Ptax no Brasil, mercado de trabalho nos EUA e inflação na Europa

Visão Geral

O dólar comercial fechou a terça-feira (30) com variação de -0,6%, valendo R$5,1240, após ter começado o dia cotado a R$5,0185. O Euro fechou o pregão com variação de -0,3%, a R$5,1324, após ter iniciado o dia em R$5,0180.

A moeda americana iniciou esta quarta-feira (31) cotada a R$5,1082, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,1165.

Agenda de hoje

Exterior

04h55 – Alemanha – Taxa de Desemprego (ago)

06h00 – Zona do Euro – Índice preliminar de preços ao consumidor (ago)

09h15 – EUA – Geração de vagas de trabalho – pesquisa ADP (ago)

22h45 – China – Índice PMI da indústria (ago)

Brasil

09h00 – PNAD contínua (jul)

09h30 – Nota à Imprensa – Política Fiscal (jul)

14h30 – Fluxo Cambial (semanal)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

A terça-feira foi marcada por intensa desvalorização do real, a maior desde o dia 11 de julho, contrariando as expectativas do início do dia, que havia sido marcado por perda do poder aquisitivo do dólar em relação às principais moedas dos países em desenvolvimento.

O ponto de virada ocorreu no momento em que o mercado teve acesso aos dados de confiança do consumidor dos Estados Unidos. Os números, muito superiores às expectativas de mercado, endossam a percepção de que o Fed aumentará em 0,75% os juros na próxima reunião, em setembro.

Nesta quarta, as incertezas são ainda maiores. A pesquisa ADP, prévia do Payroll norte-americano, mostrou criação de vagas de trabalho abaixo das expectativas em agosto. O grande problema é que em julho a ADP também tinha mostrado mercado de trabalho em desaceleração, apesar disso, o número definitivo do mês passado foi o segundo mais forte do ano.

Está tudo em aberto, principalmente em função de ser dia de Ptax no Brasil, o que deve produzir volatilidade adicional ao mercado de câmbio hoje.

Real x Euro

Parece mentira, mas não é! A inflação voltou a acelerar na Europa. Depois de um relativo arrefecimento nos preços, produzidos por cortes de impostos e estabilidade nos preços das commodities, a inflação voltou a subir em agosto.

Segundo a Eurostat a variação de agosto foi de +0,5%, acima das projeções de mercado que esperavam variação de +0,4%. Com o resultado de agosto a variação em um ano alcançou novo recorde no bloco, +9,1%.

Pior que o número “cheio” de inflação foi a variação do núcleo, que exclui as influências dos combustíveis e dos alimentos, +0,5% em agosto. Isso mostra uma inquestionável contaminação da inflação em itens cujos preços são menos voláteis.

Uma coisa é mais certa: o Banco Central Europeu terá grande dificuldade em resolver o problema da inflação nas nações da Zona do Euro.

Seguimos de olho.

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