Descubra como conseguir um green card para viver nos EUA

Se você tem interesse em morar nos Estados Unidos, precisará saber como conseguir um green card. Oficialmente chamado US Permanent Resident Card, ele pode ser traduzido livremente como Cartão de Residência Permanente nos Estados Unidos.

Ou seja, o cartão verde é como se fosse um visto de residência permanente no país. Ele concede o direito de viver e trabalhar legalmente em território norte-americano. Mas como será o processo e os requisitos para obtenção do documento?

Neste artigo, você vai saber como conseguir um green card, sua função e de que forma ele se difere da cidadania norte-americana. Além disso, trouxemos um panorama completo sobre morar nos EUA. Então, continue a leitura para saber tudo!

O que é o green card?

O green card é um visto de residência permanente nos Estados Unidos. Isso significa que quem possui um cartão verde, tem o direito de trabalhar e viver em território norte-americano.

Além disso, os cidadãos que o possuem têm acesso à educação, assistência médica e vários outros benefícios oferecidos pelo governo do país.

Entretanto, o green card apresenta algumas regras restritivas. Por exemplo, se o cidadão quiser se ausentar dos Estados Unidos por mais de um ano, ele precisa notificar a imigração do país. Isso porque ele pode perder o direito à residência permanente.

Muito embora ele conceda vários direitos ao cidadão, ele não dá o direito de votar e nem de se eleger a cargo público. Além disso, ele não é um documento vitalício, razão pela qual deve ser renovado periodicamente. Geralmente, a renovação deve ser feita a cada 10 anos.

A longo prazo, quem ganha o green card pode solicitar a cidadania americana. Entretanto, as regras para a sua obtenção são bem rigorosas. Por isso, nem todas as pessoas encaminham o pedido.

Qual é a diferença entre o green card e a cidadania americana?

Uma pessoa só pode ser considerada cidadã americana se ela:

• nascer nos Estados Unidos;
• nascer fora do país, mas ser filha de um norte-americano (pai ou mãe);
• encaminhar um pedido de naturalização.

O green card consiste em um pedido de residência permanente, o que é diferente de um pedido de naturalização. Esse último é um processo demorado, que envolve questões governamentais e até de segurança do país.

Além disso, o requerente do pedido de naturalização precisa permanecer nos EUA durante todas as etapas. Terá também que comprovar que morou no país legalmente, por um período de, no mínimo, 5 anos.

Morar legalmente no país implica em ter um green card. Por isso, algumas pessoas confundem a cidadania com o direito de residência permanente.

Qual é a função do cartão verde?

Basicamente, a função do green card é tornar legal a moradia de um estrangeiro em território americano. Vale destacar que o documento não afeta a cidadania de origem de qualquer pessoa.

Como conseguir um green card?

Para conseguir um green card, as pessoas precisam atender aos requisitos exigidos pelo governo americano. São eles:

• ter um familiar (preferencialmente de primeiro grau) que já seja cidadão americano;
• possuir algum tipo de visto para os Estados Unidos que permita a solicitação do cartão verde. Os mais conhecidos são: visto EB-5, de trabalho (H-1B) e de transferência (L1);
• casar com uma pessoa estadunidense
• ganhar o green card por meio de uma loteria, que é realizada anualmente nos Estados Unidos.

O que é a Green Card Lottery?

Trata-se de uma loteria anual que é organizada e realizada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. Ela tem o objetivo de dar a oportunidade para que 50 mil pessoas possam obter o visto de residência permanente no país.

A grande questão é que esses vistos são reservados para nativos de países que têm uma baixa taxa de imigração para o país, o que não é o caso do Brasil. Por isso os brasileiros não são elegíveis para a Green Card Lottery.

Entretanto, é interessante conhecer algumas curiosidades a respeito da loteria:

• normalmente, o período de inscrição para o sorteio é de apenas um mês. Os inscritos não têm muitas oportunidades de corrigir eventuais erros cometidos na apresentação dos documentos;
• a simples apresentação de formulários incorretos já pode desclassificar o candidato;
• todos os anos, o Departamento de Estado informa quais são os países elegíveis para a loteria. A informação é obtida com base na análise das menores taxas de imigração no país nos últimos cinco anos.

Além desses quesitos, pode participar do sorteio a pessoa que:

• nasceu no país elegível;
• casou com uma pessoa que nasceu nele e tem o mesmo sobrenome dela;
• o pai ou a mãe nasceu no país elegível.

Quais são os direitos e obrigações de quem possui um green card?

