Visão Geral
O dólar comercial fechou a terça-feira (15) com variação de 1,3%, valendo R$4,9641, após ter começado o dia cotado a R$4,9000. O Euro fechou o pregão com variação de 0,5%, a R$5,4374, após ter iniciado o dia em R$5,4101.
O dólar iniciou esta quarta-feira (16) cotado a R$4,9608 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,4436. Acompanhe nossa análise diária.
Agenda de hoje
Exterior
06h00 – Zona do Euro – PIB preliminar (2º tri)
06h00 – Zona do Euro – Produção industrial (jun)
10h15 – EUA – Produção industrial (jul)
15h00 – EUA – Divulgação da ata do FOMC
Brasil
08h00 – IPC- S FGV (semanal)
10h00 – Sondagem industrial CNI (jul)
14h30 – Fluxo cambial (semanal)
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
Depois do expressivo resultado vindo do comércio varejista norte-americano, o mercado agora espera por dados da produção industrial, também relativos ao mês passado.
Depois do forte avanço do volume de vendas do comércio varejista reportado no mês de julho, as taxas de juros dos títulos americanos com vencimento em 10 anos subiram e tocaram a máxima em muitos anos, distendendo o movimento de desvalorização da divisa brasileira.
Um resultado acima do esperado na produção industrial pode agudizar ainda mais o movimento e fazer com que o dólar rompa a barreira psicológica dos 5,00 nesta quarta-feira.
Embora reconheçamos que a baixa possibilidade de os dados da indústria surpreenderem positivamente as expectativas, é importante destacar que o desempenho do mercado de câmbio está condicionado, em parte, à esta publicação de hoje.
Por fim, apesar dos atritos políticos entre o Planalto e a presidência da Câmara dos Deputados no Brasil, a cotação do novo arcabouço fiscal deve ficar mesmo para a semana que vem.
A votação do novo marco fiscal e a diminuição do ruído político devem colaborar para que a moeda brasileira reverta, ao menos em parte, o incipiente movimento de desvalorização registrado nos últimos dias.
O mercado deve abrir o dia sem direção à espera dos dados americanos.
Real x Euro
Na Europa, o dia deve ser bastante movimentado depois de os principais índices asiáticos fecharem majoritariamente em baixa nesta quarta-feira.
As ações caíram sobretudo por influência dos dados de preços dos imóveis chineses, que voltaram a ficar no campo negativo no mês de julho depois de uma tímida e incipiente tendência de elevação registrada meses antes.
Há um temor generalizado em torno da saúde do mercado imobiliário da China depois que a construtora Country Garden reportou a inadimplência de dois importantes cupons cujos vencimentos se deram nos últimos dias.
A Country Garden reportou uma dívida estimada em cerca de 200 bilhões de euros e a formalização da sua recuperação judicial nas próximas semanas poderia trazer volatilidade aos mercados nos moldes do que foi visto quando os problemas da Evergrande, a maior construtora do país, vieram à tona.
No que diz respeito aos dados europeus, finalmente uma boa notícia ao grupo do Euro.
A Eurostat divulgou na manhã desta quarta-feira a segunda leitura do PIB relativo ao segundo trimestre. Segundo a agência, os dados endossaram o que havia sido sugerido na primeira prévia: o bloco econômico cresceu 0,6% no segundo trimestre de 2023..
Além do PIB, a Eurostat reportou o crescimento mensal da produção industrial em junho. A variação de 0,5% ficou acima das projeções, que esperavam por um aumento mais modesto, de 0,2%, e da leitura do mês de maio, que havia sido de 0,2%.
A despeito dos bons resultados vindos da Europa, as incertezas em relação à economia chinesa devem fazer com que o mercado de câmbio abra sem direção no Brasil.
Seguimos de olho!