O que é vesting e a importância desse contrato para startup

Já ouviu falar no conceito de vesting? Entenda o que significa e veja o impacto que traz para uma startup!

A gestão de talentos em uma startup é uma das tarefas que envolvem mais atenção. Afinal, quando o negócio ainda está nas primeiras etapas, garantir a retenção dos colaboradores e a oferta de benefícios profissionais nem sempre é simples. É nesse âmbito que o vesting se destaca.

Os colaboradores são a alma do negócio. Por esse motivo, optar por estratégias para mantê-los próximos é uma excelente iniciativa. Logo, o vesting se torna uma opção interessante.

Trata-se de um contrato inovador e que chama cada vez mais a atenção de negócios que trabalham com a inovação. Neste post, vamos apresentar mais detalhes sobre o seu conceito e mostrar como pode ser benéfico para a sua startup. Acompanhe!

O que é um contrato de vesting?

O contrato de vesting é um modelo inovador e que permite a aplicação de uma visão estratégica de negócios, principalmente para as startups. A partir desse acordo, os colaboradores passam a ter uma parte na sociedade da empresa, sem a necessidade de investimentos.

Na realidade, é como se o trabalho que o profissional presta se tornasse um tipo de investimento para garantir sua participação societária na empresa. No entanto, é preciso considerar que esse processo não é feito de um dia para o outro.

No modelo vesting, o acordo de salário costuma ser menor que o oferecido pelo mercado. Dessa maneira, para atrair e reter talentos para a empresa, é oferecida a oportunidade de o profissional fazer parte da sociedade do negócio. O processo é realizado ao longo do tempo, conforme atende aos requisitos legais e às cláusulas do contrato.

Para as startups que estão dando os primeiros passos no mercado, realizar a contratação de profissionais especializados para determinadas funções nem sempre é uma tarefa simples. Isso é ainda mais difícil quando a empresa é aberta com investimentos baixos e de retorno demorado, mas com ideias de negócios promissores.

Por conta disso, essa estratégia surge como um contraponto. Ela permite tanto contar com talentos qualificados na empresa quanto oferecer um retorno justo ao trabalho desses colaboradores. Para colocar em prática o conceito de vesting, é interessante compreender como a ideia funciona na prática.

Como funciona o vesting?

Existem diferentes maneiras de aplicar o vesting na empresa e isso vai variar conforme as cláusulas definidas no contrato. No entanto, para entender melhor a lógica, vale a pena ver um exemplo.

Vamos supor que uma startup chega ao mercado com uma ideia de solução de revolucionar a área. Para ser colocada em prática, é preciso ter um sistema otimizado e personalizado. Ele leva alguns meses para ser construído e precisa de monitoramento constante por profissionais especializados para continuar no ar.

Tendo em vista a complexidade desse tipo de trabalho, a contratação de um desenvolvedor de softwares não seria barata. Contudo, a empresa dispõe apenas de 70% do salário mínimo para um profissional da área.

Como uma maneira de atenuar esse problema e garantir que a solução seja lançada ao mercado, a empresa contrata um profissional, de acordo com o que pode pagar. Entretanto, firma um contrato que garante a participação de uma determinada porcentagem na sociedade.

Nesse caso, imagine que a duração do contrato seja de 3 anos, mas que a cada ano trabalhado, o profissional garante 3% da participação societária. Além disso, a partir do momento em que o acordo entra em vigor, o indivíduo recebe 1% da sociedade. Porém, ele não pode quebrar o contrato nos primeiros 12 meses.

Esse é apenas um exemplo de como o vesting funciona na prática. A garantia de participação é um atrativo que pode compensar a baixa remuneração. Se o profissional se interessar pelo projeto e ver um futuro promissor, as chances de retorno o motivam a aceitar a proposta. Além disso, dão ânimo para se engajar com o desenvolvimento da solução.

Quando optar pelo vesting?

