A volatilidade é um termo comum no mercado financeiro, que retrata as altas e baixas dos investimentos. Ela torna as aplicações financeiras mais arriscadas, mas também permite obter ganhos expressivos. Basta saber usá-la a seu favor!
Aí está o X da questão. Afinal, muitas pessoas têm dificuldade de usar a volatilidade nos investimentos e acaba tendo prejuízos significativos. Mas por que isso acontece?
Existem vários fatores. O pouco conhecimento sobre o mercado e a alocação do dinheiro em aplicações diferentes do seu perfil de investidores são dois motivos. Entretanto, ainda tem mais.
Nesse sentido, esses e outros aspectos serão demonstrados ao longo deste post. Que tal saber mais e aumentar suas chances de sucesso?
Continue a leitura para descobrir tudo isso!
O que é volatilidade?

A volatilidade é definida pelo Dicionário Michaelis como “medida da estabilidade de um índice econômico ou do preço de uma ação, título ou mercadoria”. Um sinônimo dessa palavra seria oscilação.
Apesar de ser aplicável a diferentes setores, estamos falando aqui da volatilidade no mercado financeiro. Nesse cenário, o termo se refere à frequência e à intensidade das mudanças no preço de um ativo em determinado período.
Ao observar a modificação histórica no valor de um ativo, é possível ter uma ideia do que pode acontecer no futuro. Entretanto, aqui é importante lembrar de que dados passados não garantem o futuro.
De toda forma, é uma boa estratégia fazer essa avaliação para saber quando é o período certo para arriscar. Assim, quando for identificado que um ativo é muito volátil, você já sabe que precisa tomar mais cuidado.
Por isso, a volatilidade e o risco estão diretamente relacionados. Quanto maior for a oscilação de um papel, mais ele é indicado para investidores arrojados.
O que significa dizer que um mercado é volátil?
Considerando que a volatilidade é uma variável que indica a frequência e a intensidade que um ativo varia em um dado período, um mercado volátil consiste em um cenário onde há uma grande instabilidade de preços.
Isso quer dizer que nele os preços não conseguem se manter estáveis, ou seja, em um mesmo patamar por um considerável período. Portanto, eles oscilam em um curto espaço de tempo. Essa variação, entretanto, pode ser tanto crescente como decrescente.
Como a volatilidade funciona?
Para medir a volatilidade nos investimentos, é preciso fazer um cálculo específico. Ele avalia a remuneração diária de um ativo em determinado período para definir o seu desvio padrão médio.
O resultado é uma porcentagem que representa a oscilação da aplicação financeira. É importante que todos os investimentos sofram impactos dessas mudanças de preço.
No entanto, alguns estão mais suscetíveis do que outros. Portanto, há uma mudança da força da variação. Ainda assim, esse conceito é pouco verificado na renda fixa, já que sua influência é significativamente menor.
Nesse sentido, ela é mais importante para a renda variável. Nesse caso, é preciso fazer uma análise para identificar o nível de volatilidade do ativo. Essa avaliação será a técnica, se o seu objetivo for o investimento em curto ou médio prazo.
Por outro lado, se quiser fazer uma análise de longo prazo, o ideal é adotar a análise fundamentalista. Em qualquer um dos casos, a diversificação é sempre a melhor estratégia. Com ela, você aumenta seu potencial de retorno ao mesmo tempo que diminui o risco corrido.
Quanto mais volátil um investimento, mais ele rende?

