Pablo Spyer: Olhos voltados para discurso de Trump em Davos

Presidente americano Donald Trump fará seu discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos nesta terça-feira (21) e mercado aguarda com expectativa. Ministro Paulo Guedes representa Brasil no evento. No mercado brasileiro, bolsa bate nova máxima.

Bom dia Brasil!

Ontem o FMI revisou levemente a previsão do PIB do Brasil para esse ano, mas foi para cima e a notícia é boa. O Brasil também também subiu de 9º para 4º lugar na lista de países que mais receberam investimento estrangeiro direto no mundo no ano passado.

Isso sem contar que deu touro de ouro e a bolsa brasileira atingiu uma nova máxima histórica: 118.861 pontos. Devem ser esses os pontos que o ministro Paulo Guedes deve usar para vender o Brasil lá fora, em Davos, onde ele nos representa daqui a pouquinho.

Hoje lá fora as bolsas caem. Nos Estados Unidos cai quase 0,4% e a bolsa da Europa cai um pouco mais forte.

Hoje nos Estados Unidos não é mais feriado. Voltam do feriado e começam a decidir sobre o impeachment de Trump – que não deve passar – e também estará todo mundo de olho na fala do Trump daqui a pouco em Davos. Ouvido aberto nisso aí.

Mas não são essas notícias que derrubam a bolsa, e sim outras duas: o UBS divulgou o resultado muito abaixo do esperado e decepcionou. O lucro ficou fraco e as bolsas caem. Porém vem da China a notícia mais ruim: lá tem um vírus desconhecido que passou para ser humano e, pela primeira vez, passou de ser humano para ser humano.

Sexta-feira que vem é o feriado lunar chinês onde tem a maior movimentação de massa humana no planeta Terra e eles estão com medo desse vírus se espalhar por lá. Isso pode inclusive acionar mais realizações de lucro nas bolsas do mundo inteiro, começando por lá e vindo pra cá.

Bom meus amigos, eu sou o Pablo, bons negócios!

Pablo Spyer é diretor da Mirae Asset CCTVM e conselheiro da Ancord.

Related posts

De Olho no Câmbio #274: PIB menor e inflação maior nos EUA dificultam o trabalho do Fed

Qual o valor do IPCA hoje e o acumulado de 2024?

PIB americano decepciona no primeiro trimestre de 2024