Agora que você já sabe como conseguir um green card, é hora de saber seus direitos e deveres. Afinal, o documento também traz consigo uma série de obrigações que devem ser observadas pelo cidadão. São elas:

• pagamento de impostos estaduais e federais;
• registro junto ao Serviço Militar — aplicável aos homens na faixa etária dos 18 aos 25 anos;
• caráter moral;
• morar de fato no país. Ausências superiores a 12 meses podem ser razão para a perda do green card.

Em contrapartida, o visto permanente concede à pessoa o direito de viver e trabalhar em qualquer lugar dos EUA. Além disso, garante a sua proteção nos termos da legislação local, estadual e federal. 

Ele também dá acesso ao sistema educacional e assistência médica e oportuniza o direito de solicitar a cidadania americana. Para esse último, entretanto, é preciso ter transcorrido o prazo de, pelo menos, 5 anos de residência permanente.

Agora que você já sabe como conseguir um green card, vamos falar um pouco sobre os Estados Unidos. Confira a seguir!

Como é morar nos EUA?

Antes de tentar conseguir um green card, é importante saber como é morar nos Estados Unidos para tomar a decisão certa. Afinal, por mais que o país seja de primeiro mundo, existem algumas diferenças culturais, por exemplo, que você deverá se acostumar.

O fato é que os brasileiros gostam de morar nos Estados Unidos e os dados estão aí para provar. Em 2020, era 1,8 milhão do nosso povo morando por lá. Ou seja, entre 2016 e 2020, houve um crescimento de 19%.  Mas o que faz tantas pessoas desejarem morar na terra do tio Sam?

Os benefícios de residir no país considerado de primeiro mundo são muitos e inquestionáveis. Por isso, separamos algumas peculiaridades dos EUA sob aspectos importantes da vida e do dia a dia, como a saúde e a educação. Confira!

Saúde

Uma das principais diferenças que os brasileiros sentem quando mudam para os EUA é no sistema de saúde. No Brasil, temos o Sistema Único de Saúde (SUS). Resumidamente, ele oferece atendimentos gratuitos a todos, sendo brasileiro ou não, em território nacional.

Já nos Estados Unidos, os cuidados médicos são pagos e custam caro. Em 2021, um vídeo viralizou nas redes sociais por mostrar o preço de internação para pacientes com Covid-19 nos EUA.

Segundo o vídeo, se um paciente ficasse quatro meses internado no país, pagaria uma quantia de US$ 2,8 milhões de dólares pelo serviço. É um valor extremamente alto, que pode levar a maioria dos cidadãos comuns à falência.

Por outro lado, existem os planos de saúde, mas são, na sua maioria, particulares. A maneira mais fácil de obter um plano é por meio de uma empresa que ofereça esse serviço aos funcionários. No entanto, grande parte da população não é beneficiada por essa prática, assim como não tem dinheiro suficiente para custear um convênio.

Educação

O sistema educacional norte-americano não deixa a desejar. A divisão das fases é similar ao brasileiro, ou seja, é dividido em quatro etapas:

• preschool (referente ao nosso maternal);
• elementary school (referente ao nosso ensino fundamental);
• middle school ou junior high (parecido com o nosso ensino médio, mas as crianças começam com 11/12 anos);
• high school ( também parecido com o ensino médio brasileiro. É chamado de ensino secundário e realizado entre os 14 e 18 anos).

O sistema de notas é baseado em letras. O “A” está entre as melhores notas, ou seja, acima de 90%, já o “B” acima dos 80%, e assim por diante. Além disso, o calendário escolar é dividido em trimestres (no Brasil, dividimos em semestre). Assim, o ano letivo começa em agosto ou setembro (no outono) e encerra em maio ou junho (verão).

Trabalho

Outro ponto positivo em morar nos EUA são as oportunidades de trabalho. O país continua sendo um dos melhores do mundo em geração de empregos e oportunidades. Isso é o que diz um levantamento recente do Departamento do Trabalho americano.

A busca por uma vida melhor e mais oportunidades é um dos motivos que muitos brasileiros migram para os Estados Unidos. Se você deseja ir para lá com esse objetivo, confira algumas dicas para mandar bem nas entrevistas e ingressar no mercado quanto antes:

• fale inglês fluentemente;
• aja de acordo com as normas do país;
• tenha um bom currículo, nos moldes americanos;
• crie um perfil em inglês no LinkedIn;
• peça indicações de outros brasileiros;
• estude.

Seguindo esses passos, as chances de você conseguir um trabalho aumentam significativamente. Além disso, existem agências de intercâmbios que oferecem o combo estudo e trabalho nos Estados Unidos. Há, também, os programas de parceria entre os países, como o Summer Work Travel (SWT).

Quais são as vantagens e desvantagens de morar nos EUA?

