Mestrado na Espanha: tudo que você precisa saber

Veja o que você precisa para planejar o seu mestrado na Espanha e ter uma ótima experiência acadêmica!

Fazer mestrado na Espanha é algo muito procurado pelos brasileiros. Isso porque o território espanhol é, facilmente, um dos mais lembrados quando o assunto envolve locais para se estudar fora do Brasil.

Afinal, o país figura com frequência em pesquisas e rankings sobre qualidade de educação, principalmente ao nível de pós-graduação. Se você também tem esse interesse, não deixe de ler o nosso artigo até o final!

Além de abordarmos sobre como fazer esse curso, ainda trazemos um panorama sobre a realidade do país. Dessa forma, é possível se programar para estudar nas cidades certas e em uma das melhores instituições da região.

Como fazer mestrado na Espanha?

De forma resumida, há duas formas de fazer mestrado na Espanha. A primeira delas é quando você pesquisa pelo curso que quer fazer e as instituições que oferecem ele. A partir daí, você se informa sobre o processo seletivo para estrangeiros, as documentações necessárias e os custos da pós-graduação (como matrícula e mensalidades).

Por último, há um levantamento de despesas mensais para se manter no país ao longo do mestrado. Tudo isso fica sob seu encargo, pois você que vai pagar todos os gastos envolvidos nessa experiência acadêmica.

Já a segunda forma de fazer mestrado na Espanha é por meio de bolsas de estudo. Algumas são cedidas pelas próprias universidades, enquanto outras são dadas por fundações estudantis, políticas públicas ou organizações mantidas por empresas.

Seja qual for o caso, é importante avaliar o que elas asseguram. Isso porque há bolsas que cobrem parcial ou totalmente os custos do curso. Já outras vão além e ainda disponibilizam ajuda de custo para os estudantes, cobrindo alimentação, transporte, moradia e até despesas pessoais. Portanto, vale a pena pesquisar pelos editais.

Quais são os tipos de mestrado disponíveis?

Você encontra dois tipos de mestrado na Espanha: o tradicional e o profissional. O primeiro é centrado na formação científica e acadêmica. Algo que é importante para quem deseja atuar futuramente como professor ou pesquisador. Ele é o modelo predominante no Brasil, principalmente quando falamos das instituições públicas de ensino superior.

Porém, em regiões como a Europa, o Reino Unido e a América do Norte o mestrado profissional é bastante procurado e incentivado nas universidades. O que muda entre eles é que esse formato o ajuda a desenvolver competências específicas para o mercado. Além disso, ele traz o conhecimento científico e as pesquisas como recursos para aprimorá-lo.

Vale mencionar ainda que muitos centros universitários europeus adotam programas combinados de mestrado e doutorado. Ou seja, há apenas um processo seletivo e um período de curso que vai de três a cinco anos.

No final, você alcança o seu diploma nas duas habilitações. Portanto, vale a pena considerar essa possibilidade conforme as suas necessidades e os seus interesses acadêmicos.

Quais são as principais universidades?

Para listar as principais universidades da Espanha, usamos um dos levantamentos internacionais mais populares no setor de educação: o QS Top Universities.

O instituto Quacquarelli Symonds, responsável por realizá-lo, é referência em pesquisa e divulgação de análises sobre a educação de nível superior no mundo. Portanto, as instituições que compõem a lista são as melhores do mundo.

Como funciona o levantamento?

A pesquisa elege as 1.300 melhores universidades entre todos os continentes (África, Ásia, Europa, América e Oceania).

O levantamento estabelece alguns critérios avaliativos nos quais essas instituições pontuam. São eles:

  • qualidade técnica do corpo docente, o que inclui nível de formação (mestrado, doutorado, pós-doutorado) experiência profissional, currículos acadêmicos etc.;
  • produção acadêmica (pesquisas experimentais, projetos de extensão, elaboração de artigos e periódicos científicos etc.);
  • benefícios que os campi oferecem para complementar e ampliar a vida universitária, como cursos livres, atividades de extensão, grupos de estudo, iniciação científica etc.;
  • quantidade de convênios e seleções que permitem o ingresso de alunos internacionais em cursos de graduação e pós-graduação da instituição;
  • preparação dos estudantes para o mercado de trabalho, com ações e programas em sala de aula e extraclasse sobre desenvolvimento de carreira.

Quais os resultados da Espanha?

