Refinanciamento: como funciona, quando fazer, vale a pena?

Entenda o que é o refinanciamento, como funciona esse recurso e quais são os momentos em que vale a pena escolher essa alternativa!

Lidar com finanças pessoais nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, existem diversos recursos que podem ser utilizados para auxiliar na organização financeira. O refinanciamento, por exemplo, é uma dessas alternativas para muitas pessoas que desejam melhorar as condições de pagamento ou ter acesso a novos serviços.

Seja para renegociar as parcelas, seja para estender o prazo de pagamento ou fazer um empréstimo, o refinanciamento é um recurso que diversas instituições financeiras oferecem para evitar inadimplência e atrasos, assim como para manter os consumidores mais próximos. Os clientes podem aproveitar essas ferramentas para não ter que lidar com juros, nem restrições do nome, além de várias outras vantagens.

Neste artigo, saiba o que é o refinanciamento, como funciona esse recurso e quando vale a pena optar por ele!

O que é refinanciamento?

O refinanciamento é a renegociação de empréstimo, financiamento, parcelamento de veículos ou demais dívidas. Trata-se de substituir as condições de crédito e de contratação de serviços com alternativas para alterar a quantidade de parcelas, receber um empréstimo, mudar os valores, conseguir taxas mais baixas, entre outras opções. Tudo isso visando melhorar as condições de pagamento da dívida para evitar a inadimplência.

Na prática, o refinanciamento ajuda a assumir dívidas de uma maneira mais saudável e que se alinhe com a realidade financeira do cliente. Com isso, é possível melhorar o planejamento financeiro, prevenir o acúmulo de contas, fazer novos investimentos, abrir um negócio ou ter mais tranquilidade para quitar os débitos.

Quais são os tipos de refinanciamento?

Existem 3 tipos mais comuns de refinanciamento: de crédito pessoal, imobiliário e de veículos. Todos contribuem para oferecer melhores condições de pagamento de dívidas ao cliente, embora possam contar com diferentes garantias.

Além disso, em alguns dos modelos, é possível solicitar um empréstimo no valor das parcelas já quitadas. Com isso, o total do refinanciamento é remodelado e o cliente assume uma nova dívida com novo parcelamento.

Os três tipos de refinanciamento mais comuns são:

Refinanciamento de crédito pessoal

O refinanciamento de crédito pessoal é voltado para pessoas que acumularam dívidas como pessoa física sem garantia. Esse é o caso de serviços, como empréstimo consignado, cheque especial, cartão de crédito e demais ofertas financeiras.

Geralmente, a opção de refinanciamento da dívida só fica disponível para as pessoas que já pagaram uma parte do valor devido e tiveram aprovação na análise de crédito. Quando o cliente percebe que não conseguirá arcar com o compromisso de pagamento e entra em contato para refinanciar a dívida.

Refinanciamento de veículos

No refinanciamento de veículos, é possível renegociar o prazo de pagamento do parcelamento. Com isso, pode continuar utilizando o automóvel ou os demais produtos automotivos enquanto paga a dívida mensalmente. A garantia desse serviço financeiro é o próprio bem, que pode ser levado caso a dívida não seja devidamente paga. Geralmente, o refinanciamento de veículos está disponível para modelos com idade de, no máximo, 10 anos a partir da data de fabricação.

 Refinanciamento imobiliário

O refinanciamento imobiliário exige o patrimônio, nesse caso o imóvel, como garantia do pagamento das dívidas. Para a contratação do refinanciamento imobiliário, a maioria das instituições bancárias e fintechs de crédito solicitam que, pelo menos, 70% do valor do imóvel já esteja pago. Com isso, é possível renegociar o saldo restante em diversas parcelas e condições de pagamento.

Como funciona o refinanciamento?

O refinanciamento funciona com propostas e ofertas de linhas de crédito que auxiliam o cliente no pagamento das dívidas. O serviço pode funcionar também como um empréstimo, no qual o cliente recebe o dinheiro das parcelas já quitadas para utilizar como desejar. Nesses casos, pode haver o uso de um bem como garantia e há um processo de análise de crédito para a concessão do benefício.

O modelo e as regras de contratação variam conforme o tipo de refinanciamento. No entanto, a maioria compartilha de vantagens como agilidade na liberação de créditos, mais flexibilidade e oportunidades de negociação.

