sucedidos. Normalmente, uma startup levanta capital em várias rodadas em seus estágios iniciais.

Fundadores, investidores privados, empresas de capital de risco, fundos futuros e investidores tolerantes a alto risco fornecem o capital para expansão e operações contínuas dessas startups.

Como a maioria das startups opera com prejuízo nos primeiros anos de sua existência, esses investidores não podem retirar seu capital por meio de dividendos. Então, eles dependem do eventual IPO da empresa para obter um retorno sobre seu investimento.

Assim, um mercado de ações estável e grande que pode inspirar investidores a participar desses IPOs é essencial para que os primeiros investidores realmente invistam em startups. E as startups inovadoras e bem-sucedidas geralmente fazem grandes IPOs.

Nos Estados Unidos, essa tendência é observada há décadas. 

O Google (Alphabet) levantou US$ 1,7 bilhão através de seu IPO em 2004. Já a Amazon é um caso ainda mais impressionante. A empresa levantou US$ 54 milhões, a US$ 18 por ação, através de seu IPO em 1997, antes de se tornar a gigante global que é hoje. 

Desde então, o preço das ações atingiu US$ 3.338,65, demonstrando o potencial de crescimento das empresas de tecnologias bem administradas. 

O mesmo cenário é notável no caso da Microsoft. A empresa entrou no mercado de ações com um IPO de US$ 61 milhões em 1986. Hoje, cada ação comprada no IPO vale mais de 500 vezes seu preço inicial. 

Isso precisa melhorar no Brasil. 

Na última década, ocorreram apenas 56 IPOs no Brasil e apenas dois eram de empresas de software, ambos em 2013. Isso é um reflexo do perfil dos investidores que dominam os mercados locais, que são usados para alocar ativos para empresas de setores como petróleo, papel e celulose, mineração ou serviços públicos, como saneamento ou energia elétrica. 

O evento mais importante, no entanto, não é necessariamente a reversão de um mercado público em declínio nos últimos anos, mas o fato de que as startups estão emitindo ações pela primeira vez, uma mudança drástica para um mercado anteriormente dominado por indústrias como commodities e serviços públicos.

Se essa tendência continuar, melhor para o empreendedor brasileiro e para o ecossistema nacional de startups. 

Setores mais atraentes para investimentos em startups

Entre as startups brasileiras e latino-americanas, quais são os setores favoritos pelos investidores? Por enquanto, as fintechs, os e-commerces e as proptechs ainda são as queridinhas do investidor, com as companhias buscando fazer super apps (caso de Rappi, James e até iFood) também tendo bom desempenho. 

Dois segmentos tradicionais que andavam em baixa tiveram melhoras significativas. 

A Healthtech e a edtech prosperaram à medida que a pandemia catalisou a adoção digital de aprendizagem remota, telessaúde e serviços relacionados. O investimento da Edtech cresceu 146% em 2020. 2021 também apresentou bons investimentos, com a Descomplica levantando US$ 84 milhões. 

Já o investimento em Healthtech cresceu 108% em 2020, muito por conta da pandemia, que trouxe bons casos para o conhecimento do investidor. O bom momento continuou no começo de 2021 com uma Série B de US$ 33 milhões para a provedora de planos de saúde Alice.

Remessa Online: rapidez e segurança para trazer investimentos em startups para o Brasil

Uma das preocupações de empreendedores que conseguem bons investimentos do exterior para suas startups está em como trazer esse recurso para o Brasil de forma ágil, segura e econômica. A resposta não é segredo para ninguém: Remessa Online.

Com a Remessa Online, destaque e referência no mercado, você conta com a solidez de uma empresa que já realizou mais de 350 mil transações internacionais e já transacionou mais de R$ 11 bilhões.

A Remessa ainda conta com taxas menores que as de bancos tradicionais, maior agilidade para liberar os recebimentos e atendimento especializado, em português, e por diversos canais de contato.

Conclusão

Compreendendo esse momento único que o mercado está vivendo, a conclusão é que é a hora de buscar investimentos fora do país: é uma oportunidade única de conseguir os recursos que podem fazer sua empresa crescer. Começar um processo de captação agora pode ser ideal mesmo que você não precise do dinheiro agora – ou, para falar a verdade, principalmente se você não precisa do dinheiro agora. 

Há uma enorme quantidade de problemas, porém, que podem ser evitados neste período. Dores de cabeça que surgem e transformam o processo todo em um grande sacrifício.

Fundadores de startup precisam estar focados em duas coisas: na execução de seus produtos e no processo de captação, em si. As burocracias que existem no mundo dos investimentos estrangeiros, como trazer e capitalizar a sua empresa, ficam por conta da Remessa Online

Temos uma solução muito mais avançada e cuidadosa – o nosso objetivo é tirar as dores de cabeça potenciais da sua frente. Além disso, temos um grande diferencial: somos uma startup. Sabemos do que estamos falando e para quem estamos falando.

Vamos fazer a história da sua empresa, juntos. 

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