Estados Unidos em recessão técnica pode derrubar o dólar

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quarta-feira (27) com variação de -2,2%, valendo R$5,2447, após ter começado o dia cotado a R$5,3599. O Euro fechou o pregão com variação de -1,3%, a R$5,3500, após ter iniciado o dia em R$5,4235.

A moeda americana iniciou esta quinta-feira (28) cotada a R$5,2611, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,3660.

Agenda de hoje

Exterior

06h00 – Zona do Euro – Confiança do consumidor (jul)

09h00 – Alemanha – Índice preliminar de preços ao consumidor (jul)

09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)

09h30 – EUA – 1ª leitura preliminar do PIB (2ºQ)

Brasil

08h00 – Sondagem do comércio (jul)

08h00 – Sondagem de Serviços (jul)

08h00 – IGP-M (jul)

15h00 – Geração de emprego formal (jun)

15h00 – Resultado primário do governo central (jun)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

O Fed, banco central dos Estados Unidos, decidiu, sem surpresa, elevar a taxa de juros em 0,75%, a 2,50% ao ano.

Apesar da importância da decisão, o que deixou os mercados animados na tarde desta quarta-feira (27) foi a fala do presidente do banco. Powell disse que os membros do comitê de política monetária acreditam que 2,5% é a taxa de juro neutra, ou seja, qualquer aperto adicional a partir de agora é contracionista, o que exige cautela aos membros do banco na condução da política monetária.

Às 09h30, horário de Brasília, o BEA informou que o PIB dos Estados Unidos encolheu 0,9% no segundo trimestre. Isso coloca a maior economia do mundo em recessão técnica, afinal de contas o PIB norte-americano já havia encolhido 1,6% no primeiro trimestre.

Essa recessão técnica deve encurtar ainda mais o ciclo de aperto monetário por lá. Em outras palavras, o Fed pode optar por fazer só mais um aumento de juros em setembro e interromper o ciclo de aumentos.

Essa eventual paralisação nos aumentos dos juros por parte do Fed é relativamente benéfica aos países em desenvolvimento como o Brasil e pode se traduzir em distensão do movimento de valorização do real.

Real x Euro

Na Alemanha, depois de um mês com a inflação sob relativo controle, fruto das desonerações tributárias sobre os combustíveis no país, os preços voltaram a subir em julho.

Segundo a Destatis, órgão oficial de estatísticas local, o IPC deste mês foi de +0,9%, ante expectativa de +0,6% e de variação de +0,1% em junho.

Com este último resultado, a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 7,6% para 7,5%.

Na Zona do Euro, o índice de confiança dos consumidores caiu ao menor nível em cerca de 14 anos e mostra uma rápida e contundente redução das expectativas no continente.

A tendência do dia é de valorização da moeda brasileira.

Seguimos de olho.

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