A semana Europeia foi bastante marcada pelo eco do discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. Na semana anterior, o BCE anunciou a manutenção dos juros praticados no bloco em 0% ao ano.
Após a decisão, Lagarde anunciou em nova coletiva de imprensa que a instituição avalia que a inflação deve demorar mais do que o previsto para se estabilizar, mas que é passageira, fruto da alta dos preços de energia. Apesar da avaliação de uma inflação ainda passageira, o ritmo dos preços deve desacelerar ao longo de 2022.
Com a decisão do BCE e a fala de Lagarde, a posição do BCE ficou clara e afastou do radar a possibilidade de altas de juros no curto e médio prazos. Para reforçar a da instituição, a presidente do BCE ainda discursou em evento na quarta-feira (5).
Na ocasião, Lagarde reiterou que considera improvável que as condições para alta de juros sejam alcançadas em 2022 e reforçou que mesmo após o fim do Programa de Emergência da Pandemia a política monetária deve seguir apoiando a economia.
Dados sobre a atividade econômica divulgados nesta sexta-feira dão conta de validar a importância da política monetária conduzida pela instituição. A indústria alemão registrou queda da produção de 1,1% em setembro ante agosto. As vendas totais no varejo dos 19 países que usam o euro recuaram 0,3% em setembro sobre o mês anterior.
Neste cenário, o Euro abriu o pregão de segunda-feira (1) cotado a R$6,5175. Na abertura desta sexta-feira (5), a cotação foi de R$6,4738. Portanto, uma apreciação semanal do Real frente à moeda europeia de aproximadamente 0,67%.
Com relação ao dólar, a moeda europeia perdeu força de maneira bastante sutil ao longo da semana. A depreciação do Euro foi de aproximadamente 0,07%, praticamente nula, mostrando a indecisão e reavaliação de expectativas de investidores.
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