Ao todo, a Espanha cravou 29 universidades entre as 1.300 melhores do mundo, sendo que 12 delas estão entre as 500 melhores

Confira quais são as principais universidades da Espanha:

  • Universidade de Barcelona (168º lugar);
  • Universidade Autônoma de Madri (207º lugar);
  • Universidade Autônoma de Barcelona (209º lugar);
  • Universidade Complutense de Madri (223º lugar);
  • Universidade Pompeu Fabra (248º lugar);
  • Universidade de Navarra (266º lugar);
  • IE University (317º lugar);
  • Universidade Politécnica de Catalunha (319º lugar);
  • Universidade Carlos III de Madri (351º lugar);
  • Universidade Politécnica de Valência (371º lugar);
  • Universidade Politécnica de Madri (459º lugar);
  • Universidade de Grana (492º lugar).

Vale reforçar que entre essas 12 universidades, a maioria se concentra em duas cidades: Madri (quatro) e Barcelona (quatro). Esse resultado é bem expressivo. Além disso, coloca esses dois lugares como as principais escolhas para quem busca educação de qualidade para um mestrado na Espanha.

Quais são os principais cursos para mestrado na Espanha?

Encontrar dados estatísticos sobre os cursos mais procurados para mestrado na Espanha é um caminho complicado. 

Isso fica ainda mais evidente, porque esse tipo de formação se estabelece a partir de programas e linhas de investigação. Não é feito como nas graduações em que a divisão é apenas pela área, como Medicina, Psicologia, Economia etc. 

Entretanto, as instituições buscam ter uma cartela variada de alternativas. Prova disso é a Universidade de Barcelona, que é a mais bem posicionada entre todas do país pelo QS Top Universities

Sozinha, ela tem mais de 150 tipos de mestrados, como informa o portal da instituição

Entre os cursos de mestrado da Universidade de Barcelona, estão:

  • Análise Política e Assessoria Institucional;
  • Linguística Aplicada e Aquisição de Idiomas em Contextos Multilíngues;
  • Psicologia do Esporte e da Atividade Física;
  • Gestão de Conteúdos Digitais;
  • Geologia e Geofísica de Reservatórios;
  • Marketing e Investigação de Mercados;
  • Medicamentos, Saúde e Sistema Sanitário;
  • Desenvolvimento e Lançamento de Projetos Turísticos;
  • Direção e Gestão de Centros Educativos.

Quais são as principais cidades para se estudar?

Madri e Barcelona acabam se destacando por terem ótimas universidades para intercâmbio. Mas não para por aí, viu?

O instituto Quacquarelli Symonds também produz um estudo anual para identificar quais são as melhores cidades universitárias para se estudar. Em especial, quando você quer ter uma formação internacional.

Os indicadores avaliados pelo instituto são:

  • performance acadêmica da região. Quantidade de instituições de ensino superior e o percentual delas que aparece no ranking de melhores universidades;
  • perfil dos estudantes. Quantidade local de estudantes e o percentual desse total que é de outras nacionalidades;
  • tolerância e inclusão. Mede quanto a sociedade e a comunidade acadêmica é aberta a estudantes internacionais de diferentes culturas, origens, tradições, crenças, raças etc.;
  • custos estudantis. Envolve habitação, mensalidades/anuidade, materiais acadêmicos e demais despesas do cotidiano do universitário;
  • nível de empregabilidade no mercado de trabalho local, incluindo para profissionais que são estrangeiros e se formam na região;
  • realidade social da cidade. Mede estabilidade econômica, segurança, custo de vida, saúde pública, meios de transporte, poluição, corrupção e alternativas de lazer e entretenimento.

Em 2022, o resultado não surpreende ao trazer Barcelona e Madri entre os 115 municípios que são referência nesse assunto. Elas ficaram, respectivamente, em 34º e 40º lugar. Além disso, ainda há outra cidade da Espanha que aparece na lista.

É o caso de Valência, no 86º lugar. A título de comparação, o Brasil aparece apenas uma vez no ranking, mais especificamente no 80º lugar com São Paulo.

O espanhol é o suficiente para fazer mestrado na Espanha?

A princípio, o espanhol será, sim, suficiente. Inclusive, é de praxe que as instituições de ensino cobrem dos estudantes universitários que eles tenham feito um exame de proficiência na língua.

No caso da Espanha, o solicitado será o Diplomas de Español como Lengua Extranjera (DELE). Inclusive, as universidades também vão indicar o nível de fluência necessário. Afinal, um mestrado requer interações, discussões e apresentações acadêmicas que demandam senso crítico, reflexivo e abstrato. Tudo isso, é claro, em espanhol.

É por essa razão que o nível mínimo mais pedido do DELE é o B2. Uma pontuação que indica que você tem autonomia para se expressar e se comunicar sem problemas. Além disso, que tem domínio de recursos linguísticos usados por nativos. Contudo, há questões que devem ser consideradas.

