Glossário do investidor: entenda os termos usados no mercado financeiro

Uma das dificuldades de quem começa a investir é compreender todos os termos do mercado financeiro. Com a variedade de investimentos disponíveis e regras aplicáveis, é comum que surjam dúvidas e algumas confusões ao interpretar as informações.

Você já pensou em ter um glossário do investidor? Neste post, preparamos uma lista com os termos mais utilizados e que mais geram dúvidas entre investidores. Continue a leitura e aprenda mais sobre o mercado financeiro!

A importância de conhecer os termos do mercado financeiro

Estudar as opções de investimento nem sempre é uma tarefa fácil. Para quem não atua no mercado financeiro, muitos termos geram dúvidas pela falta de conhecimento sobre seu significado. Com isso, acompanhar notícias ou ler materiais sobre o assunto pode se tornar uma tarefa bem difícil.

Esse é o primeiro motivo para conhecer os termos do mercado financeiro: conseguir compreender e interpretar as informações é essencial para a sua jornada. Ainda, sem conhecer os termos e a linguagem do mercado, o investidor pode ter dificuldades para encontrar as melhores oportunidades para investir.

Um glossário do investidor é uma ótima ferramenta para começar essa jornada de aprendizado. Com ele, você tem acesso aos principais termos e seus significados, o que ajudará a compreender as informações do mercado. Com isso, também há mais chances de ter sucesso em suas estratégias ao investir.

Glossário do investidor: veja os principais termos usados

O mercado financeiro conta com uma linguagem bem específica, então um glossário do investidor seria bastante extenso. No entanto, existem alguns termos que são recorrentes e podem gerar mais dúvidas para quem está iniciando a jornada.

A seguir, preparamos uma lista com os principais conceitos e seus significados. Acompanhe!

Alavancagem

Alavancagem é uma prática bastante utilizada na renda variável, quando o investidor conta com recursos que não lhe pertencem para conseguir realizar as operações ou investimentos desejados.

Uma forma de fazer isso é com o aluguel de ações, que permite a realização da venda a descoberto, que amplia as oportunidades de ganho, possibilitando lucros mesmo diante de cenários de queda. As operações de Day Trade e no mercado futuro também podem ser feitas com alavancagem. 

Ativos

O termo ativo é bastante associado aos bens ou direitos que pertencem a pessoas ou empresas. Por outro lado, os passivos indicam as obrigações financeiras e dívidas. 

No entanto, quando se trata do mercado financeiro, os ativos podem se referir aos investimentos em renda variável, como:

  • Ações;
  • Fundos de Investimentos;
  • Derivativos;
  • Commodities.  

Benchmark

O benchmark é um conceito essencial em qualquer glossário do investidor. Ele representa o que é padrão em determinadas práticas ou as metas. Por exemplo, o CDI é utilizado como referência para diversas aplicações de renda fixa. Nos investimentos em ações, o Ibovespa costuma exercer esse papel. 

Outra aplicação do termo é nos fundos, que podem indicar qual é o benchmark do gestor, ou seja, qual é o desempenho esperado. Com ele bem definido, depois será possível fazer uma comparação dos resultados para entender qual foi a performance dos seus investimentos. 

BDR

O BDR é o Brazilian Depositary Receipts, ou recibos depositários brasileiros. Essa modalidade de investimento permite investir em ações estrangeiras de maneira indireta, ao adquirir certificados que representam os papéis das companhias de outros países. 

Ele é bastante utilizado por investidores que estão iniciando suas atividades no mercado exterior e podem ser negociados pela bolsa de valores. 

Câmbio

Normalmente, quando se recebe alguma informação ou dado a respeito de câmbio, ele se refere à cotação de determinada moeda estrangeira em comparação ao real. Mas quando se trata de investimentos, o conceito pode se referir às operações de câmbio utilizadas como estratégia que visa obter lucros com a oscilação das moedas. 

Day Trade

As operações de trade ganham cada vez mais destaque quando se fala em especulação, que é feita com foco em ganhos em curto prazo e com maior risco. Uma das maneiras mais conhecidas de fazer isso é com o Day Trade, que trata de negociações de curtíssimo prazo: a compra e a venda dos ativos é feita durante o mesmo pregão.

Todas as operações são concluídas no mesmo dia, finalizando todas as suas posições dentro da bolsa de valores no mesmo dia útil. Por causa disso, os lucros são obtidos em minutos ou horas, seguindo as oscilações que acontecem em um mesmo dia. 

