As decisões da super quarta impactam a economia do Brasil e dos EUA em diversos aspectos, inclusive, sob a perspectiva dos investimentos.
Você deve ter notado no noticiário que a economia brasileira atravessa um momento complexo marcado pela alta dos juros e menor poder de compra, mas isso não se restringe apenas ao Brasil, nos Estados Unidos, o cenário é bem semelhante, ambos países enfrentam alta na inflação.
Nesses países, é comum que órgãos responsáveis pelas decisões monetárias se reúnam para definir os rumos da economia, essas decisões que impactam a sociedade são tomadas em reuniões e uma das mais importantes é a super quarta. Mas afinal você sabe o que é?
Neste artigo você vai entender mais sobre um tema acompanhado com atenção pelos investidores e que impacta a vida de milhares de pessoas, confira!
O que é a super quarta?
A “super quarta” é o nome utilizado quando Bacen e o Fed e divulgam as taxas de juros de Brasil e Estados Unidos no mesmo dia, em uma quarta-feira. Em diversos momentos, os eventos do Brasil e EUA coincidiram, reforçando a origem da expressão
As decisões tomadas nestes encontros no Brasil são de responsabilidade do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e nos EUA do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, que impactam a economia de ambos países, já que implicam em decisões de política monetária.
Super quarta no Brasil
No Brasil, é esperado que o Copom eleve a taxa Selic para 13,25% ao ano. Em pouco mais de 1 ano, a taxa Selic bateu novos recordes e saltou de 2% para 12,75% ao ano e as projeções do mercado indicam que o Banco Central continuará elevando os números.
Os últimos meses foram marcados por aumentos em diversos setores, a população brasileira de maneira geral notou essa alta nos preços da conta de luz e nos itens de ordem básica no supermercado.
A percepção da população é unânime, os preços não param de subir e isso está datado no aumento dos principais indicadores da taxa básica de juros conhecida como Selic.
Em março de 2021, o Copom começou a subir a Selic, colocando a economia brasileira como uma das primeiras dentre as maiores do mundo a iniciar um ciclo de alta de juros para combater a inflação, em geral, com cenários bem semelhantes aos de outros países.
Em pouco mais de 1 ano, a taxa Selic bateu novos recordes e saltou de 2% para 12,75% ao ano e as projeções do mercado para reunião do Copom indicam que o Banco Central continuará elevando os números.
Confira a agenda das próximas reuniões do Copom e fique ligado nas atualizações das próximas reuniões.
Super quarta no mundo
O Fed sinalizou abertamente que pretende subir os juros em 0,5 p.p. tanto em junho quanto em julho. O foco, portanto, deve ser em possíveis atualizações nessas projeções, englobando agora a reunião que acontecerá em setembro.
Apesar dos EUA também registrarem uma alta no aumento de juros, o cenário ainda é um pouco diferente do Brasil. O Federal Reserve (Fed) que atua como uma espécie de Banco Central norte-americano é o responsável por comunicar as decisões econômicas.
No Brasil, os juros sobem há pouco mais de 1 ano de forma gradativa, nos Estados Unidos o ciclo atual de elevação de juros começou em março de 2022. Os juros subiram do intervalo de 0% a 0,25% para 0,75% e 1% ao ano, entretanto, a inflação se mantém no maior nível das últimas quatro décadas.
Assim como no Brasil, o desafio do Fed é tentar controlar a inflação que afeta o poder de compra de milhares de pessoas e consequentemente diversos setores da economia.
Como os EUA são um dos principais exportadores do mundo, o segundo ficando atrás apenas da China, indiretamente, os impactos na economia norte-americana afetam países como Brasil.
O que esperar do Fed?
Na reunião desta quarta-feira, 15 de junho, a discussão deverá ser conduzida por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o esperado por grande parte dos economistas é que ele use um tom mais duro diante do cenário que os EUA enfrentam.
Diante do contexto de maior pressão inflacionária, o presidente da autoridade monetária do país poderá endurecer o discurso e mudar o tom, sinalizando apertos adicionais para os próximos meses.
As correções nos últimos dias nas bolsas de valores globais refletem justamente a precificação deste movimento. O Fed precisa colocar a economia americana mais próxima da recessão se quiser controlar a inflação.
Reunião do Banco Central Europeu e os impactos econômicos
A pressão sobre os bancos centrais não se restringem apenas ao Brasil e aos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, 15 de junho, o Banco Central europeu (BCE) convocou uma reunião extraordinária para discutir as condições atuais de mercado.
O encontro ocorreu a menos de uma semana da última decisão de juros do BCE, que manteve as taxas atuais em patamares altamente estimativos a despeito da maior inflação da história da Zona do Euro.
Na quinta-feira passada, 9 de junho, o Banco Central europeu também atualizou as perspectivas de crescimento do bloco para baixo e como esperado também sinalizou a elevação na inflação, além de ter previsto duas altas de juros até setembro de 2022.
Cenário econômico mundial, o que esperar?
As economias mais importantes do mundo estão em alerta, mas ao que tudo indica os juros continuarão em alta aumentando a inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e Europa.
Fique antenado nas principais movimentações da economia acessando o blog da Remessa Online.
FAQ
É o termo utilizado no mercado financeiro para definir as reuniões de órgãos que definem a política monetária como Copom no Brasil, BCE na Europa e Fed nos Estados Unidos.
É importante por reunir informações decisivas para a economia em diversos níveis.