Como funciona o refinanciamento de crédito pessoal?

No refinanciamento de crédito pessoal, os clientes podem rever dívidas de cartão de crédito, empréstimos consignados ou pessoais, cheque especial e produtos financeiros correlatos. Sendo assim, é um tipo de operação disponível para pessoas físicas, quem recebe aposentadoria ou pensionado, servidores públicos, entre outros grupos.

O valor do refinanciamento é baseado no total da dívida menos o saldo que já foi quitado. Por exemplo, de um total de R$ 3.000, cujo cliente já efetuou o pagamento de R$ 1.800, o valor a ser refinanciado é de R$ 1.200.

Conforme o cliente paga as parcelas das dívidas em dia, o limite de refinanciamento aumenta e as oportunidades de renegociação tendem a se tornar cada vez mais flexíveis. Com isso, o saldo devedor se torna o novo total, no qual a instituição bancária oferecerá as condições e utilizará como base para o cálculo dos juros compostos.

Como funciona o refinanciamento de veículos?

O refinanciamento de veículos é semelhante a um empréstimo com garantia de bens. Essa linha de crédito conta com a possibilidade de quitação com o próprio automóvel. Por isso, é possível ter acesso a melhores condições de pagamento e prazos.

Os clientes também podem refinanciar o total da dívida original e receber o valor já quitado para outras finalidades. O diferencial, no caso dos veículos, é que outras pendências, como IPVA ou seguro, podem integrar o valor de refinanciamento.

Para isso, é necessário que o cliente tenha um veículo registrado em seu nome. As instituições bancárias, em sua maioria, também pedem para que a data de fabricação do automóvel seja menor que 10 anos. 

Quanto mais parcelas pagas pontualmente da dívida original, melhores serão as ofertas para recalcular o saldo devedor e parcelar o que resta do valor total.

Como funciona o refinanciamento de imóvel?

No refinanciamento de imóvel é possível renegociar as dívidas ou receber um empréstimo no qual o bem é a garantia. Nesse caso, os valores costumam ser mais altos e, por conta disso, a análise de crédito é mais criteriosa e prolongada.

Por esse motivo, em comparação aos outros tipos de refinanciamento, o imobiliário pode levar mais tempo para a liberação dos benefícios, se for aprovada a solicitação. Por outro lado, as facilidades de negociação são maiores e os prazos para pagamento costumam ser mais altos.

Para contratar um refinanciamento imobiliário, é necessário ter um imóvel no seu nome, que pode ser quitado ou não. Geralmente, essa mesma propriedade é utilizada como garantia do serviço financeiro.

Qual a diferença entre refinanciamento e portabilidade?

A diferença entre refinanciamento e portabilidade está nas regras entre instituições financeiras distintas, onde serão realizados os processos. O refinanciamento é um processo que busca oferecer melhores condições aos clientes dentro do mesmo banco, com base em um contrato que já existe. Já na portabilidade, há a mudança de empresa e de contrato do serviço, com a realização de um novo processo de análise de crédito.

Para escolher a melhor opção, é interessante avaliar os riscos, os gastos e os benefícios envolvidos em fazer a portabilidade da dívida para outro lugar. Em diversos casos, a renegociação com a empresa em que já existe um contrato costuma ser mais vantajosa do que realizar uma nova negociação em termos de agilidade, flexibilidade e praticidade.

Qual a diferença entre refinanciamento e financiamento?

A diferença entre refinanciamento e financiamento é que no financiamento há um processo para aquisição de bens com pagamento parcelado a longo prazo. Já o refinanciamento é a renegociação de uma dívida para conseguir melhores formas de pagamento e de prazos em diversas linhas de crédito.

O financiamento oferece a vantagem de acelerar a compra de bens, principalmente de alto valor, como imóveis, veículos e até mesmo cursos em faculdades de ensino superior. No entanto, se for realizado com taxas pré-fixadas, os juros cobrados podem ser bastante altos, especialmente com um maior número de parcelas.

O refinanciamento conta com a vantagem de ajustar as dívidas conforme as variações da taxa Selic. Com isso, a depender do momento, é possível fazer uma negociação para conseguir juros mais baixos e ter mais economia para quitar as parcelas de cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e demais produtos financeiros.

