Formação de preço para exportação: tire suas dúvidas!

Uma formação de preço para exportação eficaz é essencial para assegurar o crescimento no mercado exterior. Por isso, tirar suas dúvidas é indispensável.

O comércio exterior é um universo que chama cada vez mais a atenção de empreendedores que desejam expandir seus negócios. Entre as muitas dúvidas iniciais está a formação de preço para exportação e sua importância no planejamento da venda.

Trata-se de uma etapa que exige um pensamento estratégico para chegar a valores competitivos e ainda manter uma operação sustentável. Por isso, tomar alguns cuidados é indispensável para garantir o sucesso das transações e gerar bons resultados.

Neste artigo, trazemos importantes aspectos sobre a formação de preço para exportação, mostrando quais são os produtos mais exportados e os principais custos desse tipo de negócio.

Você se interessou? Então, continue a leitura e descubra mais sobre esse assunto!

O que é exportação?

A exportação é a operação de saída de produtos, bens e serviços de um país. Existem vários tipos de exportação que podem envolver desde vendas a casos de doação. Na operação, empresas brasileiras vendem seus produtos para clientes localizados fora do território nacional, independentemente do país.

O Brasil é um grande exportador que se destaca no cenário mundial, especialmente na exportação de produtos da agroindústria, minérios, petróleo e combustíveis. A exportação brasileira está em expansão, devido à evolução e praticidade que o mercado internacional oferece.

O que é preço de exportação?

O preço de exportação é o valor definido pela empresa para comercializar seus produtos ou serviços com os clientes internacionais. A formação do preço para exportação considera os custos, em sua maioria diretos, e a margem de lucro da empresa para estabelecer suas tarifas.

Custos do preço de exportação:

  • diretos: gastos relacionados ao produto, como embalagem, frete, tributação, despacho aduaneiro e outros;
  • indiretos: valores necessários para a produção e operação, como luz e manutenção preventiva;
  • margem de lucro: percentual que a empresa lucrará nas operações.

A precificação para a exportação é um processo feito com base nos custos obrigatórios para chegar a um valor viável para a comercialização. Sendo assim, é um processo que exige atenção e cuidados para evitar perdas e manter a competitividade.

Como elaborar o preço de exportação?

Para formar o preço de exportação de um produto é preciso considerar os custos de produção e agregá-los aos tributos, comercialização, economia e concorrência. É possível também separar os custos de venda no mercado interno e adicionar as despesas de exportação.

No mercado internacional, é fundamental listar todos os itens que vão influenciar na estrutura do preço das mercadorias. Vale destacar que muitos dos fatores que alteram a precificação dos produtos já são utilizados no mercado interno e podem ser aproveitados no cálculo.

1. Levante os custos fixos e variáveis de produção 

Para a transação ocorrer de forma sustentável, é preciso considerar os custos fixos e variáveis de produção da mercadoria. As despesas de fabricação do produto precisam ser calculadas para evitar prejuízos ao caixa da empresa.

2. Adicione a margem de lucro do produto ao cálculo de precificação

A formação de preço deve incluir despesas fixas, variáveis e, inclusive, a margem de lucro do produto que está sendo vendido. É importante considerar que o lucro da empresa deve estar inserido na precificação do seu produto em todas as esferas do mercado.

3. Avalie todas as tarifas para exportar seu produto

Para realizar uma formação de preço competitiva, é preciso avaliar todas as tarifas relacionadas à exportação, como custos com seguro, frete internacional e embalagens. Além disso, ainda existem taxas de armazenamento, taxas portuárias e tributárias para entrar no cálculo do valor real da exportação.

Para saber quem é responsável pelos custos de exportação, é preciso verificar quais são os Incoterms relacionados no contrato. Esses dados definem se os custos serão atribuídos ao cliente ou à empresa, segundo a negociação entre as partes.

4. Identifique os valores de tributos nacionais e internacionais

A operação internacional está sujeita a tributos aplicáveis no país do destinatário, assim como está inclusa no imposto de exportação (IE), por exemplo. O pagamento de tributos é obrigatório para qualquer operação de exportação. Logo, informar-se sobre a tributação nacional e internacional auxilia na precificação do serviço. 

Tarifas nacionais como o IE podem atingir de 9% a 150% do valor da mercadoria e ainda há outras a serem consideradas, como o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Portanto, é necessário avaliar quais os impostos que serão pagos tanto no regime brasileiro quanto no país de destino da mercadoria.

5. Avalie o preço da concorrência para manter o mercado competitivo

Para manter seu preço competitivo, vale a pena comparar com a concorrência para entender onde você se encaixa no mercado. Os dados são cruciais para identificar oportunidades, tornar seu serviço competitivo e otimizar a precificação.

Sendo assim, considere o tipo de produto comercializado e avalie o preço dos concorrentes diretos e itens similares a suas soluções. A pesquisa é muito importante para uma formação de preço para exportação adequada aos objetivos da sua empresa.

6. Tenha uma margem de variação cambial para evitar prejuízos

Para evitar prejuízos e surpresas, é importante considerar uma margem para a variação cambial, isto é, a oscilação de valores entre as moedas da transação. A variação da moeda pode acontecer entre a assinatura do contrato e o pagamento. Assim, com a margem, é possível compensar possíveis altas na cotação e reduzir os riscos de perdas.

A análise da margem de variação pode ser obtida por meio do estudo da economia internacional e tendências de oscilação das moedas estrangeiras. A pesquisa é apoio que ajuda a ter uma maior segurança financeira nas operações comerciais.