A primeira delas é que o inglês segue sendo o idioma universal. Logo, em instituições com foco em estudantes internacionais ou que tenham cursos destinados apenas a esse público, pode ocorrer um cenário diferente. Ou seja, um dos requisitos para a sua entrada pode ser o domínio da língua inglesa, não da língua espanhola.

Outra questão importante é que a Espanha é uma nação com muitos territórios autônomos com diferenças culturais, sociais e, em especial, linguísticas. Por mais que o espanhol seja falado em todas as localidades, haverá cantos em que outra língua vai predominar.

Isso não é só no espaço universitário, mas no dia a dia das cidades, na mídia, no transporte público, nos eventos etc. Por exemplo, na Catalunha há o catalão, no País Basco há o basco e na Galiza há o galego.

Para completar, ainda há diferentes dialetos que os misturam. Utilizando os exemplos de Madri e Barcelona, temos as seguintes línguas: espanhol para o primeiro e o catalão para o segundo. Portanto, é fundamental avaliar com calma a instituição e o destino onde você quer estudar. Dependendo do caso, talvez seja interessante saber mais de um idioma.

Qual o custo de vida de morar na Espanha?

Por fazer parte da União Europeia, a moeda da Espanha é o euro. Ou seja, todos os seus gastos precisam ser planejados na ponta do lápis, já que a cotação da moeda é superior à do dólar estadunidense.

Para se ter uma base, o salário mínimo no país é de Є 1.000 em 2022. Logo, o ideal é ter uma renda igual ou superior para se manter mensalmente. Apesar disso, o estudante não tem uma lista grande de despesas. 

Podemos resumir o custo de vida na Espanha nas seguintes categorias:

  • moradia: aluguel de quarto, apartamento ou dormitório estudantil, geralmente com os custos domésticos inclusos (água, gás, internet e eletricidade);
  • anuidade ou mensalidade do curso escolhido: caso não haja bolsa de estudo e você pague a formação do seu bolso;
  • transporte público: valor fixo mensal de acordo com a cidade em que você for residir;
  • alimentação: depende do tipo de dieta alimentar e necessidades que você tem. Muitos estudantes fazem refeições em refeitórios das universidades por ter um custo reduzido;
  • compra de materiais para estudo: quando não há bolsa ou ajuda de custo da instituição.

Como enviar e receber dinheiro da Espanha?

Fazer mestrado na Espanha exige saber como enviar e receber dinheiro do país. Para esse objetivo, você pode contar com uma grande aliada: a Remessa Online.

É uma plataforma digital em que você faz suas transferências, como pessoa física ou jurídica, com processos simples e suporte 100% em português. Você pode usar a remessa para receber o seu salário, o dinheiro de familiares ou os ganhos como criador de conteúdo, por exemplo.

Para isso, basta indicar a conta bancária de destino (seja no Brasil, seja na Espanha) para ter o dinheiro creditado na conta em um dia útil. A transferência possui uma das menores taxas de câmbio do mercado.

Como ficou claro no texto, fazer um mestrado na Espanha é um ótimo investimento para a sua formação acadêmica. Afinal de contas, o país é referência no ensino superior, tendo algumas das melhores universidades do mundo.

Além disso, Madri e Barcelona são locais que têm um histórico de receber, acolher bem e proporcionar experiências positivas aos estudantes internacionais. Isso sem falar na qualidade de vida, na possibilidade de atuar no mercado local e nas oportunidades de expandir o seu networking. Portanto, vale muito a pena ter essa experiência!

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Resumindo

Como fazer mestrado na Espanha?

De forma particular, em que todos os custos são por sua conta, ou por meio de bolsa de estudos. Nesse último caso, é possível ter suporte parcial ou total em todas as suas despesas durante o intercâmbio.

Quais mestrados podem ser feitos na Espanha?

Você pode optar pelo mestrado acadêmico ou o mestrado profissional de acordo com o perfil de carreira que deseja ter.

Quais são as melhores universidades da Espanha?

No top 5 de melhores universidades, estão:
– Universidade de Barcelona;
– Universidade Autónoma de Madrid;
– Universidade Autônoma de Barcelona;
– Universidade Complutense de Madri;
– Universidade de Barcelona;
– Universidade Pompeu Fabra.

É preciso saber espanhol para fazer mestrado na Espanha?

Vai depender do seu destino. Em regiões onde predomina o espanhol, sim. Já em áreas que outros idiomas são mais falados, o ideal é optar por um plano B.

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