Investir no Tesouro Direto: confira a rentabilidade do título da renda fixa

Você certamente já ouviu falar em investir no Tesouro Direto, um título de renda fixa seguro que vem ganhando bastante destaque no mercado de investimentos. Para se ter ideia, em fevereiro de 2022, o número de investidores posicionados no Tesouro Direto foi o maior da série histórica, atingindo a  marca de 1.862.785 pessoas, segundo o Balanço do Tesouro Direto (BTD). 

Mas, será que esse investimento vale a pena? E como investir? Neste artigo, você verá as principais dúvidas e aprenderá a investir no Tesouro Direto. Confira!

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa criado em 2002 pelo Governo Federal em parceria com o Tesouro Nacional e a antiga BM&FBovespa, hoje B3. Ele foi lançado com o propósito de facilitar o acesso das pessoas físicas ao mercado de investimentos em títulos públicos por meio da internet.

Na prática, os títulos públicos são interessantes tanto para o investidor quanto para o governo, já que o segundo encontra neste mecanismo uma maneira de captar dinheiro para a sua gestão, direcionando para as áreas como a saúde, segurança, infraestrutura e educação.

A importância do Tesouro Direto

Depois da poupança, que há um bom já não é considerada a melhor opção de investimento, quem ganhou espaço e popularidade foi o Tesouro Direto.

Hoje, ele é considerado um dos produtos financeiros mais populares do Brasil. Isso porque, se trata de um investimento acessível em que os interessados podem realizar a negociação de títulos públicos, considerados os títulos mais seguros do mercado. 

De acordo com o Balanço do Tesouro Direto de fevereiro, foram realizadas 494.189 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto ao longo do mês, no valor total de R$ 3,19 bilhões. Ademais, o Tesouro Direto está ganhando muitos adeptos porque ele oferece muitas opções de títulos que podem se adequar a diferentes perfis de investidores, com variados objetivos financeiros, tanto em estratégias de curto quanto longo prazo.

Quais são os tipos de investimento em Tesouro Direto?

É importante saber que existem diferentes opções de investimentos em Tesouro Direto e é necessário avaliá-los individualmente para verificar qual é o mais adequado às suas necessidades. 

  • Prefixado;
  • Tesouro Selic;
  • Tesouro IPCA.

Confira a seguir como funciona a aplicação neste investimentos nos diferentes ativos que integram o programa do Governo Federal. 

Tesouro indexado à Taxa Selic

Este investimento, chamado de Tesouro Selic, tem a sua rentabilidade indexada à Taxa Selic. Não é por acaso que ele é um dos produtos mais conhecidos do Tesouro Direito, tanto pela sua flexibilidade quanto pela relação com a Selic. Nenhum outro título do tesouro está atrelado à taxa Selic.

Isso significa, em termos práticos, que ele pode ser comparado com aplicações como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Ainda, o Tesouro Selic se destaca pela baixa volatilidade, o que reduz o risco de perda e pelo rendimento positivo, ou seja, o dinheiro tende a ter crescimento constante. Especialistas apontam que o Tesouro Selic é um dos investimentos que devem compor as carteiras, especialmente no âmbito de estratégias de formatação de reservas de emergência.

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado por ser subdivido em dois tipos: 

  • Tesouro Prefixado;
  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. 

Nesta modalidade, a taxa de rentabilidade é fixa, o que significa que o investidor vai receber a porcentagem previamente estipulada até a data do vencimento. 

Trata-se de uma opção de investimento interessante para quem acredita que os juros sofrerão quedas no futuro. Eles também podem ser uma boa opção para quem deseja investir para atingir um determinado valor até a data do vencimento e tem um perfil mais conservador.

Como a taxa de rendimento fixa, no momento da compra o investidor já sabe exatamente o valor que será resgatado. 

Tesouro atrelado à inflação (IPCA)

Por fim, os títulos vinculados à inflação são o terceiro tipo. Chamados pelos especialistas de títulos híbridos, a sua rentabilidade é composta por uma parte variável e a outra fixa.

Assim, o investidor sabe que o dinheiro investido renderá de forma fixa, mais uma parte variável. Por exemplo, se estiver atrelado ao IPCA, sofrerá variações ao longo do tempo, variações estas que podem ser positivas ou negativas.

O Tesouro atrelado à inflação é uma opção bacana para quem deseja proteger os seus recursos da desvalorização, mantendo o poder de compra. 

Como fazer para investir no Tesouro Direto?

Para investir no Tesouro Direto é muito simples! O interessado pode comprar diretamente na Secretaria do Tesouro pela internet, por meio do serviço intitulado Tesouro Direto.

Para isso, basta ter uma conta em banco ou em corretora habilitada para operar o Tesouro Direto e Cadastro de Pessoa Física. Na página oficial do Tesouro Direto você consegue acessar o passo a passo e orientações para começar a investir.

Quais são as regras e critérios para fazer esse tipo de investimento?

Qualquer pessoa física maior de idade com conta em uma instituição bancária e Cadastro de Pessoa Física pode investir no Tesouro Direto. Todo o processo pode ser feito em sua casa, basta ter acesso à internet e um computador, smartphone ou tablet.

Lembra que para investir você deve fazer um cadastro do Tesouro Direto e isso deve ser feito diretamente nos bancos e corretoras habilitados

Taxas para investir no Tesouro Direto

Antes de começar a investir, é importante montar um planejamento financeiro, ter objetivos claros e traçar uma estratégia focada nos resultados que você pretende alcançar.

Os preços irão depender das  taxas praticadas pelo mercado na data de liquidação da compra. Você pode conferir aqui a tabela atualizada de preços e taxas dos títulos. É importante acompanhar o site porque o Tesouro Nacional pode alterar o preço dos títulos ofertados a qualquer momento.

Há duas taxas existentes, são elas:

  • Taxa cobrada pela B3: taxa de custódia de 0,2% a.a. sobre o valor dos títulos. Quando se trata do Tesouro Selic ela só é cobrada sobre os valores que excederem o estoque de R$10.000,00, por investidor;
  • Taxa cobrada pela Instituição Financeira: cada instituição possui uma, aqui você pode ver os valores atualizados.

Conheça também o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)

Qual a rentabilidade do Tesouro Direto?

A rentabilidade irá variar conforme alguns fatores, como:

  • Tipo de título (Tesouro Selic, Tesouro Prefixado ou atrelado à Inflação);
  • Expectativas dos futuros;
  • Comportamento do indexador;
  • Data de vencimento.

Na página do Tesouro Direto, você pode ver qual a rentabilidade acumulada no dia que quiser.

FAQ – Perguntas Frequentes

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um investimento acessível e seguro no qual os interessados podem realizar a negociação de títulos públicos. Ao investir no tesouro direto você está emprestando o seu dinheiro ao governo. Em troca, o investidor recebe uma rentabilidade, ou seja, o valor corrigido com juros. 

Quais são as regras para investir no Tesouro Direto?

Qualquer pessoa física, maior de idade, com conta em uma instituição bancária e Cadastro de Pessoa Física pode investir no Tesouro Direto. Todo o processo pode ser feito em sua casa, basta ter acesso à internet e um computador, smartphone ou tablet.

Qual a rentabilidade do Tesouro Direto?

Cada tipo de investimento possui uma rentabilidade, de acordo com o indexador, data e taxas. 

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