Healthtechs: por que elas são tão importantes para o mercado?

Descubra o que é uma healthtech, para que ela serve e como ela revoluciona o desenvolvimento do país!

Se você está atento ao mercado brasileiro, em especial ao setor de saúde, certamente já reparou no crescimento de um tipo particular de empresa: as healthtechs. São organizações que prestam serviço não só para a rede privada, mas também para a pública. Além disso, elas têm captado diversos investimentos nos últimos anos.

Mas afinal, o que é healthtech e o que ela faz? Por que tem sido cada vez mais buscada e valorizada no Brasil e no mundo? Foi para responder a essas questões que preparamos este artigo. Acompanhe o texto e saiba tudo sobre ela!

Como a medicina é relevante para o desenvolvimento social?

A relevância da medicina para o desenvolvimento social não está só na intervenção e prevenção de doenças. Ela se centra na promoção de saúde. Afinal, com uma medicina consolidada e com mais recursos tecnológicos, nós obtemos mais alternativas para lidar com questões que ameaçam a existência humana. É o caso de enfermidades, lesões, acidentes, desastres naturais e outros problemas sanitários.

Tudo isso é crucial para proporcionar mais dignidade de vida para as pessoas. Não é para menos que o Brasil adota o acesso à saúde de qualidade como um direito do cidadão. O que, inclusive, é resguardado pela Constituição Federal de 1988.

Algo que também é fundamental, pois permite que os indivíduos possam se dedicar a outros movimentos e interações sociais. Assim, traz avanços econômicos, políticos e históricos que surgem como desdobramento dela.

O que são as healthtechs?

A healthtech é uma organização de tecnologia do setor de saúde. Em outras palavras, é uma startup que tem como base do negócio a criação e o desenvolvimento de projetos de inovação para esse mercado.

É importante entender que o setor da saúde não envolve apenas as tradicionais instituições de assistência à população. Isto é, os hospitais, as policlínicas, os prontos-socorros e por aí vai.

Ele também inclui as companhias que atuam no aperfeiçoamento e na otimização do próprio sistema de saúde que é ofertado no país. No caso do Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS). Afinal de contas, diversos recursos e processos tecnológicos são utilizados atualmente em:

  • consultas de rotina ou acompanhamento de doenças crônicas;
  • exames generalistas ou de identificação de desordens orgânicas;
  • internação de pacientes que tenham se acidentado, sido vítimas de ataques físicos ou contraído enfermidades agudas e infecciosas, por exemplo;
  • procedimentos de diferentes graus de complexidade (baixo, médio e alto), como é o caso de cirurgias e intervenções estéticas.

Para que serve uma healthtech?

Uma healthtech cumpre o importante papel de criar, promover e ampliar as soluções que vão ser utilizadas nos serviços de saúde do país. Uma grande parcela delas visa atender às necessidades dos pacientes e familiares.

Porém, também há outras iniciativas. Elas buscam diminuir custos, reduzir problemas operacionais e promover melhores ambientes de trabalho para os profissionais de saúde e as operadoras de saúde.

Quais os tipos de produtos criados por uma healthtech?

O atendimento ao público com inteligência artificial é um tipo de produto criado por uma healtech. Outro exemplo são os aplicativos de alimentação, saúde mental e bem-estar. Por fim, ainda há os e-commerces de medicamentos e as plataformas teleconsultas e os telediagnósticos. 

Inclusive, esse último merece um destaque à parte, pois mostrou, durante a pandemia de Covid-19, a importância da tecnologia aplicada à saúde. Foram inúmeros os profissionais (médicos, psicológicos, nutricionistas etc.) que recorreram às plataformas de teleconsulta e telediagnóstico em tempos de isolamento e distanciamento social.

Portanto, as possibilidades de produtos são inúmeras e dependem das áreas de desenvolvimento em que as healthtechs atuam. 

Quais são as áreas de desenvolvimento da healthtech?

As principais áreas de desenvolvimento são a de telemedicina, gestão hospitalar e atendimento ao consumidor. São serviços que já se consolidaram no sistema de saúde do país e têm boa aceitação. 

Além disso, eles demandam cada vez mais atualizações e otimizações para se expandirem e absorverem mais demanda, em especial da rede pública. Afinal, segundo a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), 80% da população brasileira depende dos serviços públicos disponibilizados pelo SUS. Isso representa mais de 170 milhões de cidadãos.

Categorias 

De acordo com o mesmo estudo, as categorias com maior número de HealthTech no Brasil são:

  • Gestão e PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente);
  • Acesso à informação;
  • Marketplace;
  • Farmacêutica e diagnóstico;
  • Telemedicina;
  • Relacionamento com o paciente;
  • Wearables (dispositivo tecnológico que pode ser usado como acessório ou que podemos vestir). 

Como é o mercado brasileiro e internacional das healtechs?

No Brasil, as healthtechs somam cerca de 1.002 organizações e 21 mil profissionais. O eixo já está tão consolidado nacionalmente que captou, só em 2021, mais de US$ 530,6 milhões de recursos financeiros. Os dados são de um levantamento feito pelo Distrito.

