Moeda brasileira exposta a grandes riscos

Visão Geral

O dólar comercial fechou a última quarta-feira (08) com variação de +2,4% a R$5,3214, após ter começado o dia cotado a R$5,1969. O Euro fechou o pregão a R$6,2862, e apresentou variação de +2,1% após ter iniciado o dia em R$6,1546.

A moeda americana iniciou esta quinta-feira (09) cotada a R$5,3066 e o Euro abriu o dia cotado a R$6,2718.

Agenda de hoje

Exterior

03:00 – Alemanha – Balança comercial (jul)

08:45 – Zona do Euro – Decisão de política monetária

09:30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)

Brasil

09:00 – IPCA (ago)

09:00 – Conab 12º levantamento da safra de grãos 2020-2021 (set)

09:00 – Levantamento sistemático da produção agrícola (ago)

09:00 – Pesquisa industrial mensal regional (jul)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar: nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho anunciou que os novos pedidos de seguro-desemprego ficaram em 310 mil na última semana, o menor nível semanal desde o início da pandemia. O número será bem recebido pelo mercado por mostrar que, a despeito do aumento do número de casos de Covid-19 no país, a retomada econômica continua em curso.

Apesar do bom resultado do mercado de trabalho norte-americano, o aumento da inflação e o intenso desgaste político no Brasil devem produzir um movimento diário de desvalorização do real.

O IBGE informou que a variação de preços medida pelo IPCA alcançou +0,87% no mês de agosto. É a inflação mais elevada para o mês em 21 anos.

Com o resultado de agosto a inflação anualizada atingiu +9,68%, nível mais alto desde fevereiro de 2016, quando o percentual havia alcançado +10,36%.

Real x Euro: o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter inalteradas as taxas de juros e de redesconto dentro da Zona do Euro. A decisão vem em linha com o que era esperado pelo mercado, inclusive com indicações de que, dado o bom desempenho da economia, a autoridade monetária local pode diminuir o volume de compra de ativos nos próximos meses.

O anúncio de uma eventual retirada dos estímulos monetários na Europa foi acompanhado, como sempre, da ratificação de que o BCE está disposto em manter os atuais níveis de compra de ativos até que as condições de inflação e emprego estejam alinhadas com os objetivos do banco.

Além deste posicionamento na Europa, o Federal Reserve, autoridade monetária dos Estados Unidos, voltou a dizer que a perda de ritmo da retomada econômica nos Estados Unidos exigirá o prolongamento da postura dovish do banco.

Tudo isso teria impactos positivos sobre a moeda brasileira, não fosse a escalada do radicalismo no  Brasil.

A tendência diária é de desvalorização da moeda brasileira.

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