Paulo Guedes: 6 destaques do ministro da Economia

Durante a campanha presidencial de Jair Bolsonaro, um ponto já era certeza de seu possível governo: Paulo Guedes seria seu ministro da economia. O ministro assumiu a pasta no dia 1º de janeiro de 2019 e em 27 meses presenciamos pontos altos e baixos. 

Apesar de ter conseguido feitos relevantes, Guedes também encontrou dificuldades para levar adiante as principais ideias da sua pauta liberal. Acompanhe no artigo abaixo e veja 6 momentos marcantes do ministro da economia. 

1. Paulo Guedes e a Reforma da Previdência

O primeiro momento de destaque de Paulo Guedes como ministro da Economia foi a aprovação da Reforma da Previdência, pauta especial do ministro durante a campanha do então candidato Jair Bolsonaro. 

Desde o início de sua atuação, Paulo Guedes defendia a urgência da reforma da previdência porque considerava-a o problema fiscal mais grave no país. Então, após oito meses de tramitação, em outubro de 2019 o Congresso aprovou a reforma.

O ministro defendia uma mudança mais abrangente com o objetivo de gerar uma economia de R$ 1,2 trilhão aos cofres públicos em dez anos, mas a proposta aprovada estima uma economia de R$ 800 bilhões para a União. Ainda assim, Paulo Guedes considerou uma vitória. 

2. Lei da Liberdade Econômica

Já em 2019, o Congresso também aprovou a Lei da Liberdade Econômica, que Paulo Guedes afirmava ser o caminho para a prosperidade. A lei reduz a burocracia para as  atividades econômicas e reforça os princípios do livre mercado. Portanto, sua aprovação é considerada uma vitória do ministro. 

3. Altas históricas do Dólar

Um dos momentos mais marcantes de Paulo Guedes são as altas históricas do Dólar. O Ministro assumiu a pasta com a moeda valendo R$ 3,8742. No entanto, desde então já teve uma variação de -43,77%.

O primeiro ano terminou com o dólar valendo R$4,01.  No entanto, com a chegada da pandemia e as constantes crises políticas no Brasil, a moeda americana bateu recordes históricos. 

No dia 5 de março de 2020, o ministro afirmou que o dólar não chegaria a R$5,00. Em entrevista, Paulo Guedes afirmou que “É um câmbio que flutua. Se fizer muita besteira pode ir para esse nível. Se fizer muita coisa certa, ele pode descer”. Porém, dias depois ultrapassou esse valor e em maio chegou ao recorde de R$ 5,90. 

E o ministro não tem conseguido reduzir o valor da moeda que continua em crescimento. No dia 09 de março de 2020, chegou a R$5,80. 

A desvalorização do real foi um impacto das medidas econômicas.

4. Desvalorização do Real

Outro momento marcante do ministro é a desvalorização do Real. Apenas em 2021, é considerada a quarta moeda que mais se desvalorizou, tendo uma queda de -10.2% e perdendo apenas para o Sudão, Líbia e Venezuela. 

Em 2020, a moeda brasileira teve o pior desempenho entre as 30 mais negociadas do mundo. Na época, Paulo Guedes atribuiu o comportamento do câmbio à redução dos juros no país porque a taxa Selic, que chegou a 14,25% em 2016, em 2020 estava em 2%.

5. Pandemia e o Auxílio Emergencial

O enfrentamento da pandemia de Covid-19 também é um dos destaques da administração de Paulo Guedes. Segundo o ministro, em 2020 o governo brasileiro gastou cerca de R$ 600 bilhões no enfrentamento da pandemia, o corresponde a 8,5% do valor do PIB do país.

Entre as principais medidas tomadas, destaca-se o Auxílio Emergencial para os brasileiros mais vulneráveis. A proposta aprovada pelo Congresso concedeu o benefício de R$600, que depois foi prorrogado por mais quatro parcelas de R$300,00. 

O Auxílio Emergencial chegou ao fim em dezembro de 2020. Porém, com a segunda onda da doença, o Ministério da Economia vem sendo pressionado para dar um novo auxílio para a população. Paulo Guedes afirmou recentemente  que em 2021 o benefício deve variar entre R$175 e R$375. 

Crise Política e os Rumos da Economia Brasileira.

6. Paulo Guedes x presidente Bolsonaro

Por fim, o último destaque são os desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro. Durante sua campanha, Bolsonaro afirmava ter plena confiança em Paulo Guedes, no entanto, a administração é marcada por estranhamentos entre os dois. 

O presidente desautorizou ou isolou o ministro em diversos momentos nesses dois anos. Entre eles, podemos destacar:

  • Intervenções na Petrobras contrariando decisões do ministro;
  • Lançamento do Programa Pró-Brasil sem a presença do ministro ou qualquer membro do Ministério da Economia;
  • Renda Brasil, proposto por Guedes, recusado pelo presidente.

Com todas essas desavenças, muitas vezes especulou-se a saída de Paulo Guedes do ministério. 

Conclusão

Desde sua nomeação oficial como ministro da economia, Paulo Guedes vem tendo momentos marcantes positivos e negativos. Ainda, apesar da plena confiança que o presidente mostrava em sua campanha, a saída do ministro continua sendo um assunto recorrente, mesmo em meio a crise. 

Para saber mais, veja neste artigo os reais impactos da pandemia na economia brasileira

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