IPCA ignora aumento dos combustíveis e vem abaixo das expectativas

Visão Geral

O dólar comercial fechou a última segunda-feira (1) com variação de -1,09%, valendo R$4,9307, após ter começado o dia cotado a R$4,9845. O Euro fechou o pregão com variação de -0,65%, a R$5,2985, após ter iniciado o dia em R$5,3337.

O dólar iniciou esta terça-feira (12) cotado a R$4,9345 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,2863. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

  • 05h00 – Alemanha – Percepção Econômica ZEW (Set)
  • 06h00 – Zona do Euro – Percepção Econômica ZEW (Set)
  • 11h00 – EUA – Custos do empregador para remuneração do funcionário (Jun)

Brasil

  • 05h00 – FIPE – IPC (Semanal)
  • 09h00 – IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (Ago)
  • 09h00 – IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ago)
  • 09h00 – IBGE – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Ago)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Invertendo a tendência de dias anteriores, foi a vez do Brasil produzir os principais indicadores do mercado, dessa vez com a divulgação do IPCA de agosto.

O principal índice da inflação nacional apontou para uma elevação de 0,23% no nível de preços. Apesar de constituir um aumento em relação ao mês anterior, que havia sido de 0,12%, o valor surpreendeu positivamente ao se mostrar abaixo das expectativas do mercado, que esperavam uma forte aceleração decorrente do repasse dos combustíveis.

De forma similar, o IPC da Fipe demonstrou uma variação de 0,06%, também relativamente controlada.

Com os resultados, sobem as possibilidades de novos cortes intensos na Selic durante a próxima reunião do Copom, a qual está marcada para a outra quarta-feira (20).

Assim, esperamos uma valorização do real frente ao dólar ao longo do dia.

Real x Euro

A Zona do Euro não se encontra em seus melhores momentos. Os principais indicadores divulgados nas últimas semanas, que apontaram para uma inflação de 0,6% em agosto, assim como um crescimento de apenas 0,1% no PIB do segundo trimestre, mostram uma economia debilitada, mas com nível de preços ainda em ascensão.

Em mais uma contribuição desse quadro desfavorável, o índice ZEW de percepção econômica indicou novas quedas nas perspectivas dos investidores europeus.

À vista da próxima decisão de política monetária do Banco Central da Europa, o atual contexto cria uma forte instabilidade nos mercados. 

Embora a maioria dos agentes continue a projetar uma manutenção da taxa de juros, permanecem os riscos de outro aumento na tentativa de conter as pressões inflacionárias.

Dessa forma, esperamos uma valorização do real também em comparação ao euro.

Seguimos de olho!

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