CDI: descubra o que é, como funciona e sua importância

Domine o mundo das finanças entendendo o que é CDI, qual o seu propósito e como ele pode impactar o seu patrimônio financeiro!

O universo financeiro, em especial o bancário, conta com uma lista extensa de termos e siglas. Você os vê no internet banking, nos sites, na bolsa de valores e muito mais. Isso acontece porque eles são empregados para se referir às mais diversas transações realizadas entre pessoas físicas e/ou jurídicas. Um bom exemplo do que estamos falando é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

A questão é que, se por um lado, isso organiza e sintetiza as operações financeiras, por outro gera muitas dúvidas em quem não tem familiaridade ou conhecimento técnico sobre o assunto. Dúvidas essas que dificultam a compreensão sobre as finanças e a economia do país. Por isso, vamos ajudá-lo a ficar por dentro do CDI, qual o seu valor e o que ele representa. Acompanhe!

O que é CDI?

O CDI, Certificado de Depósito Interbancário, é uma taxa de juros que os bancos usam para empréstimos entre eles. Ele também é usado como referência para muitos investimentos, especialmente os de renda fixa, para calcular o rendimento que você pode obter.

Os bancos recorrem a esse título para equilibrar as saídas e entradas de dinheiro das contas que administram e, assim, ter uma balança sem déficits a cada novo ciclo de 24 horas. Essa atividade, inclusive, é uma demanda imposta pelo próprio Banco Central do Brasil (BCB).

O que é Taxa DI?

A taxa DI, que significa Depósito Interbancário, é amplamente usada como referência em investimentos de renda fixa. Ela representa uma média dos custos dos empréstimos entre os bancos, feitos por meio do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), e geralmente segue de perto a taxa Selic, sendo ligeiramente menor, em cerca de 0,10 ponto percentual.

Como funciona o CDI?

O CDI funciona como empréstimos diários entre bancos com juros próximos à taxa básica de juros da economia, como a Taxa Selic no Brasil. Esses empréstimos são de curto prazo, geralmente um dia útil, e não podem ser oferecidos a pessoas físicas. Eles ajudam os bancos a ajustar suas posições financeiras conforme necessário. O CDI também funciona como referência para muitos investimentos no mercado financeiro.

Qual a duração para pagamento do CDI?

A duração para pagamento do CDI é de um dia útil. Quando um banco empresta dinheiro a outro por meio de um depósito interbancário (CDI), o valor é compensado rapidamente na conta do banco solicitante. Esse montante deve ser quitado, acrescido da taxa DI, em até um dia útil.

Isso é fundamental para ambos os lados. Para quem pede emprestado, é útil porque garante que ele tenha dinheiro para encerrar o dia sem nenhuma pendência financeira. Já para quem empresta, assegura que ele reveja rapidamente o montante. Não tendo, dessa forma, problemas pela ausência desse valor no próprio caixa.

O que significa 100% de CDI?

Investimento com rendimento de 100% de CDI significa que ele dará um retorno equivalente à taxa DI durante o período. Seu valor é semelhante ao da Taxa Selic em vigência.

O prazo para resgate afeta os 100% do CDI?

O prazo para resgate não afeta a taxa DI em si. Contudo, um resgate antecipado reduz o seu rendimento total. Para chegar aos 100% dela, é preciso cumprir com o prazo pré-estabelecido que, geralmente, é de um ano ou mais. 

É seguro investir em CDI?

Sim, é seguro investir em CDI. Os investimentos que usam essa taxa como referência têm pouca instabilidade e são assegurados pela garantia ordinária do Fundo Garantido de Crédito (FGC). Além disso, essa modalidade de empréstimo é prevista pelo Banco Central do Brasil e divulgada recorrentemente pela B3 para maiores níveis de transparência nas transações. 

Dada a exclusividade do CDI ser de banco para banco, o investidor não tem acesso direto a ele, independente de ser pessoa física ou jurídica. O que acontece, de fato, no mercado financeiro é que muitos títulos de renda fixa usam como base a taxa DI para definir a rentabilidade do investidor. Ou seja, justamente a categoria que concentra as modalidades mais seguras e previsíveis de ganho.

