Câmbio Flutuante: Saiba o que é e conheça seus benefícios

Muito ouvimos falar sobre a taxa de câmbio flutuante, que nada mais é do que a oscilação que o valor de uma moeda pode sofrer como consequência das variações de mercado, como a oferta e demanda. Elas são chamadas de moedas flutuantes e é o tipo de política econômica adotada pelo Brasil.

Continue lendo nosso artigo e entenda melhor qual a influência do câmbio flutuante nas suas atividades econômicas do dia a dia.

Câmbio flutuante: o que faz a moeda variar?

Na economia moderna, boa parte dos países possuem moedas flutuantes, modelo grandemente apoiado por economistas adeptos da vertente liberal. A exemplo disso, temos os dólares americano e australiano, o Euro, a Libra Esterlina, o Iene japonês, o Franco suíço, a Rupia indiana e o nosso Real. 

A taxa de câmbio flutuante faz parte do processo que retrata o poder do mercado e as expectativas dos investidores. O papel do governo é de pouca interferência à medida que deixa as moedas oscilarem de forma livre, fazendo pontuais mediações como comprar e vender dinheiro ou alterações na taxa Selic a fim de controlar a inflação.

Sendo assim, a cotação da moeda varia constantemente para mais ou para menos de acordo com os seguintes fatores:

Em resumo, podemos dizer que a moeda de um país vale o quanto seus investidores estão dispostos a pagar. No Brasil, a cotação do dólar é um critério importante para a variação cambial, sendo estipulado diariamente e influenciando as transações entre investidores, importadores e exportadores e, até mesmo, entre os brasileiros que pretendem realizar viagens internacionais.

A taxa de câmbio flutuante reflete as expectativas dos investidores.

Benefícios do Câmbio Flutuante

É de se esperar que haja muitos benefícios nesse modelo econômico visto que muitos países adotam essa política cambial. Confira agora algumas das vantagens mais importantes:

Flexibilidade e ajuste dos preços

O Câmbio Flutuante tem a vantagem de se adequar aos preços e condições do mercado. Desse modo, podemos compará-lo a um “amortecedor”, dado que busca diminuir os impactos da economia e simultaneamente serve de parâmetro para a real compreensão e diagnóstico da situação econômica.

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Proteção contra crises

Ele também permite a proteção econômica diante de fatores externos à medida que os juros tendem a crescer menos em momentos de pouco investimento estrangeiro. Caso houvesse câmbio fixo, por exemplo, o governo teria a obrigação de aumentar os juros com o objetivo de defender a moeda.

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Mais liberdade

Em países onde o câmbio é fixo, há um intenso esforço para que seja mantido o valor da taxa anunciada. Em regimes de taxa de câmbio variável, as políticas econômicas podem direcionar seus esforços para outros assuntos importantes como a estabilização da inflação e ajustes fiscais.

Câmbio Flutuante no Brasil

O câmbio flutuante foi adotado no Brasil em 1999 como prática do Plano Real. Antes disso, o valor do câmbio era fixo e determinado pelo governo. Com essa mudança, o país adotou o modelo de câmbio flutuante “sujo”, no qual ocorrem pequenas intervenções do Banco Central para conter os impactos negativos do mercado, realizando compras ou venda de reservas para manter a taxa em um valor conveniente.

Sendo assim, o valor do dólar, ou seja, a sua cotação se comparado ao valor de nossa moeda, oscila de acordo com o mercado e disponibilidade da moeda americana. Esse fato reflete diretamente em nosso poder de compra, pois quanto mais desvalorizada a moeda de um país, menos itens se consegue comprar com a mesma quantia de dinheiro. 

E o contrário também acontece! Se uma moeda se valoriza, aumenta-se o poder de compra da população desse país, melhorando consequentemente a qualidade de vida de seus cidadãos.

Conclusão

No modelo econômico de livre comércio, cuja taxa de câmbio é variável, há a interferência mínima do Estado na economia. Isso significa que o valor da taxa varia de acordo com as próprias mudanças que abrangem o mercado interno  e externo, e a especulação de investidores. 

A valorização ou desvalorização da moeda é um processo comparativo que, no caso do Brasil, se espelha no dólar americano para saber os reais impactos econômicos que influenciam a moeda. 

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