Reação do Irã pela morte de Soleimani impacta câmbio

As bolsas internacionais reagiram mal ao ataque do Irã às bases norte-americanas no Iraque, como reação à morte de Qasem Soleimani, e a perspectiva é de mais volatilidade no câmbio.

O Dólar americano fechou a última terça-feira cotado a R$ 4,0676, após ter começado o dia em R$ 4,0648. O Euro fechou o dia em R$ 4,5370, após ter iniciado o pregão em  R$ 4,5476. A moeda americana abriu esta quarta-feira cotada a R$ 4,0676 e o Euro abriu o dia sem variação em relação ao fechamento da terça-feira.

Agenda de hoje

Na agenda de hoje estão incluídos os dados sobre as encomendas à indústria alemã referente ao mês de novembro e o volume de empréstimos ao consumidor norte americano, também em relação ao penúltimo mês do ano. Além destes dois indicadores relacionados ao mês de novembro, o mercado estará atento à variação de emprego ADP referente ao mês de dezembro nos Estados Unidos.

Com relação aos indicadores domésticos, a variação de preços medida pela IGP-DI será o dado mais relevante do dia. Além deste, será conhecido também o índice de preços ao produtor referente ao mês de novembro.

Perspectivas para o dia

Real x Dólar

As bolsas do mundo todo reagiram mal aos ataques iranianos às bases norte americanas no Iraque, como reação à morte do general Qasem Soleimani na semana passada. Segundo a imprensa local, mais de dez mísseis teriam atingido bases onde se encontram soldados norte-americanos. O risco da tensão se transformar em uma guerra fora de controle tem trazido volatilidade ao câmbio. Pelos últimos acontecimentos, a tendência é de desvalorização da moeda brasileira.

Real x Euro

A despeito da pequena valorização do Real frente ao Euro na última terça-feira, o mesmo não deve se repetir nesta quarta, uma vez que o movimento – errático – do câmbio, deve ser condicionado pelos desdobramento da tensão entre Estados Unidos e Irã.

André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.

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