Debêntures 

As debêntures são títulos de renda fixa. Ela segue o padrão de outros títulos de funcionar como um empréstimo. Porém, em vez de ser feito ao Governo, como no Tesouro Direto, ou às instituições financeiras, como nos Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) ou do Agronegócio (LCAs), ele é feito para empresas.

As Sociedades Anônimas são autorizadas a emitir os títulos, mas eles só são ofertados ao público em geral quando a companhia é de capital aberto e autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários.

Aqui, há um maior potencial de rentabilidade, já que as empresas pagam juros maiores do que os oferecidos pelas instituições financeiras aos investidores. Porém, também existem mais riscos, já que você dependerá do pagamento feito pela empresa e não conta com garantias como a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito. 

Derivativos

Os derivativos são investimentos que não são realizados diretamente em um ativo, mas em um contrato que deriva de determinado produto financeiro. Assim, ele envolve contratos entre dois investidores que determinam os termos da transação e uma data em que ela será concretizada. Por isso, o conceito tem uma relação direta com o mercado futuro.

Desdobramento

Também conhecido como split, ele se refere a quando uma empresa decide aumentar o número de ações no mercado sem aumentar o percentual do capital que é aberto. Para isso, ele divide as ações existentes, o que faz com que o valor individual caia, mas pode aumentar o volume de negociações.

Por exemplo, uma empresa que tem 100 ações disponíveis e deseja ter 1.000, sem emitir novos papéis, poderia dividir cada uma em 10 ações. O preço individual das mesmas seguirá a proporção indicada. 

ETF 

ETF é a sigla para Exchange Traded Funds. Tratam-se de fundos de investimentos atrelados a um índice. Dessa maneira, ele busca trazer um desempenho semelhante ao do indicador escolhido. É possível investir em fundos que tentam espelhar o Ibovespa, como o BOVA11.

No Brasil, o número de ETFs é limitado, mas há uma grande variedade nos Estados Unidos. Por meio dele, é possível ampliar as alternativas de investimento e explorar o potencial de diversos mercados do mundo. Isso porque é possível encontrar fundos atrelados a indicadores de diferentes países. 

FGC

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma instituição privada e autônoma que oferece proteção aos depósitos e investimentos nas instituições financeiras associadas. Ele cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada instituição financeira ou conglomerado. Assim, o investidor fica protegido em caso de falência ou intervenção no banco.

Ainda, há um limite de R$ 1 milhão para os resgates feitos que se renova a cada 4 anos. Veja um exemplo: um investidor precisou da cobertura para receber R$ 200 mil no banco A. Depois, solicitou mais R$ 150 pela falência do banco B.

Mesmo sendo um total de R$ 350 mil, todo o valor pode ser coberto porque são instituições financeiras diferentes, que não compõem um conglomerado. Porém, a soma dos resgates feitos no período de 4 anos não pode ultrapassar R$ 1 milhão. Os principais investimentos que contam com essa proteção são os CDBs, as LCIs e as LCAs.

Grupamento

O grupamento é o inverso do desdobramento. Aqui, a empresa transforma um grupo de ações em apenas uma, que terá um valor mais alto. Isso normalmente acontece para valorizar o valor dos papéis, já que existem casos em que o baixo custo pode se tornar prejudicial. 

IPO

O Initial Public Offering, ou oferta pública inicial de ações, acontece quando uma empresa abre o seu capital, passando a negociar os papéis na Bolsa de Valores. Ainda, o termo IPO é aplicado em fundos de investimentos, quando acontece a primeira negociação das cotas. 

Para os investidores, ele pode trazer oportunidades de alto potencial de lucro. Porém, como não há muitos dados do mercado para avaliar sobre as ações negociadas, também há maior imprevisibilidade e riscos. 

Home Broker

Home Broker é o nome utilizado para falar da plataforma digital que permite a negociação de diversos ativos utilizando a internet. A ferramenta é disponibilizada pela corretora, viabilizando o contato com o cliente e com a bolsa de valores.

Por isso, existem diversas plataformas disponíveis no mercado, então vale a pena entender as funcionalidades disponíveis na ferramenta da instituição financeira escolhida. Isso pode influenciar na sua escolha sobre onde manter os seus investimentos. 

Marcação a mercado

A marcação a mercado é um termo importante quando se fala na carteira de investimentos. Basicamente, ele faz com que o valor de mercado reflita no valor dos seus investimentos, demonstrando quanto os investidores estão dispostos a pagar por determinado ativo.

