Dólar bate R$4,40 em semana difícil para o câmbio

O dólar permanece registrando máximas históricas ante o real, dia após dia, e já se aproxima dos R$ 4,40. Em linhas gerais, boa parte do movimento permanece sendo atribuído ao desempenho da economia estadunidense e às expectativas com as eleições.

As primárias do Partido Democrata tem gerado um enorme frenesí acerca dos posicionamentos dos pré-candidatos. Complementarmente, muitos analistas dizem também que o partido está absolutamente rachado e que isso reforça as chances de Trump se reeleger este ano.

Além disso, devemos observar que a ameaça do Coronavírus ainda não se dissipou. Parte significativa do forte movimento do dólar também é atribuído às preocupações com os desdobramentos da doença. O vírus, já levou a óbito aproximadamente 1.870 pessoas e infectou mais de 72 mil. 

Consequência disso foi a imposição de restrições rígidas de viagens e movimentos que mantiveram muitas empresas fechadas, interrompendo a demanda e o fornecimento de bens e serviços na China, maior parceiro comercial do Brasil. Nesse sentido, a economia brasileira deve ser impactada, caso o vírus não seja contido.

Em meio a esses acontecimentos, a moeda brasileira permanece em trajetória de depreciação em relação a moeda americana. Após um breve alívio que colocou a cotação abaixo dos R$ 4,30, o dólar começou a semana cotado a R$ 4,299 na abertura do pregão de segunda-feira (17) e atingiu R$ 4,3938 na abertura do pregão desta sexta-feira (21), uma variação de 2,18%.

Leia também as análises da semana para o euro e para a libra esterlina

Related posts

De Olho no Câmbio #274: PIB menor e inflação maior nos EUA dificultam o trabalho do Fed

Qual o valor do IPCA hoje e o acumulado de 2024?

PIB americano decepciona no primeiro trimestre de 2024