Quem decide entender mais sobre a volatilidade, precisa saber, antes de mais nada, que ela não significa, necessariamente, que a performance de um investimento e o seu rendimento serão melhores ou piores.
Isso porque pode acontecer de um investimento que variou muito ter, ao final de um certo período, um rendimento maior do que um que se manteve com mais estabilidade. Do mesmo modo, um investimento mais estável pode apresentar resultados melhores do que um que oscilou bastante.
Não existe uma regra. Isso porque o rendimento depende de outras variáveis, como o cenário econômico e político do Brasil e do mundo à época. Por isso, convém relembrar, que a volatilidade apenas indica se o rendimento de um determinado investimento apresenta mais ou menos probabilidade de oscilar através de estimativas.
Como ela impacta os investimentos?
Como estamos falando até aqui, a volatilidade tem tudo a ver com o mercado financeiro. Ela está relacionada ao risco e é diretamente proporcional a ele. Ou seja, quanto maior ele for, maior é o seu potencial de lucro.
Por esse motivo, esse conceito tem uma aplicação mais clara na renda variável, que é imprevisível. Nesse mercado, existem duas situações:
- Ativos que valorizam menos, mas têm um histórico de rentabilidade positiva no longo prazo;
- Ativos que oscilam de forma negativa em alguns meses, mas superam muito o seu benchmark em outros. Nesse caso, existem oportunidades de curto prazo, em que você poderá ter um desempenho bem superior à média.
Como calcular a volatilidade?
Possivelmente, você já deve estar querendo saber como é possível calcular a volatilidade de um investimento, não é verdade?
Por isso, saiba que existem três etapas para realizar esse cálculo: média de variação, variância amostral e desvio padrão.
1. Média de variação
Para calcular a média de variação, que é a primeira etapa do processo, você precisa determinar o período em que analisará a volatilidade e, em seguida, somar as variações e dividir pelo número total de períodos.
Exemplo: imagine que você deseja calcular a volatilidade de um ano da Ibovespa. Então soma-se a variação de cada um dos 12 meses e divide-se o resultado por 12.
2. Variância amostral
Agora vamos calcular a variância amostral, que permite a identificação da flutuação normal do ativo.
Para realizar o cálculo, encontre a diferença entre a variação de cada mês e a variação média (obtida na etapa anterior). Eleve o resultado de cada uma das contas ao quadrado.
Em seguida, some todos os resultados de cada um dos 12 meses (que é o que estamos considerando aqui, mas pode ser qualquer quantidade de meses, depende do período que você definir).
Agora divida o total encontrado pelo número de períodos subtraído de 1 (no nosso caso seria 11).
3. Desvio padrão
Para essa terceira parte, precisamos achar o valor do desvio padrão, que indica a variação do mercado. Para encontrá-lo, ache a raiz quadrada do valor da variância amostral (obtida na etapa anterior).
Some o resultado obtido da raiz quadrada à variação média. E, em uma outra conta, subtraia o resultado obtido da raiz quadrada pela variação média.Assim você terá dois resultados, o que significa que a volatilidade do investimento oscila entre esses dois valores.
Quais são os tipos de volatilidade nos investimentos?

Para entender bem esse conceito e sua aplicação no mercado financeiro, é preciso saber que existem diferentes tipos de volatilidade. As principais são:
Volatilidade cambial
Está relacionada às movimentações ocorridas nas taxas de câmbio. De modo geral, ela é determinada pela variação do dólar. Afinal, a moeda americana é a referência para a maioria das negociações.
Com isso, os investidores e as empresas que dependem da sua cotação ou que negociam contratos de exportação são impactados. Devido a suas características, a volatilidade cambial estimula a expectativa inflacionária.
Isso acontece porque muitos produtos, insumos e matérias-primas são importados. Assim, é um tipo de oscilação que impacta toda a economia internacional.
Volatilidade implícita
Calcula a previsão de oscilação de preços de um ativo no futuro. Chega-se ao resultado a partir das informações do preço subjacente no mercado futuro ou de derivativos. Também é comum no mercado de opções.
Volatilidade histórica
Consiste no desvio padrão anualizado. Para determiná-la, é preciso multiplicar o desvio padrão pela raiz quadrada do tempo. O objetivo é saber quando a cotação fica longe da média.
Esse é um cálculo útil para definir, por exemplo, os níveis de sobrevenda ou sobrecompra no mercado de ações. Também ajuda a determinar os stops e a definição de alvos.
Vale a pena destacar que a volatilidade histórica já é conhecida no mercado. Por isso, não é preciso fazer cálculos complexos. Basta utilizá-la como referência de expectativa.
Volatilidade real
Também chamada de futura, é calculada pela cotação do ativo subjacente no mercado futuro. Ela representa a variação verdadeira ocorrida no preço do título. Por isso, assim que é conhecida, transforma-se em volatilidade histórica.
Quais são os ativos com maior volatilidade?

