BOVA11: veja se vale a pena investir nesse ETF

O BOVA11 é uma alternativa interessante para quem deseja investir na renda variável e se expor a menos riscos. Entenda de que forma é caracterizado e se vale a pena aplicar seu dinheiro.

O principal ativo ETF da bolsa de valores brasileira — a B3 — é o BOVA11. Esse é um fundo de índice atrelado ao Ibovespa (IBOV). Ou seja, o seu rendimento varia de acordo com esse indicador, que é o principal do mercado financeiro do país.

Na prática, o BOVA11 é uma forma de investir indiretamente no IBOV. Por que essa é uma possibilidade válida? Primeiro, porque esse índice apresenta o desempenho médio das cotações de ações negociadas na bolsa.

Em segundo lugar, porque costuma ter uma cotação mais acessível. Ou seja, você pode adquiri-lo investindo um valor baixo. Todas essas características fazem esse ativo ser uma boa alternativa para diversificar sua carteira de investimentos.

Então, que tal saber mais sobre ele? Neste post, vamos explicar: 

  • O que é BOVA11?
  • O que são ETFs?
  • Como funciona e quando surgiu o BOVA11?
  • Quando a composição?
  • Qual o histórico?
  • Quais são as vantagens e desvantagens de investir no BOVA11?

Então, continue a leitura para entender sobre esse ETF!

O que é BOVA11?

O BOVA11 é um Exchange Traded Fund (ETF) que utiliza o Ibovespa como indexador. Portanto, é um portfólio embasado no IBOV. Isso significa que o rendimento ao longo do tempo reflete a cotação do principal indicador da bolsa brasileira.

Esse fundo de índice é gerenciado pela BlackRock, uma das principais gestoras de ativos no mundo. Portanto, sua equipe acompanha o desempenho do ativo e determina como será feita a gestão da carteira.

Assim, a compra e a venda de papéis é feita com o objetivo de entregar a mesma remuneração do Ibovespa. No entanto, sua composição é diferente daquela verificada no IBOV. Tanto é que o BOVA11 é menos volátil. Por isso, também é mais estável.

Vale a pena observar que o ETF contém mais de 60 ativos negociados na B3. Inclusive, ações de grandes empresas brasileiras, como: 

  • Itaú Unibanco;
  • Banco do Brasil;
  • Petrobras;
  • Vale;
  • Bradesco;
  • Ambev.

Assim, os gestores do fundo aplicam o capital dos investidores na mesma proporção do IBOV. No entanto, outras operações são feitas para aumentar a lucratividade. Por exemplo, o aluguel de ações.

O que são ETFs?

Os ETFs são os fundos de índice. Eles têm sua remuneração vinculada a um índice da bolsa de valores, que nem sempre é o IBOV. O que acontece é a mudança de sua composição para garantir que a remuneração siga o desempenho do indicador, que é seu benchmark.

Assim como outros fundos, os ETFs são administrados por um gestor especializado. Ele é quem toma as decisões de aplicação do capital dos investidores. Elas são feitas com base no acompanhamento do mercado de capitais e posterior análise. Além disso, são seguidas as diretrizes previamente definidas.

O retorno dos investidores sempre é feito de forma proporcional à quantidade de cotas que cada um deles tem. Ou seja, ao aplicar seu dinheiro, o participante do ETF recebe um número de cotas que são negociadas no mercado financeiro. Quanto mais tiver, maior será a sua remuneração.

Nesse contexto, os ETFs apresentam características específicas. Além da remuneração vinculada a um índice, eles são identificados por terem: 

  • diversificação, ou seja, com uma cota, o investidor acessa ações de diferentes empresas;
  • reinvestimento, porque os proventos recebidos pelo fundo são aplicados novamente para aumentar e valorizar o patrimônio;
  • transparência, já que todas as informações do fundo ficam disponíveis aos cotistas. Dessa forma, é possível acompanhar todas as decisões dos gestores.

Quando surgiu o BOVA11?

O BOVA11 é o maior ETF negociado no Brasil e foi criado em 2008. Por dia, a média até ultrapassa 5 mil negociações. Isso porque o ativo tem alta liquidez, tanto no mercado primário quanto no secundário. Além disso, ele está relacionado a diferentes derivativos e estratégias.

Em 30 de maio de 2022, o patrimônio líquido superava R$ 13,9 bilhões, conforme dados da BlackRock. O total de cotas em negociação chegava a 130,2 milhões, com um preço de R$ 106,92. Nos 20 dias anteriores, o volume médio negociado era de 7,279 milhões.

Como funciona o BOVA11?

O investidor interessado em adquirir cotas do BOVA11 precisa aplicar o montante equivalente a um lote de 10 cotas. Afinal, as negociações utilizam essa base. Além disso, elas ocorrem via home broker da corretora de valores.

Ao aplicar seu capital, você faz um investimento indireto nas maiores empresas brasileiras. Por isso, faz uma exposição indireta na bolsa de valores. Dessa forma, é uma boa alternativa para quem deseja começar a aplicar seu dinheiro na renda variável.

Isso porque as oscilações sofridas pelos papéis oferecem menos impacto para os investidores, quando comparado às aplicações individuais. Em 2022, a taxa de administração está em 0,1%, conforme a BlackRock.

Qual a composição do BOVA11?

O capital dos cotistas é aplicado em ações na mesma proporção do IBOV. Porém, podem ser feitas alterações. Por exemplo, algumas ações do Ibovespa podem estar fora do BOVA11 em determinado período, desde que isso ajude a alcançar o desempenho do principal indicador da B3.