Quanto custa um refinanciamento?

O custo de um refinanciamento varia conforme a instituição, o valor da dívida e a quantidade de parcelas. Para saber se é econômico investir nessa modalidade, vale a pena fazer um comparativo com os valores cobrados nos financiamentos tradicionais. No Brasil, segundo os registros do Banco Central, as taxas de aquisição de veículos são, em média, 1,9% ao mês entre as instituições financeiras.

Pode fazer refinanciamento com o nome sujo?

É possível fazer refinanciamento com o nome sujo. A restrição de crédito não é um impedimento para diversas instituições, principalmente por se tratar de um serviço que ajuda a renegociar as dívidas. Além disso, para modalidades com garantia, é ainda mais fácil conseguir a aprovação com o nome negativado.

Quais são as vantagens de um refinanciamento?

O refinanciamento pode oferecer diversas vantagens à organização financeira de uma pessoa, principalmente se for realizado de maneira estratégica. Para isso, é importante avaliar as condições que cada instituição bancária oferece e fazer o comparativo entre as taxas de juros cobradas pelas modalidades tradicionais e pela alternativa de refinanciar as dívidas.

Algumas vantagens de um refinanciamento: 

  • mais chances de conseguir a redução das taxas de juros no parcelamento;
  • menos burocracias com a análise de crédito;
  • liberação de crédito mais rápida;
  • flexibilidade no prazo de pagamento;
  • oportunidade de renegociação do valor;
  • mais tempo para pagar a dívidas;
  • aumento do volume de crédito.

Vale a pena fazer refinanciamento?

Vale a pena fazer refinanciamento se você precisa de mais prazos ou oportunidades para ter uma vida financeira mais saudável e quitar dívidas. Com isso, é possível reorganizar as dívidas, ter menores taxas de juros e conseguir mais tempo para pagar um valor alto a uma instituição bancária.

Sendo assim, é importante avaliar um conjunto de fatores na hora de tomar essa decisão, que incluem o saldo devedor, as condições oferecidas pelas instituições financeiras, o estado das finanças pessoais, os prazos e as taxas. Além disso, calcular o custo total desse serviço também ajuda a fazer a melhor escolha.

Quitando suas dívidas com refinanciamento

O refinanciamento é um serviço bastante interessante para reestruturar a vida financeira e gerenciar melhor as contas pessoais. Por esse motivo, estudar as opções disponíveis no mercado agrega valor na organização e no planejamento de suas transações financeiras para encontrar o equilíbrio e pagar as dívidas em dia.

Diversas instituições financeiras oferecem a possibilidade de fazer um refinanciamento para quitar suas dívidas. Antes de escolher uma empresa, é possível entrar em contato e solicitar um orçamento. Com isso, você pode ter ideia de quais serão os custos e as regras para a contratação desse serviço.

Para fazer a melhor escolha entre os tipos de refinanciamento e a instituição financeira, faça uma pesquisa de mercado e compare os resultados encontrados nas diferentes opções. Assim, é possível identificar as melhores ofertas para as suas finanças.

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Resumindo

O que é refinanciamento?

O refinanciamento é a renegociação de empréstimo, financiamento, parcelamento de veículos ou demais dívidas. Trata-se de substituir as condições de crédito e de contratação de serviços com alternativas para alterar a quantidade de parcelas, receber um empréstimo, mudar os valores, conseguir taxas mais baixas, entre outras opções. Tudo isso visando melhorar as condições de pagamento da dívida para evitar a inadimplência

Vale a pena fazer refinanciamento?

Vale a pena fazer refinanciamento se você precisa de mais prazos ou oportunidades para ter uma vida financeira mais saudável e quitar dívidas. Com isso, é possível reorganizar as dívidas, ter menores taxas de juros e conseguir mais tempo para pagar um valor alto a uma instituição bancária.

Quais são as vantagens de um refinanciamento?

1. Mais chances de conseguir menores taxas de juros no parcelamento;
2. menos burocracias com a análise de crédito;
3. liberação de crédito mais rápida;
4. flexibilidade no prazo de pagamento;
5. oportunidade de renegociação do valor;
6. mais tempo para pagar a dívidas;
7. aumento do volume de crédito.

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