Planejamento financeiro em startups: primeiros passos

O planejamento financeiro em startups é fundamental. Por meio dessa prática, é possível elaborar orçamentos e fazer análises e previsões, que ajudam a tomar decisões corretas.

Com a gestão financeira, é possível viabilizar as diferentes atividades, captar clientes e aumentar o faturamento. Mais do que isso, você garante a sustentabilidade do negócio e sua permanência ao longo do tempo.

A questão é: por que é tão importante fazer o planejamento financeiro em startups? Vamos explicar esse aspecto e apresentar dicas para colocar a ideia em prática. Continue lendo!

Qual a importância do planejamento financeiro?

Para qualquer empresa, é preciso ter dinheiro. Sem esse recurso, é impossível manter as atividades. Por esse motivo, a falta de gestão financeira é um dos fatores que mais contribui para a falência organizacional.

Isso é o que afirmam especialistas. Segundo eles, mais do que abrir um negócio para realizar um sonho ou atender a uma demanda, é preciso prestar atenção às questões administrativas.

Além disso, o planejamento financeiro em startups ou outros tipos de empresas garante a saúde organizacional e o crescimento com o passar do tempo. Por meio dessa prática, você evita misturar contas pessoais e empresariais, por exemplo.

Esse é um dos erros mais comuns apontados por especialistas. Apesar dessas recomendações, os pedidos de falência aumentaram 34,2% no primeiro semestre de 2020. Em relação à recuperação judicial, o crescimento foi de 32,8%.

Como a análise preditiva financeira ajuda?

A análise preditiva financeira é um processo de análise de dados para aperfeiçoar o planejamento tradicional do capital da empresa. Com as informações, é possível identificar padrões, tendências e comportamentos, que ajudam a tomar decisões e obter insights.

A partir do momento que você deixa o “achismo” de lado e passa a trabalhar com dados, vários benefícios são percebidos. Entre eles estão:

  • Melhoria das tomadas de decisão;
  • Elaboração de uma base para plano de contingência;
  • Otimização do processo orçamentário e do controle financeiro;
  • Aperfeiçoamento da saúde financeira;
  • Aumento da vantagem competitiva.

Todas essas vantagens ajudam as startups a crescerem de forma sustentável. Ainda que você tenha um investidor-anjo ou um sócio, é importante ter os recursos financeiros sob controle para evitar problemas.

Dessa forma, é possível chegar a ser um unicórnio. Esse é o nome que define as startups avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares. Ao mesmo tempo, é uma maneira de assegurar um crescimento contínuo via escalabilidade — conceito fundamental para o mundo tecnológico.

Como fazer o planejamento financeiro em startups?

Agora que você entendeu para que serve o planejamento financeiro em startups e por que a análise preditiva financeira é importante, chega o momento de saber o que fazer. Para implementar a ideia, é preciso adotar várias boas práticas. Veja, a seguir, quais são elas.

Analise os objetivos

Para começar, defina quais são seus objetivos, ou seja, aonde deseja chegar. A partir dessa delimitação, você pode criar metas que ajudarão a conquistá-los.

Por exemplo, seu objetivo pode ser aumentar o faturamento em 50% no prazo de dois anos. Com essa definição, você pode delimitar que vai:

  1. Elevar a captação de clientes em 10% no prazo de 1 ano;
  2. Melhorar o Service Level Agreement (SLA) em 20% em 6 meses para garantir a fidelização;
  3. Aumentar o investimento em marketing em 25% em 2 anos para ter uma atuação mais agressiva no mercado e atrair a atenção.

O ideal é definir metas de curto, médio e longo prazo. Seja o mais realista possível. Além disso, tenha objetividade.

Em outras palavras, as metas devem ser mensuráveis e claras para que todos saibam o que fazer e buscar. Assim, todos trabalham em prol do mesmo objetivo.

Escolha os KPIs

Os indicadores-chave de performance ajudam a saber quais são os gargalos na sua empresa e se os objetivos definidos estão sendo cumpridos. Por isso, eles dependem da realidade do seu negócio e das metas definidas.