Normalmente, entre 60 e 70 ativos compõem esse fundo de índice. Em 30 de maio de 2022, a composição do portfólio era a seguinte: 

  • Vale;
  • Itaú Unibanco;
  • Banco Bradesco;
  • Petrobras;
  • B3;
  • Ambev;
  • Banco do Brasil;
  • JBS;
  • Itausa;
  • Suzano;
  • Weg;
  • Banco BTG Pactual;
  • Gerdau;
  • Hapvida;
  • Rede D’Or;
  • Equatorial Energia;
  • Lojas Renner;
  • COSAN Indústria e Comércio;
  • Petro Rio;
  • Raia Drogasil;
  • Telefônica Brasil;
  • Rumo;
  • Eneva;
  • Klabin;
  • BB Seguridade;
  • Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG);
  • BRF;
  • Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp);
  • Hypermarcas;
  • Ultrapar Participações;
  • Eletrobras;
  • Companhia Concessões Rodoviárias;
  • TOTVS;
  • Companhia Siderúrgica Nacional;
  • Natura Co Holding;
  • Sendas Distribuidora;
  • Banco Santander Brasil Units;
  • Braskem;
  • TIM;
  • Companhia Paranaense de Energia (Copel);
  • Magazine Luiza;
  • Engie Brasil;
  • Energisa Units;
  • 3R Petroleum Óleo e Gás;
  • Embraer;
  • Transmissora Aliança Energia Elétrica;
  • Metalúrgica Gerdau;
  • Companhia de Locação das Américas;
  • Atacadão Carrefour;
  • Sul América Units;
  • Banco Inter;
  • Bradespar;
  • BR Malls Participações;
  • Azul;
  • Multiplan;
  • CPFL Energia;
  • Usiminas;
  • Grupo de Moda Soma;
  • SLC Agrícola;
  • Marfrig Frigoríficos;
  • Energias do Brasil;
  • YDUQS Participações;
  • Cogna Educação;
  • Fleury;
  • Cielo;
  • São Paulo Alpargatas;
  • Petz;
  • Cyrela Brazil Realty;
  • Minerva;
  • IRB Brasil Resseguros;
  • Pão de Açúcar;
  • Qualicorp;
  • MRV Engenharia;
  • Locaweb;
  • Banco Pan;
  • CVC;
  • Ecorodovias;
  • Gol Linhas Aéreas Inteligentes;
  • JHSF Participações;
  • EZ TEC Empreendimentos e Participações;
  • Méliuz;
  • Positivo Informática.

Qual o histórico do BOVA11?

Desde novembro de 2008, quando foi criado, o BOVA11 apresenta um rendimento crescente. Em alguns períodos, houve quedas. No entanto, no histórico até 2022, o resultado é positivo.

Para ter uma ideia, no dia 5 de dezembro de 2008, a alta do fundo era de 0,16%. Por sua vez, no dia 26 de maio de 2022, já chegava a 183,97%. Esse é o retorno total desde o início. Já o percentual do IBOV foi 194,78%.

Apesar dos resultados, vale a pena observar que desempenho passado não é garantia de retorno futuro. Porém, ainda é uma boa medida para indicar os padrões do ETF. Assim, é possível tomar decisões mais acertadas.

Quais são as vantagens e desvantagens de investir no BOVA11?

Existem vários benefícios ao investir seu dinheiro no BOVA11. Entre os principais estão: 

  • diversificação;
  • reinvestimento dos dividendos;
  • aluguel automático de ações;
  • gestão profissional;
  • gerenciamento de risco adequado;
  • exposição indireta na bolsa de valores;
  • investimento mais acessível do que a aplicação nas ações individuais das empresas.

Por sua vez, também existem desvantagens. Algumas delas são: 

  • ausência de pagamento de dividendos, assim como outros ETFs de ações;
  • impossibilidade de escolher os papéis;
  • cobrança de Imposto de Renda, conforme a tabela regressiva.

Portanto, é preciso ter esses aspectos em mente antes de decidir pelo investimento no BOVA11. De toda forma, essa é uma boa possibilidade para aplicar seu capital. Afinal, você diversifica sua carteira e tem a chance de alcançar uma boa remuneração no longo prazo.

Ao mesmo tempo, vale a pena considerar investir no exterior. Isso porque é uma oportunidade para ganhar em dólar e proteger seu capital da volatilidade comum no mercado brasileiro. Sem contar que você tem acesso às maiores empresas do mundo, não se limitando às nacionais.

Nesse processo, conte com a Remessa Online. Assim, você faz a sua transferência internacional com o melhor custo-benefício e o máximo de agilidade. Inclusive, você pode fazer esse movimento e ainda investir no BOVA11. Tudo depende da sua estratégia e do seu perfil de investimento.

Achou interessante conhecer melhor esse ETF e suas possibilidades? Então, assine a newsletter da Remessa Online e informe-se sobre o mercado financeiro.

Resumindo

Quanto paga o BOVA11?

No dia 26 de maio de 2022, a Black Rock anunciou que o retorno do BOVA11 era de 183,97%. Já o percentual do IBOV foi 194,78%.

Qual a composição do BOVA11?

O BOVA11 tem os mesmos papéis das empresas presentes no IBOV, inclusive em proporção igual. Porém, pode haver diferenças, se isso ajudar o desempenho do fundo.

Quanto rendeu o BOVA11 em 2021?

Em 2021, devido à pandemia, a rentabilidade do BOVA11 foi negativa e ficou em -11,88%.

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