Ata do Copom reforça influência das commodities no nível de preços

Visão Geral

O dólar comercial fechou  segunda-feira (07) com variação de 0,5%, valendo R$4,8999, após ter começado o dia cotado a R$4,8735. O Euro fechou o pregão com variação de 0,4% a R$5,3918, após ter iniciado o dia em R$5,3696.

O dólar iniciou esta terça-feira (08) cotado a R$4,8986 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,3600. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

00h00 – China – Balança Comercial em USD(Jul)

03h00 – Alemanha – IPC (Jul)

04h00 – EUA – G.19 – Crédito ao Consumidor

22h30 – China – IPC (Jul)

22h30 – China – IPP (Jul)

Brasil

08h00 – Bacen – Ata da reunião do Copom

08h00 – FGV – IPC-S – 1ª quadrissemana

09h00 – IBGE – Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física – Regional (Jun)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Nesta terça-feira (08), o mercado brasileiro recebe seus primeiros indicadores de inflação após o Copom optar por reduzir a Selic em 0,5%.

O número é especialmente interessante por se tratar da 1ª quadrissemana de agosto para o IPC-S. Apesar de ser muito cedo para uma variação na taxa de juros afetar os preços, não se poderia pedir por um indicador mais atualizado do que este.

A inflação da semana, medida em 0,14%, sugere o fim do momento deflacionário da economia brasileira. Ainda assim, o valor não parece ameaçar as metas do Banco Central.

As autoridades, porém, devem ficar em alerta para modificações na conjuntura internacional e seus impactos nos níveis de preço. Como mencionado na Ata do Copom, divulgada hoje, a deflação sofreu forte influência das quedas nos preços das commodities e dos alimentos,  um processo que parece estar se revertendo nas últimas semanas.

Dessa forma, esperamos uma valorização do real ao longo do dia.

Real x Euro

Além dos fatores relevantes no mercado brasileiro, a Zona do Euro ainda observou os números do IPC alemão no mês de julho. A variação de 0,3%, dentro das expectativas, demonstra que a inflação na principal economia europeia está se acomodando, apesar de continuar em um patamar superior ao desejado pelo BCE.

Se as autoridades monetárias da Zona do Euro não elevarem a meta de inflação, o que parece improvável, e os dados da Alemanha refletirem a tendência do bloco europeu, podemos antecipar a necessidade de novos aumentos de juros no continente.

Junto ao IPC alemão, os mercados internacionais também aguardam os índices de inflação chineses, que serão divulgados no fim do dia.

A economia asiática parece ter iniciado um processo de desaceleração, apesar dos esforços do governo para manter a trajetória de crescimento das últimas décadas. Os resultados da balança comercial, que demonstraram um superávit maior do que o esperado, corroboram com essa possibilidade.

A direção que a China seguir deve afetar não apenas os mercados europeus, mas também internacionais, em virtude de seu amplo mercado consumidor e influência no comércio mundial.

Assim, esperamos uma valorização do real também frente ao euro.

Seguimos de olho!

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