Diferentes empresas, em diversos momentos, podem dar preferência pelo contrato de vesting para encontrar talentos comprometidos com a realização de um determinado projeto. O que muda, na verdade, é a probabilidade de ter candidatos a essa proposta.

Por outro lado, empresas que têm como planejamento crescer de maneira potente, como é o caso das startups, levam vantagem nesse tipo de contrato. Afinal, o mercado cada vez mais vê os resultados desse modelo de negócio. Além disso, aposta com mais confiança no desenvolvimento de empreendimentos comprometidos com a inovação.

Consequentemente, é possível encontrar com mais facilidade profissionais interessados em firmar o contrato vesting quando a empresa consegue convencer sobre o seu potencial de crescimento. No entanto, é preciso apresentar motivos para optar por essa estratégia.

Nesse caso, quando um negócio ainda está nas fases iniciais, faz muito mais sentido utilizar o vesting em vez de outros tipos de contrato. Afinal, é preciso considerar que o colaborador poderá ter uma participação significativa na sociedade da empresa, caso o acordo seja fechado. Dessa forma, é necessário também ter cautela e promover um processo seguro para todos os envolvidos.

Logo, é uma boa estratégia optar pelo vesting quando a ideia é investir em um projeto, mesmo com baixo aporte de capital, com alto potencial de sucesso. Além disso, é interessante buscar mercados com competitividade de profissionais, a fim de encontrar mais talentos qualificados para ocupar a vaga aberta.

De que forma o vesting é aplicado em startups?

Para entender a aplicação do vesting, na prática, é fundamental saber que os contratos podem ser estabelecidos de acordo com o prazo ou com as metas. No primeiro caso, o talento recebe o direito à aquisição a partir do momento em que cumpre as funções estabelecidas pelo tempo determinado nas cláusulas.

Caso o prazo se estenda, os benefícios na participação societária só tendem a crescer. No entanto, se o tempo de trabalho determinado não for cumprido, o profissional pode perder a oportunidade de ter acesso à sociedade.

Outra opção é definir um conjunto de metas que precisa ser cumprido pelo colaborador. Ao atingir esse objetivo, o direito de aquisição fica disponível. Além disso, essa participação também costuma aumentar conforme as metas são ultrapassadas.

Por outro lado, se o desempenho não for satisfatório, pode ser que não tenha direito a nenhum dos benefícios. Isso vai depender do que foi estabelecido no contrato. Dessa forma, trata-se de um modelo mais interessante para os negócios que precisam lidar com produtividade e engajamento.

Ao entender como os contratos podem ser estabelecidos entre a startup e o profissional, vale a pena conferir algumas cláusulas que podem ser definidas durante a sua elaboração.

Cláusula cliff

A cláusula cliff é uma das mais utilizadas, tendo em vista que se relaciona com o tempo de trabalho no projeto. Ao estabelecer um prazo mínimo para a colaboração, o direito de participação societária passa a valer apenas após a data limite.

Esse é um tipo de contrato que oferece mais segurança à empresa. Afinal, ele aumenta as chances de o profissional permanecer no trabalho até cumprir o prazo de carência. No entanto, é mais arriscado para os colaboradores, pois podem perder uma cota de ações do negócio. Isso, caso surja um projeto mais interessante ou se aparecer a necessidade de interromper o contrato.

Cláusula good leaver

Existe também uma cláusula que recompensa o colaborador após a sua saída, caso atenda a todos os critérios definidos durante o acordo. É daí que vem o nome de “good leaver”, que pode ser traduzido como “bom abandono”.

Geralmente, essa é uma cláusula que auxilia na criação de uma boa relação entre startup e profissional. Consequentemente, é possível trabalhar para a criação de um clima organizacional satisfatório, que faz toda a diferença para a geração de bons resultados nos processos internos.

Quando um talento é tido como good leaver, é possível avaliar quais foram as suas colaborações até o momento da saída. Além disso, definir a cota de ações equivalente à contribuição do profissional. Para evitar problemas, o ideal é estabelecer esses parâmetros na hora de desenvolver o contrato.