Portanto, investir em CDI significa, na verdade, investir em algum fundo indexado ao CDI. É um processo que é, essencialmente, indireto, mas que traz resultados da mesma forma.

Investimentos que usam a taxa DI como referência

• Certificados de Depósito Bancário (CDB);
• Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
• Fundos de Renda Fixa.

Esse é um aspecto que torna eles bem mais atrativos para quem quer fazer o dinheiro render e aumentar o patrimônio. Afinal de contas, há liquidez diária assegurada e a taxa em questão equipara-se à taxa Selic. 

Qual é o risco de investir no CDI?

O risco de investir no CDI é bastante baixo, mas ainda existe no mercado financeiro. Isso porque é possível que a instituição solicitante do depósito bancário não honre com o pagamento dele. Como resultado do calote, a instituição cedente acaba com prejuízo e isso reverbera nos fundos que estão indexados à taxa DI. Ou seja, há um efeito dominó que chega até o investidor pessoa física.

O que rende mais: CDI ou poupança?

O CDI rende mais que poupança. Isso porque a taxa DI se mantém quase sempre nivelada à taxa Selic.

Qual a vantagem do CDI?

Entre as vantagens do CDI estão a maior rentabilidade, o potencial de liquidez diária, a diversidade de fundos atrelados à taxa DI e a segurança para você fazer aportes de quantias altas.

A rentabilidade, por exemplo, está diretamente relacionada ao acumulado da taxa DI durante o ano. Quanto mais alta ela se mantém, mais retorno você tem. É diretamente proporcional. Lembrando que ela facilmente fica acima da poupança.

A liquidez diária se refere à possibilidade de, a depender do tipo de fundo, você fazer resgates de forma simplificada e com compensação imediata na sua conta. Os investidores que alocam seus recursos em opções que apresentam essa particularidade não estão sujeitos a aguardar uma data fixa para efetuar o resgate de seus investimentos.

A variedade de fundos com base no CDI diz respeito à gama de opções para quem quer investir. Você pode ir do CDB e do LCI até as debêntures, por exemplo. Isto é, aqueles títulos gerados por organizações que precisam de recursos financeiros. Os objetivos são diversos, como mudanças de negócio, expansão de produtos/serviços ou realização de projetos.

Já a segurança, por sua vez, envolve o Fundo Garantidor de Crédito, que cobre as alternativas de renda fixa. Ou seja, justamente aqueles que usam como referência a taxa DI.

Qual a desvantagem do CDI?

A desvantagem do CDI está atrelada à evolução da taxa DI, que pode ficar muito baixa se a Selic cair, ao limite do FGC de R$ 250 mil e às regras impostas por bancos que preveem taxas e multas elevadas em caso de resgate antecipado. 

Esses três pontos podem trazer preocupação para o investidor, principalmente o iniciante. Porém, podem ter o impacto facilmente contido se você se informar a respeito e acompanhar as atualizações sobre o CDI. 

Quanto ao valor dos investimentos, é possível mantê-los dentro do limite do Fundo Garantidor de Crédito, por exemplo. Já se o intuito é, de fato, aportes em valores substanciais, uma boa alternativa é levantar o histórico da instituição financeira.

Assimilando os principais pontos sobre o CDI

O CDI cumpre um papel crucial no mercado financeiro, garantindo que as instituições bancárias mantenham o equilíbrio dos próprios recursos. Porém, não é só isso, que elas sigam capazes de gerenciar e efetivar todas as transações de entrada e retirada de dinheiro que os clientes solicitam ou agendam, incluindo os próprios investimentos.

Como resultado disso, o CDI traz impacto direto para as diferentes modalidades de aplicações oferecidas pelos bancos. Afinal, a taxa contribui para torná-las mais ou menos acessíveis e rentáveis aos brasileiros. Por isso, é fundamental entender a dinâmica de funcionamento desse título e como acompanhar o cálculo da taxa DI.

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