Além desses fatores, é importante o gestor ter em mente que o preço dos produtos para exportação é decisivo não só na conquista do mercado externo. Ele também tem influência na permanência da empresa e no volume de negócios.

Dessa maneira, não basta fixar um valor e seguir praticando por longos períodos, você deve sempre rever os custos e adequá-los às mudanças mercadológicas. Afinal, o mercado global passa por constantes variações e sobre inúmeras influências.

Quais são os produtos mais exportados do Brasil?

Os produtos mais exportados do Brasil, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), são:

  1. soja;
  2. óleos brutos, combustíveis e minerais;
  3. minério de ferro;
  4. carne bovina;
  5. celulose;
  6. carnes de aves;
  7. farelo de soja, farinhas de carnes, alimentos para animais;
  8. produtos da Indústria da Transformação;
  9. açúcar.

Esses produtos são enviados principalmente para países como China, Estados Unidos, Argentina, Japão, Chile, Países Baixos, Alemanha e Espanha. A China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, comprando muitos produtos do agronegócio.

Segundo o relatório divulgado pela Organização Mundial do Comércio, em 2018, o Brasil ocupava a 27ª posição entre os países com maior índice de exportação do mundo. Isso significa que o país é um exportador em potencial e está em constante crescimento.

Mesmo com a pandemia, em 2020, a participação das exportações brasileiras continuou significativamente no cenário internacional. Isso se deu, principalmente, em razão da participação do setor do agronegócio, um dos principais setores exportadores do país. A soja, inclusive, é um dos itens que está no ranking dos mais exportados dos últimos anos.

Por que é importante saber como fazer a formação de preço para exportação?

Saber elaborar uma formação de preço de sucesso é importante, pois, após definido, dificilmente ele será alterado a curto prazo. Um bom planejamento e, consequentemente, um bom preço, podem fazer a diferença nos lucros e na imagem da empresa.

Na etapa de planejamento, é fundamental estar ciente da existência de benefícios fiscais e não obrigatoriedade de pagamento de alguns tributos, como ICMS, PIS, IPI e COFINS. Também é fundamental entender da ocorrência de gastos específicos relacionados às operações aduaneiras, despacho, embalagem, armazenagem, taxa de câmbio, entre outros. 

Se você é empresário e está começando a exportar, deve ter em mente que esse processo envolve muito planejamento.

Quais são os riscos da falta de planejamento da formação de preços?

Os principais riscos da falta de planejamento da formação de preços são: perda da margem de lucro, preços acima da média da concorrência e valores que não cobrem os custos. Portanto, esse é um problema grave, que pode implicar no bloqueio da operação no mercado externo, por exemplo. Não estabelecer bases sólidas para a formação do preço pode ter consequências como perda da margem de lucro e uma inviabilização do negócio, por exemplo.

Riscos de não planejar a formação de preços:

  • perda da margem de lucro;
  • prejuízo financeiro;
  • risco de não aceitação do produto no mercado internacional;
  • redução do potencial de competitividade;
  • inviabilização do negócio.

Portanto, investir em um bom planejamento e no conhecimento para a formação de preço para exportação é indispensável para o sucesso do negócio. Esse processo ainda contribui para evitar prejuízos que podem comprometer os resultados e causar sérias complicações.

Em que momento a empresa deve realizar a formação de preço para exportação?

Antes de partir para o mercado internacional e oferecer os seus produtos ou serviços para um cliente em potencial, você precisa definir alguns passos. A formação de preço para exportação deve ser realizada no planejamento inicial para expandir a marca no mercado exterior.

O planejamento de formação de preço deve incluir:

  • avaliação criteriosa das condições de venda;
  • avaliação das operações de logística de entrega da mercadoria;
  • valores praticados pela concorrência;
  • tributações incidentes e de todos os custos associados àquele negócio.

Apenas após entender esses custos você terá condições de fazer a formação do preço para exportação adequado ao seu produto, frente ao cliente final. É preciso que ele seja atrativo, competitivo e contribua para gerar os lucros esperados.

Como a Remessa Online pode ajudar?

Antes de realizar um negócio com o mercado externo é importante analisar questões como câmbio, mercado e custos envolvidos. Um dos custos que você deve considerar é o de envio e recebimento de dinheiro do exterior.

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A formação de preço para exportação é um processo criterioso que precisa ser conduzido com muito planejamento e estudo. Por isso, não deixe de avaliar todos os fatores para chegar a valores compatíveis com o mercado e expectativas.

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Resumindo

O que é exportação?

A exportação é uma operação de saída de produtos, bens e serviços do seu país de origem. É um processo que pode envolver pagamento, como em vendas de produtos e serviços, ou não, como em casos de doação, por exemplo.

Por que a exportação é importante para a economia?

A exportação é uma das grandes responsáveis pela movimentação da economia nacional, promovendo empregos, renda e evolução do país. Em diversos setores de negócio, as operações de exportação representam grande parte da produção e venda de mercadorias. Além disso, ajuda na qualificação técnica de pessoal, no crescimento da indústria e no ingresso de divisas.

Como fazer a formação de preço para exportação?

Para formar preços para exportação você deve considerar: custos de produção, tributos, comercialização, economia, concorrência, entre outros. Na prática, é fundamental listar todos os itens que vão influenciar na composição do preço das suas mercadorias.

Como a Remessa Online pode ajudar a sua empresa?

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