O que são Agtechs: conheça as startups do agronegócio brasileiro

Conhecer os diferentes tipos de startups pode ajudar em suas análises de mercado. Saiba mais sobre a Agtech — startup que traz inovação para o agronegócio brasileiro!

O agronegócio é um dos setores essenciais para o desenvolvimento econômico do Brasil. Em 2021, por exemplo, ele foi responsável por 27,4% do PIB do país. Entretanto, ainda há muito espaço para desenvolvimento e inovação no segmento. Nesse sentido, o conceito de Agtech se torna relevante para todo o mercado.

Mas você já o conhece? Ele é relativamente novo. Então, é natural que muitas pessoas ainda não saibam o que ele significa, a sua relevância e quais são as Agtechs em atuação no Brasil.

Pensando nisso, preparamos este conteúdo. Nele, você aprenderá o que é uma Agtech e quais são as principais empresas que seguem esse modelo no agronegócio brasileiro. Confira!

O que é Agtechs

Agtech ou Agrotech é uma startup com foco no agronegócio. Ela utiliza a tecnologia para beneficiar as empresas que trabalham com agropecuária e trazer soluções para problemas comuns.

Assim, ferramentas como inteligência artificial, big data, Internet das Coisas e outras soluções de automação passam a ser usadas no campo.

Vantagens das Agtechs:

  • otimização do uso de recursos e redução de desperdícios;
  • automação de tarefas e aumento de produtividade;
  • maior previsibilidade para os negócios;
  • melhora na gestão de custos;
  • oportunidades para a inovação contínua no setor.

Quais as diferenças para as empresas tradicionais?

Uma dúvida comum ao aprender sobre Agtech é entender o que muda em relação aos negócios mais tradicionais do agronegócio. Nesse caso, o diferencial é o fato de ela ser uma startup.

Isso significa que essas empresas são nativas digitais, criadas com a intenção de trazer inovação para o mercado. Isso é feito utilizando tecnologias e ferramentas inovadoras, que viabilizam novos produtos ou serviços.

Ainda, há um foco no crescimento em curto ou médio prazo, o que exige que o produto ou serviço ofertado seja escalável. É isso que permitirá um crescimento acelerado, mas sustentável. Na prática, é comum que elas comecem a operar com equipes menores, apostando em uma ideia central que será desenvolvida.

O ambiente também é disruptivo. Ou seja, o objetivo não é apenas trazer novas soluções. A finalidade é modificar o mercado por meio de alternativas mais baratas ou que atendem um público que ainda não tem acesso.

No setor agro, as startups podem focar em soluções de diferentes áreas. Entre os exemplos, estão: maquinário, biotecnologia, logística e transporte, análises do campo, entre outros.

Qual é o papel das Agtechs na sustentabilidade agrícola?

A sustentabilidade ambiental é um tema muito debatido no mercado e tem bastante relação com o agronegócio. O motivo é que esse tipo de empresa precisa utilizar os espaços da natureza para desenvolver os campos e pastos utilizados na produção.

No entanto, essas medidas geram impactos ambientais, tornando essencial a busca por soluções que ajudem a reduzi-los. Nesse cenário, as Agtechs ajudam a encontrar meios de otimizar o setor por meio da tecnologia, observando também a necessidade de preservar a natureza.

Com a otimização de rotinas, redução de desperdícios e análises mais acertadas dos processos, por exemplo, há chances de diminuir os impactos ambientais. Ainda, é preciso pensar no conceito de sustentabilidade de maneira ampla, por meio do ESG (Environmental, Social and Governance).

A sigla pode ser traduzida para “ambiental, social e governança” e traz três pilares de uma empresa sustentável. Nesse sentido, uma Agtech não se limita ao caráter ambiental: ela também beneficia os outros dois pilares.

Em relação ao caráter social, ela pode melhorar as condições de trabalho, gerar impactos positivos para a comunidade, entre outros. Já em relação à governança, a Agtech fornece ferramentas para melhor controle de dados. Ainda, há maior preocupação no atendimento à legislação — como as normas ambientais.

Tudo isso ajuda a tornar o agronegócio mais sustentável e alinhado às tendências globais. Como resultado, commodities brasileiras podem se destacar e ganhar mais espaço no mercado mundial.

Quais são as principais Agtechs brasileiras?

Principais Agtechs brasileiras:

1. Agrotools

A Agrotools é uma empresa de soluções digitais com foco no agronegócio. Ela oferece sistemas que, entre outras tarefas, proporcionam inteligência no supply chain, compliance socioambiental e análises estratégicas para as companhias do setor.

Todas essas informações são usadas pelos produtores para embasar a tomada de decisão por meio de um software de gestão e soluções voltadas à Internet das Coisas.

2. Grão Direto

A Grão Direto é uma plataforma que viabiliza a negociação de commodities, como milho e soja, ao conectar vendedores, corretores, compradores e armazéns de grãos. Todo o processo é feito de maneira digital.