Existem diferentes categorias de KPIs, como produtividade, eficiência e mais. No entanto, é preciso analisar a realidade do seu negócio para determinar qual opção é a melhor.

Usando o exemplo anterior da elevação do faturamento como base, alguns indicadores relevantes seriam:

  1. Margem bruta, para saber quanto sua empresa ganha a cada venda;
  2. Margem de contribuição, que permite saber se a precificação está adequada;
  3. Taxa de conversão de leads em clientes, a fim de saber quantos interessados nos seus produtos e serviços realmente fecham negócio;
  4. Duração do ciclo de vendas, com o objetivo de saber a eficiência do atendimento e melhorá-lo, em caso de gargalo.

Percebe que todos os KPIs respondem ao seu objetivo e estão diretamente relacionados? Esse é o propósito. 

Levante os custos e os investimentos

Analise todos os gastos da empresa. Eles são divididos em:

  1. Custos fixos: são aqueles que precisam ser pagos todos os meses, mesmo que não haja vendas. Eles são importantes para as startups, porque a validação do produto ou serviço pode demorar;
  2. Custos variáveis: são aqueles que mudam de acordo com as vendas realizadas. Eles são importantes para garantir o bom desempenho das atividades.

Ainda é importante analisar os custos de acordo com cada área. Essa é uma forma de saber se algum setor gasta mais do que deveria para eliminar gargalos e distribuir os recursos com mais eficiência.

Além disso, é preciso fazer uma análise de investimentos. Eles também são gastos, mas tendem a trazer um bom retorno. De todo modo, precisam ser bem pensados e planejados para evitar prejuízos no planejamento financeiro em startups.

Elabore uma estratégia de precificação

Os preços dos produtos ou serviços devem ser otimizados. É preciso garantir uma margem de retorno ao mesmo tempo que torna o item atrativo para o cliente.

Existem 3 principais estratégias de precificação para startups. Elas são:

  1. Maximização: o objetivo é agilizar o crescimento do faturamento. É uma estratégia útil quando não há diferenças do quanto o cliente se dispõe a pagar. Ou seja, quando o preço ideal para o curto e o longo prazo for igual;
  2. Penetração: o propósito é aumentar a participação de mercado. O preço é colocado em um valor bem baixo, com uma margem de lucro mínima;
  3. Diferenciação: o foco é ter um preço mais alto e reduzi-lo de acordo com o crescimento da base de clientes. É bastante usado por empresas de tecnologia no lançamento de produtos.

Otimize os recursos

É essencial cuidar do planejamento financeiro em startups — e uma forma de fazer isso é pela otimização dos recursos. Como os gastos são elevados no começo, é preciso adotar um modelo de negócio que assegure a máxima eficiência.

Algumas dicas importantes nesse contexto são:

  1. Tomar decisões rápidas, com base em dados, conforme determina a análise preditiva financeira;
  2. Definir prioridades, para saber aonde vai gastar;
  3. Fazer testes de forma contínua, a fim de garantir que a proposta seja válida;
  4. Pensar duas vezes antes de contratar, para evitar que a equipe fique inchada.

Acompanhe os resultados

Todas as etapas anteriores exigem acompanhamento dos resultados para saber onde estão os gargalos e os pontos de melhoria. É para isso que servem os indicadores, inclusive.

A partir deles, você sabe o que já está bom, quais variações precisam ser realizadas e como os dados coletados ajudarão no futuro do negócio. Desse modo, a empresa se torna mais sustentável.

Agora você entendeu que o planejamento financeiro em startups é fundamental e como ele é relevante para a continuidade do negócio. Basta colocar as dicas em prática, inclusive para conseguir investimentos no exterior.

E você, tem interesse de ter algum financiador das suas iniciativas? Veja o que muda com a nova regra do investimento-anjo.

Resumindo

Como fazer um planejamento financeiro para uma startup?

Você deve cuidar dos custos e dos investimentos, ter uma boa estratégia de precificação e otimizar os recursos.

Como fazer um planejamento financeiro empresarial?

A regra é a mesma das startups, mas essas empresas exigem um cuidado maior por terem uma atuação inovadora.


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