Inclusive, ela pode influenciar títulos de renda fixa, especialmente o Tesouro Direto. Nos títulos prefixados e nos híbridos, o investidor garante a liquidez da aplicação, já que o governo se compromete com a recompra. 

Contudo, o valor considera a marcação a mercado, ou seja, o valor do ativo naquela data. Com isso, ele pode ter um preço inferior, gerando perdas. 

Liquidez

A liquidez trata da facilidade e a velocidade em que o investidor conseguirá transformar os seus títulos ou ativos em dinheiro. Quando há alta liquidez, o processo é mais simples, evitando perdas financeiras pelo baixo volume de buscas pelo investimento que possibilite a venda.

Por isso, ela também costuma afetar a rentabilidade e o risco. A alta liquidez pode trazer um rendimento limitado ou altos riscos. Por outro lado, ativos com baixa liquidez podem ter um potencial maior de retorno. 

Rentabilidade

A rentabilidade se refere ao retorno que um investimento trará ao investidor. Ela é representada por um percentual que traduz o total que foi ganho pelo investidor em um determinado período. Por exemplo, em uma aplicação de R$ 100, que retornou R$ 110, a rentabilidade foi de 10%.

Em investimentos com alto risco, a rentabilidade pode ser negativa. Ainda, é preciso considerar a rentabilidade real e o lucro real. No primeiro caso, ela considera a inflação para determinar se houve real valorização do ativo. No segundo caso, a ideia é determinar qual foi o ganho total, considerando a inflação e descontando todas as taxas e impostos.

Spread

O spread traz a diferença entre a rentabilidade de duas operações. O termo é bastante usado em operações bancárias, refletindo a diferença entre o custo da instituição na captação de recursos e a cobrança feita ao cliente que contrata o serviço. 

Na bolsa de valores, ele apresenta a margem bruta de lucro obtida em uma operação. De maneira simplificada, ele é calculado pela diferença entre o melhor preço de venda e de compra. Portanto, ele tem influência em praticamente todos os ativos e derivativos disponíveis

Swing Trade

O Swing Trade é outra estratégia para especulação. Nesse caso, as operações acontecem com um prazo um pouco mais curto, como alguns dias, semanas ou, até mesmo, meses. Tudo dependerá dos resultados das análises realizadas pelo especulador a fim de encontrar as melhores oportunidades e concretizar os lucros esperados. 

Porém, o foco ainda é um prazo mais curto, focando no ganho com a valorização dos ativos para a venda. Nos investimentos em longo prazo, apesar de o potencial de ganho em uma venda ser interessante, é mais comum manter o foco nos dividendos. 

Ticker

O ticker é o código utilizado para identificar as operações na bolsa de valores, permitindo entender a origem e características de ações, fundos, derivativos e outros investimentos. Formado por letras e números, a pesquisa do ticker consegue trazer informações importantes, como empresa responsável, tipo, ativo, entre outros.

Ao ler sobre indicações de investimentos ou comparações de desempenho, é bastante comum que eles sejam referenciados pelo código. Por isso, vale a pena entender como ele funciona para saber como aprofundar as suas pesquisas. 

Outras dicas para ter sucesso no mercado financeiro

Além de se familiarizar com os termos do mercado financeiro, vale conhecer as melhores práticas para potencializar a rentabilidade de seus investimentos. A nossa dica de ouro para quem investe ou pretende investir no exterior é contar com a Remessa Online.

Pela plataforma, você consegue enviar dinheiro para a corretora de valores e receber os rendimentos ou resgates. Tudo isso pela internet, com toda a segurança necessária e taxas mais atrativas para garantir economia e aumentar o lucro real de seus investimentos.

Curtiu o nosso glossário do investidor? Agora que você já conhece os principais termos do mercado, esperamos que você tenha mais facilidade para absorver as informações sobre investimentos e tomar as melhores decisões para a sua carteira.

Se você busca as melhores oportunidades para potencializar seus rendimentos, faça o seu cadastro na plataforma Remessa Online e tenha mais facilidade nas transações internacionais!

Resumindo

Qual a importância de conhecer os termos do mercado financeiro?

Conhecer os termos do mercado financeiro ajudará na compreensão de notícias e materiais sobre o tema, possibilitando melhores decisões para o investidor. 

Como pesquisar termos do glossário do investidor?

Preparamos uma lista em ordem alfabética com os principais termos, que você conferiu acima. Ainda, é possível fazer cursos e encontrar materiais complementares para aprender mais sobre outros termos.

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