Ecossistema de startups: análise de dados macro

Um ecossistema de startups se refere a um local com diferentes empresas e órgãos que auxiliam novos negócios a se desenvolverem. Aqui, podem estar incluídos universidades, coworkings, aceleradoras, mentores, imprensa e outros personagens.

Ao incentivarem essa evolução, o conhecimento é aprimorado e compartilhado. Como consequência, ocorre praticamente o desenvolvimento de uma comunidade, que pode contribuir para toda a sociedade por meio da inovação.

Diante desse cenário, entender melhor o ecossistema das startups é uma forma de saber como ele funciona e se pode ser um bom investimento. É o que vamos explicar neste post. Confira!

O que é o ecossistema de startups?

O ecossistema de startups é um ambiente virtual em que várias empresas contribuem para o crescimento de outras. Elas podem estar todas em um local físico único ou em uma mesma cidade. Dois bons exemplos no Brasil são Florianópolis (SC) e Belo Horizonte (MG).

Esse ambiente é criado para estimular a evolução das startups, que são negócios ainda em desenvolvimento. Assim, todas as necessidades são atendidas, como colaboradores capacitados, espaço físico, visibilidade, conhecimento, investimento e mais.

Quando cada uma dessas partes é aplicada de forma acertada, o surgimento de mais startups é incentivado. O resultado é a solidez e o fortalecimento do ecossistema.

Como funciona o ecossistema de startups?

Para ser um ecossistema de startups, é necessário trabalhar em rede. O objetivo é que uma das partes precise da outra para continuar funcionando. Nesse cenário, os agentes participantes são:

  1. Investidores;
  2. Imprensa;
  3. Empresas;
  4. Universidades;
  5. Mentores;
  6. Comunidades;
  7. Coworkings;
  8. Aceleradoras;
  9. Startups;
  10. Governo;
  11. Incubadoras;
  12. Associações de classe;
  13. Prestadores de serviço.

Cada um desses agentes tem uma função específica. Ao mesmo tempo, também têm diferentes mentalidades e focos. Com isso, auxiliam uns aos outros com o objetivo maior de fazer a startup funcionar de maneira saudável.

Qual é o cenário do ecossistema de startups?

As startups estão presentes em todo o mundo e existem vários dados sobre elas. Algumas cidades se destacam no mundo. Entre elas estão:

  • Vale do Silício, na Califórnia;
  • Los Angeles;
  • Tel Aviv;
  • Nova York;
  • Londres;
  • Vancouver;
  • Paris;
  • Sidney;
  • Berlim;
  • Singapura;
  • Bangalore;
  • Santiago.

No Brasil, existe o relatório Ecossistema Brasileiro de Startups, da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). O estudo traz algumas informações interessantes sobre o ecossistema.

Para começar, indica a existência de 13.511 startups, 78 comunidades e 4.390 membros em 656 cidades. A maioria está dividida em fintechs, agro e educação. Outros dados são:

  • 38% das startups no Brasil é formada somente por homens, ou seja, não têm mulheres em seu quadro de colaboradores;
  • O principal fator de sucesso para essas empresas são as pessoas, seguido por mercado consumidor e investimento;
  • 3/4 dos negócios entrevistados dizem que a principal deficiência do ecossistema de startups brasileiro são as políticas públicas;
  • 44% adotam o modelo de negócio Software as a Service (SaaS) e 25% são marketplaces;
  • Os maiores desafios são engajamento do cliente e estratégias de marketing e de precificação e receita;
  • 67% veem as pessoas como um elemento de qualidade nos componentes do ecossistemas;
  • 73%, por sua vez, consideram as políticas públicas como ruins ou regulares;
  • Os principais parceiros  antes do início das operações são: Sebrae, universidades e centros de pesquisa;
  • Com o funcionamento das atividades, os destaques são para: mentoria com executivos e empresas de tecnologia;
  • 76% usam o capital próprio dos sócios como fonte de investimento.