Já uma pesquisa global de 2021 do Dealroom.co mostrou que o setor alcançou um salto impressionante no total de investimentos obtidos entre 2010 e 2021. Se inicialmente obtinha US$ 10 bilhões, em 11 anos conseguiu o total de US$ 63 bilhões.

O relatório aponta ainda que, somando todas as startups da área que estão ativas no planeta, o valor combinado delas será de US$ 1,7 trilhão.

Quais as próximas tendências para as healthtechs?

Entre as tendências para as startups de healtech, podemos citar três que estão em evidência. A primeira é a de desenvolvimento de equipamentos com maior custo-benefício e operação ou gerenciamento por robôs. O seu foco é principalmente no setor cirúrgico e na realização de exames.

Já a segunda é a prestação de serviços a distância para casos de tratamento e diagnóstico. Para tanto, a integração e o armazenamento de dados na nuvem será primordial nesse processo. A terceira e última envolve o uso de realidade aumentada na tomada de decisões, tanto dos pacientes quanto da equipe médica.

Por exemplo, as pessoas poderão conferir, por meio de simulações, como se dá a realização de procedimentos clínicos. Já os profissionais da saúde poderão avaliar meios de intervenção invasiva, sem riscos no organismo.

Como a tecnologia é aplicada no setor

Os avanços tecnológicos têm proporcionado diversos benefícios para os profissionais da saúde e pacientes. Para tanto, diversas tecnologias têm sido implantadas, como:

  • Big Data;
  • AI e Robótica;
  • Tecnologia Mobile;
  • E-commerce;
  •  Telemedicina;
  •  Wearables;
  • Controle e qualidade. 

Além disso, alguns problemas que podem ser resolvidos pelas startups de saúde, são:

  • Má gestão de equipe;
  • Falta de acesso a profissionais;
  • Comunicação interna ruim;
  • Má gestão da cadeia de suprimentos;
  • Má gestão financeira em clínicas;
  • Fraudes e desperdícios;
  • Atendimento ruim;
  • Falta de histórico médico;
  • Gestão pouco orientada por dados. 

Principais desafios

Apesar de inovador e em amplo crescimento, as empresas Healthtech ainda têm alguns desafios para enfrentar. Primeiramente, é preciso criar um ecossistema onde todos os dispositivos possam se comunicar uns com os outros para fornecer aos consumidores soluções personalizadas. 

Existem milhares de tecnologias móveis de saúde, desde rastreadores de dieta e condicionamento físico até monitores de sono, mas cada um desses dispositivos é mais útil quando combinado com outros 

Além disso, para explorar esse potencial e se manter competitivas no mercado, as empresas Health Tech terão que se tornar menos isoladas e colaborar para criar os melhores produtos e oferecer o melhor valor aos seus consumidores.

Quais são as principais healthtechs no cenário brasileiro?

Veja as principais healthtechs brasileiras e seus produtos ou serviços desenvolvidos!

1. Amplimed

A Amplimed produziu um software com múltiplas funcionalidades para instituições de saúde (clínicas) e profissionais liberais (médicos com consultório particular). É o caso de prontuário eletrônico, confirmação virtual de consultas, chamadas de vídeo para teleconsultas, gestão financeira e controle de fluxo de caixa.

2. Anestech

Com foco no campo cirúrgico, elaborou uma plataforma para gestão hospitalar com integração virtual de dados sobre procedimentos. Ela gera informações sobre cada operação e o trabalho das equipes multidisciplinares. Além disso, cria modelos simulativos sobre intervenções cirúrgicas e os riscos envolvidos para maior preparação médica.

3. Benner

Tem um sistema que informatiza os processos clínicos e administrativos de hospitais. Isso permite a geração de relatórios e indicadores mais precisos sobre o custo-benefício e a eficiência de cada atividade. Além disso, ele permite a administração virtual de estoques, convênios médicos, acordos jurídicos e muito mais.

4. Doctoralia

Produziu uma plataforma em que a população pode encontrar médicos e outros profissionais da saúde de acordo com a localização desejada. Isso sem mencionar, é claro, a possibilidade de realizar teleconsultas. Ela ainda fornece insights importantes sobre os serviços que eles prestam, as instituições em que atuam e a avaliação de outros usuários sobre eles.

5. Doc24

Disponibiliza uma plataforma de teleconsultas imediatas. O objetivo dela é reduzir a demanda de pacientes nos hospitais por serviços de urgência e emergência, uma vez que muitas vezes o atendimento presencial não se faz necessário.

Além disso, ela tem serviços específicos para a rede pública de saúde, principalmente para a Atenção Primária à Saúde (APS) que é considerada a porta de entrada do SUS. Na plataforma, as teleconsultas têm foco na prevenção e promoção de saúde.

