Pablo Spyer: questões geopolíticas afetam cotação do dólar

O dólar chegou perto dos R$4,20. No centro da questão estão conflitos internacionais, especialmente no Chile. Impasse entre China e Estados Unidos e grave crise em Hong Kong também colocam mercado em alerta.

Bom dia Brasil!

Chega ao fim essa semana mais curta, amanhã é feriado e o final de semana vai ter três dias.

Notícias mistas vindas lá de fora. A China cresceu menos do que o esperado. Isso somado com essa loucura que está acontecendo em Hong Kong e essa novela do trade war que não acaba fez as bolsas caírem de novo.

A boa notícia veio da Alemanha. A Alemanha evitou recessão técnica. Cresceu 0,1% no PIB esse trimestre. Recessão técnica é quando tem dois trimestres seguidos de queda no PIB, não teve isso lá.

De qualquer maneira o dólar está sobre controle lá fora. Veja, o dólar está bem tranquilo, está zero a azero e as bolsas caem um pouquinho.

Uma coisa que irritou bastante o Trump hoje é que a Rússia comprou antimísseis da Turquia. Isso irritou ele profundamente.

Nas bolsas lá fora uma leve realização. Tranquilo. Os Estados Unidos caindo nem 0,2% e a bolsa europeia no zero a zero.

Aqui vale lembrar que o Chile contagiou todo mundo. O dólar flertou com R$4,20, a bolsa veio para os 105, quase ali no porto seguro. O risco país subiu um pouquinho também.

De qualquer maneira nada demais, o cenário aqui ainda segue positivo.

Ontem estive em uma palestra do Mendonça de Barros, um dos melhores economistas do Brasil. Ele vê um cenário positivo mas acredita que a recuperação virá do mercado interno, mas obviamente diz que precisamos ter a reforma da Previdência, a Administrativa, a Tributária e as novas leis de infraestrutura. Ele também aponta para os riscos de conflitos externos e outros riscos geopolíticos que estamos vendo por aí.

Bom, eu sou o Pablo meus amigos, bons negócios!

Pablo Spyer é diretor da Mirae Asset CCTVM e conselheiro da Ancord.

Leia também: Mercado de olho nas perspectivas para o PIB

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