Para facilitar, os usuários têm acesso aos preços médios das commodities em diversas regiões. Além disso, aos custos médios com frete para as entregas e à cotação de dólar e ativos das principais bolsas.

3. Jetbov

Essa é uma Agrotech com foco na zootecnia voltada à agropecuária de corte. O software da empresa monitora o ciclo reprodutivo dos animais. Ou seja, ela acompanha a cria, o processo de engorda e a terminação. Assim, é possível obter dados relevantes para auxiliar na seleção para descarte e nos controles de custos no processo, visando otimizar os gastos.

4. Pink Farms

Também existem Agrotechs que tentam ligar as soluções do campo às cidades. Para tanto, ela atua com foco no conceito de fazendas verticais. Dessa forma, aproxima a produção dos clientes e reduz desperdícios que a distância gera nas cadeias de produção e distribuição.

Ela trabalha no modelo de assinaturas, garantindo a entrega na frequência desejada pelo cliente — uma ou duas vezes por semana e quinzenal.

5. Safe Trace

Um dos desafios enfrentados pelas empresas do setor agro é a rastreabilidade da cadeia produtiva. Afinal, existem diversas etapas entre os momentos de plantio e trato no campo até os produtos chegarem ao consumidor.

Nesse caso, a Safe Trace traz uma solução que permite integrar informações das diversas fontes que envolvem o produto. Assim, há como assegurar a procedência das mercadorias e certificar produtores que adotam as boas práticas sanitárias e ambientais.

6. Solubio

A Solubio foi criada para ajudar os produtores a reduzirem custos de cultivo de diversos produtos, como soja, milho, cana e café. A startup oferece soluções que viabilizam a produção de defensivos biológicos no campo, promovendo redução de até 40% nas despesas.

Isso é feito por meio das chamadas “biofábricas”. Elas produzem defensivos de maneira customizada, conforme as necessidades de cada produtor.

7. TerraMagna

Trata-se de uma empresa de monitoramento via satélite. Ela permite acompanhar as lavouras e fazer análises dos produtores com foco em soluções de crédito. Com os dados levantados, instituições financeiras e companhias do agronegócio tendem a negociar operações e empréstimos com maior segurança.

8. Tbit Tecnologia

A avaliação dos insumos utilizados na produção do agronegócio é fundamental para a qualidade dos produtos finais. Por isso, a Tbit Tecnologia fornece equipamentos que utilizam inteligência artificial para analisar diversos insumos, como sementes, fertilizantes, grãos e rações.

9. Hórus Aeronaves

Essa Agrotech trabalha com o mapeamento de fazendas e outros espaços necessários ao agronegócio por meio de drones que garantem alta precisão. Ela também usa a inteligência artificial para processar as imagens coletadas de maneira automática.

10. YouAgro

As redes sociais também fazem parte do agronegócio. A YouAgro conecta usuários que se enquadram como produtores rurais, empresários, consultores e outros profissionais do setor. Além da interação individual e por meio de grupos, o aplicativo disponibiliza e permite compartilhar conteúdos relevantes do segmento agro.

11. Agrosmart

A Agrosmart é outra empresa de destaque. Ela proporciona soluções de monitoramento a distância e coleta de dados da propriedade. Para tanto, a startup utiliza sensores nas culturas e consegue gerar recomendações, considerando o microclima e informações obtidas em imagens de satélite.

Tudo isso ajuda a embasar a tomada de decisão do produtor rural em relação à lavoura. Vale destacar que, além do Brasil, a startup está presente nos Estados Unidos, em Israel e em outros países da América Latina.

Existem ainda outras startups do agronegócio que vêm se destacando no mercado. Então, caso tenha interesse no tema, vale a pena pesquisá-las para entender as soluções disponíveis. Inclusive, essa análise ajuda a identificar nichos que ainda podem ser trabalhados, gerando oportunidades para empreender.

Como você viu, a Agtech é uma startup focada no agronegócio. Assim, existem diversas empresas que buscam desenvolver soluções inovadoras com o uso da tecnologia. Como resultado, há diversas oportunidades para otimizar o trabalho nesse setor tão relevante para a economia brasileira.

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Resumindo

O que é uma Agtech?

Agtech é uma startup desenvolvida com foco em trazer soluções inovadoras para o agronegócio.

Qual é o papel das Agtechs na sustentabilidade agrícola?

Elas fornecem ferramentas que podem promover maior alinhamento em relação à preservação ambiental e redução de impactos. Ainda, há a possibilidade de otimizar questões relacionadas ao fator social e de governança corporativa.

Quais são as principais Agtechs brasileiras?

– Agrotools;
– Grão Direto;
– Jetbov;
– Pink Farms;
– Safe Trace;
– Solubio;
– TerraMagna;
– Tbit Tecnologia;
– Hórus Aeronaves;
– YouAgro;
– Agrosmart.

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