Depois de tantas informações, seria interessante descobrir quais são os ativos com maior volatilidade, ou seja, que oferecem mais oscilação, não é verdade? Por isso listamos os principais!
- Ações: o valor de uma ação varia conforme a oferta e demanda, o que, consequentemente, a faz sofrer grandes e rápidas oscilações.
- Fundos imobiliários: embora tenham uma volatilidade menor quando comparados aos outros, sua variação pode ser considerável a depender da situação econômica nacional, por exemplo.
- Moeda estrangeira: em razão dos cenários políticos, as moedas estrangeiras, como o dólar e o euro, sofrem grandes oscilações em curtos períodos de tempo.
- Contratos de mercado futuro: o investidor adquire contratos que envolvem mercadorias que serão negociadas futuramente. Ou seja, após um determinado período, os valores podem ter sido alterados significativamente.
Quais são os riscos da volatilidade nos investimentos?
A oscilação nos preços dos ativos provoca riscos. Muitas vezes, é possível ganhar bastante. Em outras, a perda é muito significativa. Por isso, é necessário saber que sempre haverá volatilidade.
Apesar disso, os dois conceitos não são equivalentes, eles apenas andam de mãos dadas. No caso da renda fixa, você sabe o que vai ganhar na data de vencimento.
Pode ser um percentual predeterminado ou a variação de um indexador, como a Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Na renda variável, acontece o contrário.
Nesse caso, vários aspectos interferem na oscilação do preço de um ativo. Por exemplo, em uma ação, a informação sobre o balanço de uma empresa pode fazer a cotação aumentar ou diminuir.
Por sua vez, um fundo de investimento segue um benchmark. Se for o Ibovespa, por exemplo, uma variação desse indicador pode fazer os resultados do fundo ficarem acima ou abaixo do esperado.
Assim, a volatilidade ajuda o investidor a identificar o potencial de perdas ao alocar seu dinheiro em determinado ativo. Dentro desse conceito, os principais riscos corridos por um investidor são:
- Volatilidade da cotação: o preço do ativo pode mudar a qualquer momento. No caso da renda fixa, a remuneração permanece igual, mas o preço pode variar;
- Volatilidade da rentabilidade: o retorno pode ser modificado a qualquer momento. Para as ações, a variação da cota é a mesma do rendimento;
- Volatilidade da empresa: relaciona-se ao emissor do papel devido à possibilidade de falência.
Como usar a volatilidade a favor?
A melhor forma de alcançar esse patamar é entender como o mercado financeiro funciona e o que as oscilações de preço dos ativos representam. Essa pode ser uma tarefa difícil, mas que se torna mais fácil com o passar do tempo.
O foco deve ser a educação financeira. Somente dessa forma é possível traçar estratégias específicas e evitar imprevistos. Nesse contexto, vale a pena tomar alguns cuidados, como:
- Investidores de curto prazo tendem a sofrer mais com a volatilidade;
- Investidores de fundos podem resgatar seu capital, se os ativos sofrerem uma queda considerável. Com isso, pode haver dificuldade na sobrevivência do fundo;
- O índice de Sharpe é o melhor indicador para verificar se a volatilidade compensa o investimento. Ele traz a performance histórica do ativo para tomar a decisão mais adequada;
- Diversificação ainda é a regra de ouro dos investimentos, tanto para combater os efeitos da volatilidade quanto para aumentar o seu potencial de retorno.
Todas essas regras também valem para investimentos realizados no exterior. Nesse caso, além de fazer a análise, lembre-se de contar com uma plataforma de transferências internacionais.
De que modo podemos analisar a volatilidade de um ativo?

Para analisar a volatilidade de um ativo, além de realizar os cálculos que já te ensinamos, é possível acionar os índices Beta e Sharpe também.
Nesse sentido, o índice Beta pode ser utilizado na análise fundamentalista, já mencionada neste artigo. Sua aplicação mensura a sensibilidade de um ativo em relação ao índice de referência do mercado, como o Ibovespa.
Enquanto isso, o índice Sharpe é um indicador que se baseia no histórico do investimento, sendo comumente usado para avaliar fundos e carteiras. Quanto mais alto ele for, melhor a relação de risco e retorno do investimento.
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Conclusão
Como vimos, a volatilidade é um importante indicador para quem deseja investir e obter bons rendimentos. Isso porque ela contribui para que você possa tomar a decisão mais acertada com relação ao investimento que deseja realizar.
Nesse sentido, saiba que se seus investimentos forem realizados no exterior, com a Remessa Online, você pode fazer operações de envio e recebimento de dinheiro com custo a partir de 1,3% e tarifas externas zeradas, em alguns casos – você só paga o custo de 1,3% e o IOF. Tudo isso no prazo de 1 dia útil.
Agora você já sabe tudo o que precisa para usar a volatilidade a seu favor e ter mais sucesso nas suas empreitadas. Mais do que isso: sabe como fazer transferências internacionais para alocar seu dinheiro em outro país.
Portanto, é só colocar as dicas em prática e esperar os resultados.Achou interessante conhecer melhor a volatilidade e seus impactos nos investimentos, inclusive internacionais?
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