6. Mobile Saúde

Tem uma plataforma que permite às operadoras de saúde contarem com chatbots e atendimento virtual ao cliente. Além disso, elas podem também enviar mensagens personalizadas e automatizadas. Por exemplo, em marcação de consultas, aviso de preparos específicos para exames, pedido de feedback sobre o atendimento recebido etc.

O mesmo sistema ainda conta com serviço de telemedicina e área de integração com cooperadores e fornecedores da instituição de saúde. Por meio dele, é possível gerir desde documentos até promover eventos administrativos.

7. Pixeon

Disponibiliza um software com atuação híbrida para as instituições de saúde. Ou seja, atende hospitais, clínicas, laboratórios e, inclusive, serviços de radiologia.

Além do serviço de otimização de agendamentos e assistência com inteligência artificial, ele conta com recursos de armazenamento e entrega de exames por meio da nuvem. Também há a automação nos processos de amostras, estoques de suprimentos e análise de resultados.

8. Mevo (antiga Nexodata)

Desenvolveu uma plataforma que conecta farmácias, hospitais e cidadãos em todo o território brasileiro. O propósito dela é a geração de receitas médicas digitais, otimizando o acesso dos médicos aos tratamentos medicamentosos prévios dos pacientes.

Além disso, o usuário pode adquirir os remédios que precisa, sem sair de casa ou ter que levantar preços em diferentes farmácias. Tudo é feito de forma virtual, aumentando a rapidez e a praticidade.

9. Pluginbot

Uniu robótica e inteligência artificial para a construção de robôs que atendem as instituições hospitalares nos mais diferentes serviços. Por exemplo, interações com visitantes de pacientes internados e auxílio nos procedimentos de limpeza e desinfecção de ambientes.

Os robôs ainda podem ser aproveitados para delivery de suprimentos dentro das unidades do hospital e no atendimento em recepções. A ideia da healthtech é aumentar a eficiência dos serviços de saúde, por meio da implementação da tecnologia de alto desempenho em diversos espaços das redes hospitalares.

Quais outros segmentos também estão em alta entre as startups?

Para além das healtechs, é possível encontrar startups voltadas para outros setores importantes do mercado brasileiro. Aqui, podemos citar dois deles: o de educação e o de agricultura/agropecuária. As que atuam no primeiro grupo são chamadas de edtech, enquanto as que atuam no segundo recebem o nome de agtech.

As edtechs desenvolvem projetos de inovação que melhorem não só o processo de ensino, mas também o de aprendizagem em ambientes escolares e universitários. Laboratórios virtuais, plataformas com conteúdos interativos, jogos educativos e sistemas de transmissão de aulas são só alguns dos avanços que elas trouxeram e aprimoraram.

Avanços que, vale ressaltar, têm contribuído consideravelmente para a expansão de aulas remotas e virtuais. Algo que fortalece, consequentemente, a educação a distância e semipresencial no país.

As agrotechs, por sua vez, não ficam atrás. Isso porque os seus projetos visam não só aumentar e fortalecer uma das maiores cadeias produtivas do país. Eles também focam em torná-la mais sustentável, economicamente viável e com maior controle bioquímico nas áreas de cultivo de vegetais e animais.

Entre os avanços promovidos pelas agrotechs, podemos elencar programas de melhoramento genético e análise do solo. Há ainda os softwares de armazenamento e compartilhamento de dados e os serviços de monitoramento climático. Vale ainda citar as plataformas de previsão e simulação de atividades, como plantio, adubagem, colheita, estocagem, processamento etc.

Como ficou explicado ao longo do texto, a healthtech é muito mais do que uma simples organização que está presente no mercado. É, na verdade, o agente de mudança, atualização e otimização em um setor que requer constante aperfeiçoamento. 

Afinal, a promoção da saúde impacta não só o bem-estar físico e mental das pessoas, mas a qualidade e o prolongamento de vida. Além disso, um sistema de saúde mais funcional, tecnológico e com menos custos é algo benéfico para toda a população. Não para menos, o ramo é crucial para o desenvolvimento e o avanço social.

Gostou de se inteirar sobre as healthtechs? Então, assine a nossa newsletter para ficar por dentro de tudo o que envolve o mercado brasileiro!

Resumindo

O que são e para que servem as healthtechs?

São startups que atuam especificamente no ramo da saúde, promovendo inovações tecnológicas nesse setor.

Quais as principais healthtechs no Brasil?

Há várias startups de peso no cenário nacional, como Amplimed, Doctoralia, Benner, Mobile Saúde e Mevo (antiga Nexodata).

Quais os tipos de produtos criados por uma healthtech?

As empresas do segmento criam softwares, aplicativos, plataformas e outros recursos tecnológicos que beneficiam as instituições de saúde.

Quais as tendências para as healthtechs?

Há ótimos exemplos, a começar pelo uso da nuvem em casos de tratamento e diagnóstico de doenças. Também há o desenvolvimento de equipamentos e suprimentos hospitalares. Por fim, podemos mencionar a utilização de realidade virtual em simulações de procedimentos médicos.

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