Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,2176 na segunda-feira (13/mar), um nível 0,4% maior que a abertura da semana anterior (06/mar). A cotação da moeda estrangeira registrou aumento ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (17/mar) cotado a R$5,2438 – patamar 2,3% maior que a abertura da sexta-feira anterior (10/mar). Entre as aberturas desta sexta (17) e da última segunda-feira (13) vimos uma desvalorização do Real de aproximadamente 0,5%.
O Brasil abriu a semana preocupado com um provável aumento do ritmo de aperto monetário promovido pelo Fed (banco central dos EUA). No entanto, a situação ficou ainda mais crítica com a notícia de que o Silicon Valley Bank e o Signature Bank haviam falido.
O aumento do clima de incerteza em relação à saúde do sistema financeiro americano, somado ao prenúncio de uma crise nos moldes do que aconteceu em 2008 criaram um ambiente propício para que as ações de diversos bancos despencassem. O First Republic, por exemplo, viu o preço das suas ações caírem cerca de 70% só na última segunda-feira.
O temor de uma crise mais disseminada acabou provocando um forte aumento do dólar em relação às demais divisas estrangeiras, com um comportamento mais agudo em relação às moedas não-conversíveis como o real.
A tendência de valorização da moeda brasileira, defendida por conta de um ambiente doméstico mais profícuo, com o avanço das discussões em torno da reforma tributária e com a expectativa da apresentação do novo arcabouço fiscal, acabou revertida em desfavor da moeda brasileira.
Confira no De Olho no Câmbio #216 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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