Cláusula bad leaver

O bad leaver, também chamado de “mal abandono”, segue justamente a lógica contrária do good leaver. Esse é um tipo de contrato que também proporciona mais segurança para a empresa. Ele ajuda a ter seus direitos assegurados, caso o profissional infrinja alguma regra ou aja contra pelo menos uma das cláusulas estabelecidas durante o acordo.

Se o desligamento for por justa causa ou o abandono do trabalho não for justificado, a participação da sociedade pode passar por um processo de avaliação. No geral, a cota de ações também será equivalente à contribuição, podendo adicionar alguma perda proporcional à quebra do contrato.

Cláusula de aceleração

A cláusula de aceleração é interessante quando a empresa define novas metas e gostaria de encurtar o prazo de desenvolvimento dos projetos. Dessa maneira, quanto mais rápido o colaborador entregar os trabalhos definidos no contrato, maior será o direito à aquisição da participação da sociedade.

Nesse caso, é possível unir tanto o contrato por metas quanto por prazo. Assim, quando o profissional consegue atingir o objetivo definido antes do tempo previsto, pode ter acesso a toda a porcentagem de participação societária. Isso, sem a necessidade de esperar atingir determinados anos de contribuição para a startup.

Por que contar com o vesting nas startups?

São várias as vantagens que o vesting oferece para uma empresa. Isso vale tanto para os colaboradores quanto para o negócio.

Para mostrar como esse tipo de contrato pode ser realmente uma boa ideia para uma startup, listamos alguns dos principais benefícios de contar com o vesting. Confira!

1. Bom retorno ao investimento

Ter caixa para investir em diversos processos na empresa nem sempre é possível para vários negócios nas fases iniciais. Isso porque o retorno sobre o investimento também pode ser de longo prazo.

Por outro lado, o trabalho de um profissional traz retorno a curto prazo. Logo, pode ser um investimento para startup que proporciona ainda mais resultados a longo prazo, a depender da colaboração dos talentos. Sendo assim, aumenta a possibilidade de crescimento do negócio.

2. Engajamento dos profissionais

Outra tarefa complicada é garantir o engajamento de um profissional na empresa, principalmente quando os primeiros resultados no mercado ainda não apareceram. Por outro lado, sem colaboradores suficientemente engajados, a rotina de trabalho não traz tantos retornos esperados.

Dessa forma, é importante trabalhar em maneiras de estimular o engajamento de cada profissional. A possibilidade de se tornar um sócio, mesmo que minoritário, é suficiente para fazer com que o funcionário sinta que faz parte da empresa. Além disso, que ele trabalhe em prol do seu desenvolvimento.

3. Inovação

A capacidade de inovar, além de ter tudo a ver com a proposta de uma startup, é necessária para a sobrevivência de um novo negócio no mercado atual. Afinal, com a modernização dos processos e a digitalização das empresas, a inovação se tornou palavra-chave para aumentar a compatibilidade, a visibilidade e o reconhecimento.

Sem mencionar as próprias vantagens que a inovação proporciona a um negócio. Por meio de ideias revolucionárias, é possível transformar a área de atuação, criar tendências e fazer ainda mais sucesso no mercado.

Dessa maneira, encontrar estratégias para colocar o vesting em prática na sua empresa pode ser uma ideia muito interessante. Não é à toa que se tornou uma tendência no mercado das startups. Afinal, esse é um conceito que anda lado a lado com o crescimento sustentável, a possibilidade de encontrar talentos qualificados e a melhoria nos processos de gestão inovadora.

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Resumindo

Como funciona o vesting?

O vesting é um contrato de colaboração que pode passar por cláusulas de tempo ou de metas. Tudo isso para garantir que o profissional faça parte da sociedade da empresa, em troca do trabalho desempenhado.

O que é um contrato de vesting?

O contrato de vesting é um acordo firmado entre uma empresa e um profissional, garantindo a troca de serviços por direito à participação societária do negócio.

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