Características do ecossistema de startups

No Brasil, o ecossistema de startups tem algumas características específicas. Eles são classificados da seguinte forma:

  • Mercado de atuação: 7,67% são voltadas para educação, 6,83% para outros, 3,91% para finanças, 3,42% para internet, 3,29% para saúde e bem-estar e 3,15% para agronegócio;
  • Público-alvo: 46,5% são B2B, 28,3% são B2B2C, 21% são B2C e 4,22% são outros;
  • Fase da startup: mais de 1.800 estão na de tração, que busca o crescimento e a escalabilidade. Mais de 1.200 estão na operação, que forma a base de clientes e sua expansão. Mais de 1.000 estão na ideação, que é a hipótese e a validação do negócio e pouco mais de 400 na scale up, que foca investimentos e internacionalização;
  • Modelo de negócio: 40% são SaaS, 20,6% são marketplaces, 17,5% são outros, 8,61% são e-commerces, 6,21% são consumer, 2,76% são hardware.

Além disso, os estados com mais startups são:

  1. São Paulo;
  2. Rio Grande do Sul;
  3. Minas Gerais;
  4. Rio de Janeiro;
  5. Paraná;
  6. Santa Catarina;
  7. Bahia;
  8. Distrito Federal;
  9. Pernambuco;
  10. Goiás.

Quais são as maiores startups do Brasil em 2019/2020?

As startups são empresas bastante inovadoras e têm uma dinâmica ágil. Nesse biênio, as principais no Brasil são:

  • Nubank: é uma fintech que já passou por várias rodadas de investimentos. O foco é expandir as operações para a América Latina;
  • C6 Bank: é uma fintech com crescimento rápido e foi considerada a segunda melhor startup para trabalhar no País;
  • Loft: usa a inteligência de dados para aprimorar a compra, a venda e a reforma de imóveis. Apesar de ter começado em 2018, já é um unicórnio;
  • Neon: é uma fintech que oferece contas digitais e cartão de crédito sem anuidade;
  • QuintoAndar: é um unicórnio que busca facilitar a locação de imóveis;
  • Loggi: faz entregas em todo o Brasil e também é um unicórnio;
  • Grow Mobility: atua com patinetes elétricos e bicicletas em grandes cidades;
  • EmCasa: é uma construtech que facilita as transações imobiliárias;
  • Cobli: efetiva a gestão de frotas e já chegou a ganhar um prêmio de Harvard para negócios inovadores;
  • Creditas: é especializada em crédito e já recebeu aportes do SoftBank;
  • Warren: é voltada para investimentos e trabalha com robôs para otimizar as operações;
  • StartSe: é uma plataforma de educação continuada para empreendedores;
  • CargoX: é conhecida como Uber dos caminhões e quer aumentar as operações para atuar nos países vizinhos;
  • Sky.One Solutions: trabalha com soluções de computação em nuvem;
  • KOIN: foca soluções financeiras criativas, como o parcelamento de boletos bancários.

Esses resultados foram possíveis, porque o investimento em startups aumentou no Brasil. Em 2019, houve um aumento de 80%, com total de 2,7 bilhões de dólares. Essas aplicações financeiras fazem parte do chamado mercado de venture capital.

Atualmente, o Brasil está na liderança desse segmento na América Latina. No total, o País tem 55,9% de participação nos investimentos voltados para a região.

Por sua vez, no mundo, o investimento em venture capital cresceu 13,2% somente no 4º trimestre de 2019. Isso representou um aumento de 7,4 bilhões de dólares

Durante todo o ano, os investimentos atingiram 257 bilhões de dólares. Em sua maior parte, eles foram destinados para os Estados Unidos, que ficaram com 34,2 bilhões de dólares para 2.215 startups.

A título de comparação, o investimento no mercado foi de 526,2 milhões de dólares, apenas 0,8% do total global no 4º trimestre de 2019. O dinheiro foi destinado em sua maior parte para as fintechs.

Esses dados demonstram que ainda há espaço para crescer e investir nesse mercado. Assim, o ecossistema de startups se fortalece, são gerados empregos e os investidores ainda obtêm seu rendimento.

E você, pensa em abrir uma startup e quer saber mais sobre esse modelo de negócio? Saiba mais como a Remessa Online pode te ajudar.

Resumindo

O que é um ecossistema de startups?

É um ambiente voltado para o desenvolvimento desses negócios.

Como criar um ecossistema empreendedor?

É preciso trabalhar com diferentes atores participantes para desenvolver e garantir a inovação.

O que é ecossistema em rede?

É um sistema em que diferentes atores atuam em conjunto e estão relacionados em prol do mesmo objetivo. Isso acontece com as startups.

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