Agora que você entendeu alguns dos aspectos importantes no dia a dia, chegou a hora de avaliar outras vantagens e desvantagens. Assim, você terá condições de avaliar se vale a pena morar no país. Veja!

Vantagens

Para começar o tópico de vantagens, podemos citar a segurança. Alguns países brasileiros, como São Paulo, têm altos índices de violência. Portanto, se você deseja fugir dessa realidade, mudar para os EUA pode ser uma ótima opção.

Outra vantagem que você vai amar é a possibilidade de cancelar serviços facilmente. Enquanto a realidade no Brasil é de dificuldades, nos EUA, após o atendimento da empresa, o cancelamento é imediato.

Não podemos deixar de citar os transportes públicos. Eles funcionam e muito bem! Em algumas cidades dos Estados Unidos, como San Francisco, é possível viver tranquilamente sem carro e depender apenas de trens, metrôs e ônibus.

Por último, como maior economia do mundo, o retorno do investimento feito no país é garantido. Além disso, as oportunidades são maiores e a remuneração é melhor, independente se você trabalha em uma multinacional ou em casa de família.

Desvantagens

Não só de vantagens vive os EUA. Existem algumas desvantagens, e já falamos sobre uma anteriormente: o sistema de saúde. No país, se você precisar dos serviços médicos, pagará uma fortuna. Além disso, os planos de saúde são igualmente caros, o que torna inviável sua contratação.

Outro ponto negativo são os valores dos serviços básicos. Coisas do dia a dia, como fazer a unha, depilação, cortar o cabelo ou a manutenção de uma roupa custa bem caro. Claro que é legal a valorização desses profissionais, que merecem toda a remuneração por seus serviços. Entretanto, na ponta do lápis, esses valores acabam pesando.

Agora, basta você colocar na balança o que mais importa e tomar uma decisão!

Quais são os outros tipos de vistos para ir aos EUA?

Sabia que existem diferentes tipos de vistos para visitar ou morar nos Estados Unidos? A maioria depende da finalidade da viagem. Mas para você entender melhor, vamos mostrar os mais conhecidos e o que significam. Acompanhe!

A-1 e A-2

Esses tipos são para funcionários do governo. O visto A-1 é concedido a embaixadores, diplomatas, ministros, funcionários consulares e seus familiares imediatos. Já o A-2 é concedido a alguns oficiais específicos do governo, funcionários, seus familiares imediatos e sua equipe técnica e de apoio. Para esse último, há um limite máximo de 5 anos e não é possível fazer renovação.

B-1 e B-2

São vistos de não-imigrantes emitido para cidadãos estrangeiros. Ou seja, visitantes que desejam entrar nos EUA por um período temporário (para negócios ou lazer). Os vistos de visitante de negócios B-1 são de curta duração e não devem envolver o emprego local.

C-1 e C-1D

O C-1 é um visto emitido para quem precisa viajar em trânsito imediato e contínuo pelos Estados Unidos, a caminho de outro país.  Nesse sentido, o único motivo para entrar nos EUA deve ser para fins de trânsito, como caminho para outro destino.

Já o C-1 D é emitido para tripulantes (pilotos, comissários de bordo) de linhas aéreas internacionais. Estrangeiros que trabalham em navios de cruzeiro também têm direito.

F-1 e F-2

Vistos emitidos para estudantes estrangeiros matriculados em instituições americanas. O F-1 é para estudantes (normalmente de ensino superior) em tempo integral. Já o F-2 é para cônjuges e filhos de titulares do visto F-1.

H

Vistos destinados a trabalhadores temporários. Eles se dividem em diferentes categorias:

• H-1B: empregos de nível profissional que requerem, no mínimo, um diploma de bacharel;
• H-2A: para trabalho agrícola temporário ou sazonal sob certas condições (quando não há trabalhadores americanos disponíveis para a mesma função);
• H-2B: para trabalho temporário ou sazonal não-agrícola sob certas condições (quando não há trabalhadores americanos disponíveis para a mesma função).
• H-3: para estrangeiros que desejam receber treinamento em campos não disponíveis em seu país de origem (exceto nas áreas de Educação e Medicina);
• H-4: é emitido para familiares imediatos de portadores dos vistos H.

Agora, você já sabe como conseguir um green card e como é morar nos Estados Unidos. Porém, como percebeu, não é qualquer pessoa que tem direito ao cartão verde. Para avaliar qual a melhor opção de visto para o seu caso, é importante consultar o Consulado Geral dos Estados Unidos.

Você gostou deste artigo? Então, aproveite para aprofundar o seu conhecimento sobre as normas estadunidenses, envolvendo a obtenção de documentos. Veja este post sobre o ITIN Number e entenda a função do Número Individual de Identificação do Contribuinte.

Resumindo